O Significado da Perda
No "O Livro dos Espíritos", na questão 934, temos, na própria pergunta a
palavra “perda” com o sentido de morte ("A perda de entes queridos não
nos causa um sofrimento tanto mais legítimo quanto é ela irreparável e
independente da nossa vontade"?).
Os Espíritos não fizeram nenhuma correção em relação à palavra “perda” contida na pergunta.
Responderam, de forma clara, à per...gunta, pois entenderam o sentido dado à palavra "perda" ("Essa causa de dor, atinge assim o rico, como o pobre:-
- Representa uma prova, ou expiação, e comum é a lei.
Tendes, porém, uma consolação em poderdes comunicar-vos com os vossos amigos pelos meios que vos estão ao alcance, enquanto não dispondes de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.")
Pode-se objetar que, em termos espirituais, a morte não existe e que ninguém perde ninguém.
Pelo prisma da imortalidade da alma sim, mas pelo aspecto da encarnação não, pois a encarnação tem começo e fim.
A pessoa que conhecemos é um conjunto espírito/matéria, cuja convivência solidifica os sentimentos.
Portanto é natural que havendo a morte física, haverá a descontinuidade da convivência (sentida, vista, percebida) e isso é uma perda, pois não mais se terá o que se tinha, qual seja, a convivência física.
Ainda sob o prisma da morte não existir, muitos preferem o termo desencarnar.
Salvo melhor juízo, morte e desencarnação não têm o mesmo sentido e não são, necessariamente, simultâneas.
A primeira é física, a segunda é a separação espiritual, o desprendimento mental.
Quando damos um nome a alguém, não damos o nome ao Espírito, mas sim à pessoa (Espírito encarnado em uma dada encarnação).
O Espírito, justamente pelo fato de se reencarnar várias vezes, não tem um nome específico. Recebe um nome em cada encarnação.
Então, o nome, a persona, é o Espírito reencarnado.
Esse conjunto desaparece com a cessação da vida orgânica e a isso é que chamamos morte (veja a questão 68 de “O Livro dos Espíritos”).
Desencarnação é o ato do desligamento do Espírito; desligamento completo, ou seja, inclusive o mental.
Quantos espíritos há que, anos após a morte do corpo, ainda se sentem ligados a ele?
Vejamos as dissertações dos espíritos infelizes contidas no livro o Céu e o Inferno (segunda parte), quanto dizem ainda estarem "ligados ao corpo" (alguns por anos ou décadas)...
Esses não desencarnaram.
Houve a morte física, mas não a desencarnação.
Portanto, em certo sentido, ou melhor, no sentido físico, a morte existe sim, referindo-se a uma estrutura orgânica (LE 68).
Quando dizemos "fulano" morreu, não estamos nos referindo ao Espírito imortal ou liberto (que já teve vários nomes), mas sim à pessoa encarnada que não mais será vista "em carne e osso" (valendo-me de expressão coloquial).
É a esse fenômeno que se refere a palavra "perda", uma vez que "não mais" haverá esta "pessoa" convivendo fisicamente com os seus amados.
Essas minhas observações estão sempre sujeitas a serem corrigidas, pois externo apenas uma opinião pessoal, sujeita a erro e, por isso mesmo, pode e deve ser corrigida.
Espero que meu longo texto não tenha sido uma "perda de tempo" para quem o leu.
Os Espíritos não fizeram nenhuma correção em relação à palavra “perda” contida na pergunta.
Responderam, de forma clara, à per...gunta, pois entenderam o sentido dado à palavra "perda" ("Essa causa de dor, atinge assim o rico, como o pobre:-
- Representa uma prova, ou expiação, e comum é a lei.
Tendes, porém, uma consolação em poderdes comunicar-vos com os vossos amigos pelos meios que vos estão ao alcance, enquanto não dispondes de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.")
Pode-se objetar que, em termos espirituais, a morte não existe e que ninguém perde ninguém.
Pelo prisma da imortalidade da alma sim, mas pelo aspecto da encarnação não, pois a encarnação tem começo e fim.
A pessoa que conhecemos é um conjunto espírito/matéria, cuja convivência solidifica os sentimentos.
Portanto é natural que havendo a morte física, haverá a descontinuidade da convivência (sentida, vista, percebida) e isso é uma perda, pois não mais se terá o que se tinha, qual seja, a convivência física.
Ainda sob o prisma da morte não existir, muitos preferem o termo desencarnar.
Salvo melhor juízo, morte e desencarnação não têm o mesmo sentido e não são, necessariamente, simultâneas.
A primeira é física, a segunda é a separação espiritual, o desprendimento mental.
Quando damos um nome a alguém, não damos o nome ao Espírito, mas sim à pessoa (Espírito encarnado em uma dada encarnação).
O Espírito, justamente pelo fato de se reencarnar várias vezes, não tem um nome específico. Recebe um nome em cada encarnação.
Então, o nome, a persona, é o Espírito reencarnado.
Esse conjunto desaparece com a cessação da vida orgânica e a isso é que chamamos morte (veja a questão 68 de “O Livro dos Espíritos”).
Desencarnação é o ato do desligamento do Espírito; desligamento completo, ou seja, inclusive o mental.
Quantos espíritos há que, anos após a morte do corpo, ainda se sentem ligados a ele?
Vejamos as dissertações dos espíritos infelizes contidas no livro o Céu e o Inferno (segunda parte), quanto dizem ainda estarem "ligados ao corpo" (alguns por anos ou décadas)...
Esses não desencarnaram.
Houve a morte física, mas não a desencarnação.
Portanto, em certo sentido, ou melhor, no sentido físico, a morte existe sim, referindo-se a uma estrutura orgânica (LE 68).
Quando dizemos "fulano" morreu, não estamos nos referindo ao Espírito imortal ou liberto (que já teve vários nomes), mas sim à pessoa encarnada que não mais será vista "em carne e osso" (valendo-me de expressão coloquial).
É a esse fenômeno que se refere a palavra "perda", uma vez que "não mais" haverá esta "pessoa" convivendo fisicamente com os seus amados.
Essas minhas observações estão sempre sujeitas a serem corrigidas, pois externo apenas uma opinião pessoal, sujeita a erro e, por isso mesmo, pode e deve ser corrigida.
Espero que meu longo texto não tenha sido uma "perda de tempo" para quem o leu.
Um fraternal abraço, com votos de Paz.
Simão Pedro
SIMÃO PEDRO DE LIMA – Professor universitário, historiador e contabilista, com Mestrado em Educação Evangelica !
SIMÃO PEDRO DE LIMA – Professor universitário, historiador e contabilista, com Mestrado em Educação Evangelica !
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