terça-feira, 30 de junho de 2015

Voltarás Amanhã

Voltarás Amanhã


Não repouses na gleba de possibilidades que o Divino Amor te confiou ao coração na Terra.
 
Voltarás amanhã para colher o que hoje semeias.


Ninguém te pede milagres de santidade num dia.


A árvore vigorosa não cresceu de improviso.


A cidade em que renasceste não se levantou de repente.


Tudo se desenvolve, minuto a minuto...


A vida impõe-te "agora" as conseqüências do "antes".


Somos hoje no espaço e no tempo, a projeção do que fomos...


Se a dor é a tua mestra constante, agradece-lhe o serviço e aprende a lição. 


Ela é o recurso invisível com que a Bondade do Senhor te arrebata ao labirinto das sombras de ti mesmo.

Se recebeste alguma facilidade para atravessar, com êxito, a escura região terrestre, não te confies à preguiça ou à vaidade, para que o sofrimento não seja convidado a desintegrar a gelada neblina em que te sepultarás sem perceber.


Não te esqueças.


A oportunidade passa, mas a luta adiada volta sempre.


Amanhã reencontrar-te-ás contigo mesmo, na paisagem que o mundo te oferece, nos ideais que esposas, nos trabalhos confiados à tua mão ou na pessoa do próximo que honras e menosprezas...


Cumpramos, agora, os nossos iluminados deveres à face da Lei.


Convertamos nossa experiência pessoal em serviço a todos, transformando as horas, que Deus empresta, em bênçãos de utilidade, beleza, graça e harmonia e o futuro constituir-se-á para nossa alma em abençoado e celeste caminho de ascensão.


Não critiques destruindo. 


Não julgues o mal por mal. 

Não firas a ninguém.

Não revides os golpes da sombra para que te não demores nas malhas da treva.


Não retribuas ofensa por ofensa, amargura por amargura, incompreensão por incompreensão.


Ama, auxilia e passa, e, quando regressares à Terra, amanhã, o mundo receberá teus pés, em chuva de bênçãos.
 


 Emmanuel
Francisco Cândido Xavier 

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