Como Neutralizar as Más Influências Espirituais
A influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos é tão comum que os orientadores espirituais afirmam categoricamente:-
- “Muito mais do que imaginais.
Influem a tal ponto, pois, frequentemente, de ordinário, são eles que vos dirigem.”1
Esta informação dos Espíritos pode até surpreender.
Porém, se analisarmos mais detidamente a questão, concluiremos que a resposta não poderia ser outra, uma vez que vivemos mergulhados em um universo de vibrações mentais, influenciando e sendo influenciados, como bem esclarece Emmanuel:-
- O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.
Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em
forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que
atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em
que se coloca.
[…]
A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se
constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.
Estamos
assimilando correntes mentais, de maneira permanente.
De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.2
De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.2
Por
efeito da vontade podemos, conscientemente, aprender a administrar
nossas emissões mentais, mantendo-nos em sintonia com os Espíritos
benfeitores, encarnados e desencarnados.
Da mesma forma, é possível estabelecermos com eles ligações de simpatia, selecionando os diferentes matizes de influências espirituais que favoreçam nossa harmonia íntima e que estimulem o nosso progresso moral-intelectual.
Da mesma forma, é possível estabelecermos com eles ligações de simpatia, selecionando os diferentes matizes de influências espirituais que favoreçam nossa harmonia íntima e que estimulem o nosso progresso moral-intelectual.
Faz–se
necessário, pois, desenvolver controle sobre as próprias emissões e
recepções mentais, selecionando as que garantam paz e harmonia e nos
livram das ações dos Espíritos ainda distanciados do Bem:-
- “Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.3
- “Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.3
As
influências espirituais podem ser leves ou profundas; ocultas,
perceptíveis apenas do próprio indivíduo, ou ostensivas, claramente
detectadas pelos circunstantes.
Neste contexto, é importante distinguir as nossas ideias e as que procedem de outras mentes.
Trata-se de um aprendizado que exige tempo e perseverança para alcançar bons resultados, pois nem sempre é fácil fazer tal distinção, sobretudo quando a influência é oculta e sutil.
Neste contexto, é importante distinguir as nossas ideias e as que procedem de outras mentes.
Trata-se de um aprendizado que exige tempo e perseverança para alcançar bons resultados, pois nem sempre é fácil fazer tal distinção, sobretudo quando a influência é oculta e sutil.
É
válido, portanto, desenvolver um programa de autoconhecimento em que se
considere:-
- a) Observar com mais atenção o teor dos pensamentos que usualmente emitimos;
- b) Analisar a carga emocional que impregna as nossas manifestações verbais e as nossas ações;
- c) Procurar identificar, de maneira honesta, inclinações, tendências, imperfeições, assim como virtudes, conquistas intelectuais e morais;
- d) Delinear necessidades reais, estabelecendo um plano de como atendê-las sem lesar o próximo;
- e) Habituar-se a fazer um balanço das influências, boas ou ruins, exercidas pelo meio social (família, amigos, colegas de profissão), no qual estamos inseridos.
- a) Observar com mais atenção o teor dos pensamentos que usualmente emitimos;
- b) Analisar a carga emocional que impregna as nossas manifestações verbais e as nossas ações;
- c) Procurar identificar, de maneira honesta, inclinações, tendências, imperfeições, assim como virtudes, conquistas intelectuais e morais;
- d) Delinear necessidades reais, estabelecendo um plano de como atendê-las sem lesar o próximo;
- e) Habituar-se a fazer um balanço das influências, boas ou ruins, exercidas pelo meio social (família, amigos, colegas de profissão), no qual estamos inseridos.
As
seguintes orientações de Santo Agostinho, encontradas em O Livro dos
Espíritos, nos auxiliam na elaboração e execução do programa de
autoconhecimento:-
- Fazei
o que eu fazia, quando vivi na Terra:-
- Ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar.
Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma.
Portanto,
- Questionai-vos, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo agis em dada circunstância;
- Se fizestes alguma coisa que censuraríeis, se feita a outrem; se praticastes alguma ação que não ousaríeis confessar.
Perguntai ainda isto:-
- Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto?
- Examinai o que podeis ter feito contra Deus, depois contra vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos.
As respostas acalmarão a vossa consciência ou indicarão um mal que precise ser curado.
- Ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar.
Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma.
Portanto,
- Questionai-vos, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo agis em dada circunstância;
- Se fizestes alguma coisa que censuraríeis, se feita a outrem; se praticastes alguma ação que não ousaríeis confessar.
Perguntai ainda isto:-
- Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto?
- Examinai o que podeis ter feito contra Deus, depois contra vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos.
As respostas acalmarão a vossa consciência ou indicarão um mal que precise ser curado.
O
conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual.
Mas, direis, como pode alguém julgar-se a si mesmo? […].
Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, perguntais como a qualificaríeis se praticada por outra pessoa.
Se a censurais nos outros, ela não poderia ser mais legítima, caso fôsseis o seu autor, pois Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça.
Procurai também saber o que pensam os outros e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, já que estes não têm nenhum interesse de disfarçar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo.
Aquele, pois, que tem o desejo de melhorar-se perscrute a sua consciência, a fim de extirpar de si as más tendências, como arranca as ervas daninhas do seu jardim; faça o balanço de sua jornada moral, avaliando, a exemplo do comerciante, seus lucros e perdas, e eu vos garanto que o lucro sobrepujará os prejuízos. […].
Mas, direis, como pode alguém julgar-se a si mesmo? […].
Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, perguntais como a qualificaríeis se praticada por outra pessoa.
Se a censurais nos outros, ela não poderia ser mais legítima, caso fôsseis o seu autor, pois Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça.
Procurai também saber o que pensam os outros e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, já que estes não têm nenhum interesse de disfarçar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo.
Aquele, pois, que tem o desejo de melhorar-se perscrute a sua consciência, a fim de extirpar de si as más tendências, como arranca as ervas daninhas do seu jardim; faça o balanço de sua jornada moral, avaliando, a exemplo do comerciante, seus lucros e perdas, e eu vos garanto que o lucro sobrepujará os prejuízos. […].
Formulai,
portanto, a vós mesmos, perguntas claras e precisas e não temais
multiplicá-las:-
- Pode-se muito bem consagrar alguns minutos para conquistar a felicidade eterna. […].4
- Pode-se muito bem consagrar alguns minutos para conquistar a felicidade eterna. […].4
Referências
- KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4 ed. 1. Imp. Brasília: FEB, 2013. Q. 459, p. 230.
- XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. 13. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 26, p.111/112. p.112.
- KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4 ed. 1. Imp. Brasília: FEB, 2013. Q. 919-a, p. 395/396
- XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. 13. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 26, p.111/112. p.112.
- KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4 ed. 1. Imp. Brasília: FEB, 2013. Q. 919-a, p. 395/396
Fonte:- FebNet
Marta Antunes de Moura
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