domingo, 30 de agosto de 2015

Desafios e Vitória


Desafios e Vitória

Respira-se, no planeta terrestre, uma atmosfera saturada de fluidos deletérios.


Uma imensa vaga de alucinação varre o orbe, de um a outro quadrante, sob os impulsos da insatisfação, que gera violência; da frustração, que fomenta desencanto; e dos desejos insaciados, que conduzem à beligerância, ao crime, ao desespero desenfreado. 

As aspirações espirituais parecem soterradas sob o escombros das doutrinas falidas pela invigilância dos que as predicavam. 

O homem e a mulher, em si mesmos aturdidos, de súbito perdem o significado e o sentido da existência moral, considerando ultrapassados os valores éticos ante o contubérnio da insensatez, na volúpia dos prazeres inconcebíveis. 

O desespero galopa, e mesmo os temperamentos dóceis deixam-se contagiar, desvairando, na busca ininterrupta de novidades que não lhes preenchem os sentimentos. 

As estatísticas negativas avolumam-se. 

Os altos índices de criminalidade aparvalham, e a derrocada moral prossegue inexorável. 

Em uma análise perfunctória, tem-se a impressão lamentável de que é loucura a boa conduta e são irrelevantes os propósitos superiores da dignidade, da boa postura e da ação correta. 


Ante a avalanche que aumenta, cresce a modesta barreira que se levanta para obstaculizar a imensa derrocada final... 

Poder-se-ia crer que as criaturas estão entregues a si mesmas, e nenhuma providência superior tenha planificado uma alteração profunda neste suceder de despautério e desequilíbrio. 

Como consequências mais imediatas, as enfermidades grassam, inexoráveis, dizimando multidões inermes, insaciadas e tristes. 

Os acidentes ceifam milhões de vidas cada ano, que parecem nada valer no cômputo geral, mas, em meio ao pandemônio, surgem os esforços do Amor e da Virtude, conclamando os que têm ouvidos e olhos para registrar a Divina Presença, ao prosseguimento dos seus ideais e à preservação da sua Paz. 

Chegados, sim, os tempos da grande e inevitável seleção natural. 

Não mais a pequeno passo, porém de maneira abrupta, instalando na Terra – que dentro de pouco tempo se encontrará exaurida pelo cansaço das utopias – o período do bem, da verdade e do amor. 

Saturados, logo mais, pelos excessos extenuantes, os seres humanos se voltarão para Deus com saudades da pureza, do equilíbrio, do respeito e dos valores da solidariedade e da fraternidade que devem viger como molas mestras do progresso. 


Poupa-te à grande derrocada. 

Mantém-te na liça abençoada dos compromissos, mesmo que pareças, de um momento para outro, uma personalidade exótica no meio dos alucinados, porque portador de uma conduta saudável nos exotismos do desequilíbrio. 

Conserva, a qualquer preço, as fronteiras do teu domicílio e as paisagens dos teus sentimentos, não permitindo que aí se instalem os vírus da decomposição, que arrastam ao aniquilamento e consomem os ideais de beleza. 

Foste chamado, nesta hora grave, para a preservação da verdade cristã porque, de alguma forma, ontem contribuíste para este desenfrear de paixões atuais. 

Cooperaste com a avassaladora onda de desequilíbrio e agora sofres as suas imediatas consequências. 

Cultiva o Bem de qualquer forma, e sê cordeiro nos rebanhos de lobos, tendo a consciência de que o Pastor saberá preservar-te das ciladas do mal. 

... E com a consciência tranquila, estribada no dever cumprido, experimentarás a felicidade, que muitos buscam pelos corredores alucinados, e viverás a plenitude que anelas. 


Livro:- "Momentos de Harmonia"
 Joanna de Ângelis (Espírito)
 Divaldo P. Franco (Médium)

 Site:- "Fórum Espírita"

Nenhum comentário:

Postar um comentário