quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A Separação da Alma e do Corpo, no momento da morte, é um processo doloroso ?


A Separação da Alma e do Corpo, no momento da morte, é um processo doloroso ?
 

154. A separação da alma e do corpo é dolorosa?
— Não; o corpo, freqüentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. 

Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.

Comentário de Kardec:-
- Na morte natural, que se verifica pelo esgotamento da vitalidade orgânica em conseqüência de idade, o homem deixa a vida sem perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.

155. Como se opera a separação da alma e do corpo?

— Os liames que a retinham, sendo rompidos, ela se desprende.

155 – a) A separação se verifica instantaneamente, numa transição brusca?

Há uma linha divisória bem marcada entre a vida e a morte?

— Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. 

Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco apouco dos seus liames; estes se soltam e não se rompem.

Comentário de Kardec:-
- Durante a vida, o Espírito está ligado ao corpo pelo seu envoltório material ou perispírito; a morte é apenas a destruição do corpo, e não desse envoltório que se separa do corpo, quando cessa a vida orgânica. 

A observação prova que no instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente- ele se opera gradualmente, com lentidão variável, segundo os indivíduos. 

Para uns é bastante rápido, e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação que se verifica logo após. 

Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado e dura, às vezes alguns dias semanas e até mesmo meses, o que implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno á vida. 

Mas a simples persistência de uma afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre na razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. 

É lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. 

Por outro lado. a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea e quando a morte chega, é quase instantânea. 

Este é o resultado dos estudos efetuados sobre os indivíduos observados no momento da morte. 

Essas observações provam ainda que a afinidade que persiste, em alguns indivíduos, entre a alma e o corpo é às vezes, muito penosa, porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. 

Este caso é excepcional e peculiar a certos gêneros de morte, verificando-se em alguns suicídios.

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