Uma Religião chamada "Amor !"
No dia 2 deste mês, Chico Xavier, se estivesse vivo, completaria 105 anos.
Nunca vou me esquecer da noite passada em Uberaba, quando eu, com 18 anos, me vi equilibrando-me no alto de uma janela.
Eu e uma multidão que foi àquela cidade para vê-lo psicografando, em estado mediúnico.
O guarda me tirava, e eu voltava correndo até, finalmente, conseguir adentrar na sala apinhada.
A emoção era tanta que nem sequer piscava os olhos, sabia que estava diante de uma pessoa ímpar.
Lembro-me da casa simples, da mesa de madeira em que ele, com a cabeça abaixada e os olhos cerrados, psicografava mensagens daqueles que já se foram, dirigidas a parentes e entes queridos ali presentes.
Imagino quanto conforto essas mensagens pessoais e detalhadas traziam a essa gente.
Nesse dia, adquiri vários dos seus livros, entre os mais de 400 que já psicografou e cujos direitos autorais eram e continuam sendo doados a obras assistenciais.
Na manhã seguinte, acordei cedo para acompanhá-lo a uma peregrinação por bairros pobres da cidade.
Humilde, caladinho, com uns óculos enormes e pesados, repartia mantimentos e sorrisos tímidos.
Voltei para Belo Horizonte com a certeza de ter visto um exemplo vivo de uma pessoa iluminada, nascida para distribuir amor.
Um “anjo” que ainda hoje, por meio de suas mensagens, acompanha e dá conforto a tantos.
Ao ler sua biografia, descobri que seu primeiro contato com a doutrina espírita foi em 1927.
Quando criança, costumava ouvir vozes ou sentir mãos sobre as suas, guiando suas escritas.
Menino, não compreendia como sua mãe, já falecida, continuava a lhe aparecer, principalmente nos momentos de aflição.
Chico Xavier, com certeza o maior médium que já tivemos, certa ocasião, disse:-
- “Nunca quis mudar a religião de ninguém, porque não acredito que a religião ‘a’ seja melhor que a religião ‘b’.
Nas origens de Toda Religião Cristã está o pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Se Allan Kardec tivesse escrito que ‘fora do espiritismo não há salvação’, eu teria ido por outro caminho.
Graças a Deus ele escreveu ‘fora da Caridade’, ou seja, fora do Amor não há salvação...”
Admiro e me identifico com a doutrina kardecista.
Ouvir sobre o evangelho ou tomar um passe são coisas que me trazem conforto, assim como comungar numa igreja católica ou participar de um encontro na Sociedade Teosófica (que não diz respeito a uma religião específica, mas à Verdade de todas).
Estar num templo hinduísta na Índia, ao som de um mantra, é fascinante.
O budismo, para muitos, é quase uma filosofia de vida.
Nunca entrei numa sinagoga, mas sei da profundidade da cabala.
Na minha última viagem à Turquia, orei sob os imensos pilares da Mesquita Azul, com os pés descalços e a cabeça coberta por um véu.
Admiro os evangélicos pela sua fé e pelo papel social que exercem nos aglomerados das cidades.
Deus é igual para Todos, não importa a que religiões pertençam.
Para finalizar, transcrevo uma das inúmeras manifestações escritas que Chico nos delegou:-
- “Vida É o amor existencial.
Razão É o amor que pondera.
Estudo É o amor que analisa.
Ciência É o amor que investiga.
Filosofia É o amor que pensa.
Religião É o amor que busca a Deus.
Verdade É o amor que eterniza.
Ideal É o amor que se eleva.
Fé É o amor que transcende.
Esperança É o amor que sonha.
Caridade É o amor que auxilia.
Fraternidade É o amor que se expande.
Sacrifício É o amor que se esforça.
Renúncia É o amor que depura.
Simpatia É o amor que sorri.
Trabalho É o amor que constrói.
Indiferença É o amor que se esconde.
Desespero É o amor que se desgoverna.
Paixão É o amor que se desequilibra.
Ciúme É o amor que se desvaira.
Orgulho É o amor que enlouquece.
Sensualismo É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente”.
Fonte: -
Nunca vou me esquecer da noite passada em Uberaba, quando eu, com 18 anos, me vi equilibrando-me no alto de uma janela.
Eu e uma multidão que foi àquela cidade para vê-lo psicografando, em estado mediúnico.
O guarda me tirava, e eu voltava correndo até, finalmente, conseguir adentrar na sala apinhada.
A emoção era tanta que nem sequer piscava os olhos, sabia que estava diante de uma pessoa ímpar.
Lembro-me da casa simples, da mesa de madeira em que ele, com a cabeça abaixada e os olhos cerrados, psicografava mensagens daqueles que já se foram, dirigidas a parentes e entes queridos ali presentes.
Imagino quanto conforto essas mensagens pessoais e detalhadas traziam a essa gente.
Nesse dia, adquiri vários dos seus livros, entre os mais de 400 que já psicografou e cujos direitos autorais eram e continuam sendo doados a obras assistenciais.
Na manhã seguinte, acordei cedo para acompanhá-lo a uma peregrinação por bairros pobres da cidade.
Humilde, caladinho, com uns óculos enormes e pesados, repartia mantimentos e sorrisos tímidos.
Voltei para Belo Horizonte com a certeza de ter visto um exemplo vivo de uma pessoa iluminada, nascida para distribuir amor.
Um “anjo” que ainda hoje, por meio de suas mensagens, acompanha e dá conforto a tantos.
Ao ler sua biografia, descobri que seu primeiro contato com a doutrina espírita foi em 1927.
Quando criança, costumava ouvir vozes ou sentir mãos sobre as suas, guiando suas escritas.
Menino, não compreendia como sua mãe, já falecida, continuava a lhe aparecer, principalmente nos momentos de aflição.
Chico Xavier, com certeza o maior médium que já tivemos, certa ocasião, disse:-
- “Nunca quis mudar a religião de ninguém, porque não acredito que a religião ‘a’ seja melhor que a religião ‘b’.
Nas origens de Toda Religião Cristã está o pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Se Allan Kardec tivesse escrito que ‘fora do espiritismo não há salvação’, eu teria ido por outro caminho.
Graças a Deus ele escreveu ‘fora da Caridade’, ou seja, fora do Amor não há salvação...”
Admiro e me identifico com a doutrina kardecista.
Ouvir sobre o evangelho ou tomar um passe são coisas que me trazem conforto, assim como comungar numa igreja católica ou participar de um encontro na Sociedade Teosófica (que não diz respeito a uma religião específica, mas à Verdade de todas).
Estar num templo hinduísta na Índia, ao som de um mantra, é fascinante.
O budismo, para muitos, é quase uma filosofia de vida.
Nunca entrei numa sinagoga, mas sei da profundidade da cabala.
Na minha última viagem à Turquia, orei sob os imensos pilares da Mesquita Azul, com os pés descalços e a cabeça coberta por um véu.
Admiro os evangélicos pela sua fé e pelo papel social que exercem nos aglomerados das cidades.
Deus é igual para Todos, não importa a que religiões pertençam.
Para finalizar, transcrevo uma das inúmeras manifestações escritas que Chico nos delegou:-
- “Vida É o amor existencial.
Razão É o amor que pondera.
Estudo É o amor que analisa.
Ciência É o amor que investiga.
Filosofia É o amor que pensa.
Religião É o amor que busca a Deus.
Verdade É o amor que eterniza.
Ideal É o amor que se eleva.
Fé É o amor que transcende.
Esperança É o amor que sonha.
Caridade É o amor que auxilia.
Fraternidade É o amor que se expande.
Sacrifício É o amor que se esforça.
Renúncia É o amor que depura.
Simpatia É o amor que sorri.
Trabalho É o amor que constrói.
Indiferença É o amor que se esconde.
Desespero É o amor que se desgoverna.
Paixão É o amor que se desequilibra.
Ciúme É o amor que se desvaira.
Orgulho É o amor que enlouquece.
Sensualismo É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente”.
Fonte: -
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