quarta-feira, 1 de julho de 2015

Uma Religião chamada "Amor !"


 Uma Religião chamada "Amor !"

No dia 2 deste mês, Chico Xavier, se estivesse vivo, completaria 105 anos.

Nunca vou me esquecer da noite passada em Uberaba, quando eu, com 18 anos, me vi equilibrando-me no alto de uma janela. 

Eu e uma multidão que foi àquela cidade para vê-lo psicografando, em estado mediúnico.

O guarda me tirava, e eu voltava correndo até, finalmente, conseguir adentrar na sala apinhada. 

A emoção era tanta que nem sequer piscava os olhos, sabia que estava diante de uma pessoa ímpar.

Lembro-me da casa simples, da mesa de madeira em que ele, com a cabeça abaixada e os olhos cerrados, psicografava mensagens daqueles que já se foram, dirigidas a parentes e entes queridos ali presentes. 

Imagino quanto conforto essas mensagens pessoais e detalhadas traziam a essa gente.

Nesse dia, adquiri vários dos seus livros, entre os mais de 400 que já psicografou e cujos direitos autorais eram e continuam sendo doados a obras assistenciais.

Na manhã seguinte, acordei cedo para acompanhá-lo a uma peregrinação por bairros pobres da cidade. 

Humilde, caladinho, com uns óculos enormes e pesados, repartia mantimentos e sorrisos tímidos. 

Voltei para Belo Horizonte com a certeza de ter visto um exemplo vivo de uma pessoa iluminada, nascida para distribuir amor.

Um “anjo” que ainda hoje, por meio de suas mensagens, acompanha e dá conforto a tantos.

Ao ler sua biografia, descobri que seu primeiro contato com a doutrina espírita foi em 1927. 

Quando criança, costumava ouvir vozes ou sentir mãos sobre as suas, guiando suas escritas. 

Menino, não compreendia como sua mãe, já falecida, continuava a lhe aparecer, principalmente nos momentos de aflição.

Chico Xavier, com certeza o maior médium que já tivemos, certa ocasião, disse:-
- “Nunca quis mudar a religião de ninguém, porque não acredito que a religião ‘a’ seja melhor que a religião ‘b’. 

Nas origens de Toda Religião Cristã está o pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Se Allan Kardec tivesse escrito que ‘fora do espiritismo não há salvação’, eu teria ido por outro caminho. 

Graças a Deus ele escreveu ‘fora da Caridade’, ou seja, fora do Amor não há salvação...”

Admiro e me identifico com a doutrina kardecista. 

Ouvir sobre o evangelho ou tomar um passe são coisas que me trazem conforto, assim como comungar numa igreja católica ou participar de um encontro na Sociedade Teosófica (que não diz respeito a uma religião específica, mas à Verdade de todas).

Estar num templo hinduísta na Índia, ao som de um mantra, é fascinante. 

O budismo, para muitos, é quase uma filosofia de vida. 

Nunca entrei numa sinagoga, mas sei da profundidade da cabala. 

Na minha última viagem à Turquia, orei sob os imensos pilares da Mesquita Azul, com os pés descalços e a cabeça coberta por um véu. 

Admiro os evangélicos pela sua fé e pelo papel social que exercem nos aglomerados das cidades. 

Deus é igual para Todos, não importa a que religiões pertençam.

Para finalizar, transcrevo uma das inúmeras manifestações escritas que Chico nos delegou:-
- “Vida É o amor existencial. 

Razão É o amor que pondera. 

Estudo É o amor que analisa. 

Ciência É o amor que investiga. 

Filosofia É o amor que pensa. 

Religião É o amor que busca a Deus. 

Verdade É o amor que eterniza. 

Ideal É o amor que se eleva. 

Fé É o amor que transcende. 

Esperança É o amor que sonha. 

Caridade É o amor que auxilia. 

Fraternidade É o amor que se expande. 

Sacrifício É o amor que se esforça. 

Renúncia É o amor que depura. 

Simpatia É o amor que sorri. 

Trabalho É o amor que constrói. 

Indiferença É o amor que se esconde. 

Desespero É o amor que se desgoverna. 

Paixão É o amor que se desequilibra. 

Ciúme É o amor que se desvaira. 

Orgulho É o amor que enlouquece. 

Sensualismo É o amor que se envenena. 

Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente”.  


Fonte: -

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