Bens Materiais
A
riqueza, sob qualquer aspecto considerada, é bênção que Deus concede ao
homem para sua felicidade e que lhe compete bem utilizar,
multiplicando-a em dons de misericórdia e progresso a benefício do
próximo.
Torná-la
oásis reduzido para o próprio prazer, em pleno deserto de recursos onde
medram a dor e a miséria de todo porte, é fraqueza moral que se
converte em algema de demorada escravidão.
Todas as concessões da Vida rendem juros conforme a direção e aplicação que se lhes deem...
Os
bens materiais ensejam o progresso e devem fomentá-lo, porquanto a
própria evolução humana impõe necessidades que os homens primitivos
desconheciam.
A
exigências da higiene e do conforto, da preservação da saúde e das
experiências de evolução, facultam a aplicação de valores que,
simultaneamente, organizam o sistema de crescimento e desenvolvimento do
indivíduo como do grupo onde vive.
Não cabe, porém, a ninguém o direito de usufruir seja o que for, em detrimento das possibilidades do próximo.
Criminosa a exploração que exaure as forças naturais e entenebrece o caráter humano.
Desse
modo, a direção que o homem dá aos recursos materiais, mediante a
aplicação egoísta ou a utilização benéfica, faz que tal se transforme em
liberdade ou grilhão, dita ou desgraça.
Administradores,
que todos somos, transitoriamente, dos haveres, enquanto na vilegiatura
carnal, seremos convocados a contas para relatórios, apresentando o que
fizemos das concessões divinas que passaram pelas nossas mãos.
O
dinheiro, a propriedade, a posição social relevante, a saúde, a
inteligência, a mobilidade, a lucidez são bens que o espírito recebe
como empréstimo divino para edificar-se e construir a ventura.
Qualquer emprego malsão engendra escassez e limitação que se transformam em aflição e desespero.
O
mordomo infiel dos bens retorna à Terra na sujeição escravizadora, que
lhe cobra o desperdício ou a usura de se fez vítima inerme.
Multiplica pelo trabalho e pela ação benéfica todos os bens de que disponhas: do corpo, da mente, do espírito.
Aquinhoado
com os valores perecíveis que dormem ou se movimentam nas tuas mãos,
recorda os filhos da agonia ao teu lado, nas tábuas da miséria e do
abandono...
Um
dia, sem que o queiras, deixarás todas as coisas e valores, ante o
impositivo da desencarnação, seguindo contigo, apenas, os valores morais
legítimos, decorrentes dos bens materiais que converteste em esperança,
alegria, progresso e paz, qual semeador de estrelas que, após transitar
por um caminho de sombras, conseguiu transformá-lo numa via-láctea de
brilhantes celestes.
Livro:- "Leis morais da vida"
Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco
Fonte:- CACEF
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