É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou submundo astral.
Segundo o romance, ela existe há 10 mil anos.
Essa comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelo "dragões legionários, justiceiros e conselheiros.
São espíritos que fazem o mal intencionalmente.
Arrogância !
Orgulho !
Egoísmo !
As velhas doenças morais de todos nós.
Fechado em si mesmo pelo egocentrismo milenar, pensando acima de tudo e antes de tudo em si próprio, o espírito termina por instalar na intimidade um profundo desamor a si mesmo.
Isso porque a Lei Divina inderrogável é o amor, a forma mais correta de pensar e agir em nosso próprio favor.
O egoísmo é prisão.
O amor é libertação.
Oegoísmo é circuito energético endógeno.
O amor é força centrífuga de expansão.
Esse fechamento vibratório cria correntes pesadas de energia capazes de prender o ser em padecimentos íntimos dolorosos.
O espírito interessado em alguma mudança demonstra cansado de si mesmo.
Esse cansaço da alma é o estopim de retorno do Filho Pródigo.
Quando ocorre, queremos algo novo.
Desejamos sinceramente novos caminhos.
Quando queremos mudar verdadeiramente, no princípio, nem nós próprios sabemos o que ocorre.
Há uma fase mais ou menos longa de tristeza dilacerante e confusão nas intenções.
Não queremos mais ser quem éramos, contudo, não sabemos quem queremos ser ou como vamos ser quem queremos.
O espírito fica em um estado de arrependimento vazio.
Aquele em que nada se faz para ir adiante e refazer os caminhos.
Puro remorso.
Por isso, um preparo sólido antes do retorno ao
corpo será necessário.
Uma missão aguarda o espírito.
O trabalho de
reparação será sua fonte de saúde.
artigo 16°, do capítulo 7, de O Céu e o Inferno.
artigo 16°, do capítulo 7, de O Céu e o Inferno.
"O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação."
"Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa.
Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação.
A expiação é a reunião das dores psicológicas inerentes ao crescimento moral e a reparação é o trabalho de reerguimento consciencial por intermédio da benevolência aplicada em favor do próximo."
Um novo corpo.
Uma nova identidade.
A chance de ter atenuada a ação expiatória das lembranças dolorosas que lhe assaltam a memória.
Reencarnar é aliviar, livrar-se do ônus contínuo da recordação aprisionante.
Mas ele não esquecerá tudo.
Ainda terá algumas lembranças.Suas lembranças no corpo serão em forma de sentimentos que vai experimentar.
É o que o que o Livro:- O Céu e o Inferno chama de expiação.
Cada recordação que se fixa na tela mental, tem no seu bojo um quantum energético de afetividade.
Que sentimentos ele vai vivenciar?
— O aspecto emocional fundamental dos espíritos que se assumem
psicologicamente como dragões é o sentimento de inferioridade, abandono e
falibilidade, que são o piso para os estados emocionais de indignidade e
fragilidade.
Aqueles que conseguem camuflar tais expressões do afeto pela força mental mantêm-se na condição de tiranos da instabilidade alheia.
Ninguém consegue, todavia, destruir tais condições íntimas inerentes ao ser espiritual.
Um dia esse quantum afetivo exterioriza-se, espraia-se e cria um colapso na vida mental.
Vai experimentar seus medos, estado crônico de culpa e baixa autoestima, reflexos inevitáveis dos milênios na arrogância.Aqueles que conseguem camuflar tais expressões do afeto pela força mental mantêm-se na condição de tiranos da instabilidade alheia.
Ninguém consegue, todavia, destruir tais condições íntimas inerentes ao ser espiritual.
Um dia esse quantum afetivo exterioriza-se, espraia-se e cria um colapso na vida mental.
Sua dor interior mais cruel será a necessidade de aprovação alheia.
Os dragões são submetidos a hipnoses que lhes subtraem o poder da vontade.
Ele terá enormes obstáculos para reconhecer suas verdadeiras intenções e desejos, permitindo-se ser guiado, até certa fase da vida, conquanto tenha vasta sede de conquistas novas e objetivos pessoais.
Uma neurótica necessidade de aprovação social o perseguirá até que tenha a coragem de assumir a gerência do próprio mundo íntimo.
Por incapacidade de gerir sua vida interior, estará sempre em busca de apoio e orientação.
Isso lhe custará certamente muitas decepções e desastres na vida interpessoal, devido a exacerbadas expectativas que irá criar em relação ao mundo que o cerca.
Pais, amigos, tutores e quaisquer relacionamentos serão carregados de conflitos em razão da sua indefinição pessoal.
A isso denominamos expiação interior, algo inevitável e intransferível.
Além disso, o espírito travará uma dor profunda no reconhecimento de sua fragilidade.
Isso lhe trará uma sensação de abandono e solidão, com efeitos no estado de humor que, quase sempre, será um traço de tristeza e irritação, ingredientes da insatisfação crônica.
Espíritos que assim reencarnam guardam forte tendência a negar o próprio corpo e os cuidados com a vida material, decorrente de uma rejeição inconsciente às suas reencarnações.
Toma-lhes uma apatia em relação a quaisquer ideais de melhora.
Essa tendência costuma manifestar-se em forma de conflitos perturbadores com assuntos da vida na matéria, como dinheiro, estética física, diversão social, sexualidade e administração das posses pessoais.
Além disso, muitos condicionamentos religiosos de clausura e puritanismo com relação à vida social vão assolar seu caminho desde a juventude até a madureza.
Os Dragões
de Maria Modesto Cravo
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