Constrangido e examinar a conduta do companheiro nessa ou naquela circunstância difícil, não lhe condenes os embaraços morais.
Lembra-te dos dias de cinza e pranto em que o Senhor te susteve a queda a poucos milímetros da derrota.
Não te acredites a cavaleiro dos novos problemas que surgirão no caminho.
Todo serviço incompleto, que deixaste na retaguarda, buscar-te-á, de novo, o convívio para que lhe ofereças acabamento.
E o remate legal de todas as nossas lutas pede o fecho do Amor puro como selo da Paz Divina.
As pedras que arremessaste ao telhado alheio voltarão como tempo sobre o teto em que te asilas, e os venenos que destilastes sobre a esperança dos outros tornarão,no hausto da vida, ao clima de tua própria esperança, testando-te a resistência.
Aprende, pois, desde hoje, a ensaiar tolerância e entendimento, para que o remédio por ti mesmo encomendado às mãos do “agora” não te amargue a existência.
Toda semente produz no solo do tempo e as almas imaculadas não povoam ainda a Terra.
Distribui, portanto, a paciência e a bondade com todos aqueles que se enganaram sob a neblina do erro, para que te não faltem a paciência e a bondade do irmão a que te arrimarás no dia em que a sombra te ameace o campo das horas.
Auxilia, enquanto podes.
Ampara, quanto possas.
Socorre, quanto possível.
Alivia, quanto puderes.
Procura o bem, seja onde for.
E, enquanto podes, desculpa sempre, porque ninguém fugirá do exato julgamento na eterna lei.
Livro:- "Pão Nosso"
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Francisco Cândido Xavier
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