sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Onde o Amor Floresce



Existem vidas que transmitem grandes lições. 

Quase sempre são criaturas que não são famosas, nem por serem artistas, políticos ou terem realizado feitos que alteraram o destino da Humanidade.
São pessoas que vivem o dia a dia, junto a outras tantas. 

Geralmente poucos lhes lembram os nomes.
Num documentário televisivo a respeito do Holocausto, ouvimos a história de uma jovem polonesa e seu drama, durante a Segunda Grande Guerra.
Quando Hitler invadiu a Polônia e iniciou a perseguição aos judeus, sua família viveu, alguns meses, escondida em um porão.
Descobertos, foram separados e ela nunca mais viu seus pais ou teve notícias de seus irmãos.
No campo de concentração, onde foi colocada, ela padeceu os maiores horrores. 

A comida era pouca, o tratamento rude. 

As companheiras enlouqueciam.  

Ou eram mortas. 

Ou se matavam.
A essa altura, o repórter perguntou à entrevistada se ela nunca pensara em se matar.
Sim, disse ela. 

Mais de uma vez. 

Quando o frio era muito grande, a fome parecia me devorar e eu não via perspectiva de salvação. 

Mas, nesses momentos, lembrava de meu pai.
Logo que fomos para o porão nos ocultar dos nazistas, ele me disse:-
- “Filha, aconteça o que acontecer, nunca fuja da vida. 

Resista até o fim.”
E me fez prometer que jamais eu desistiria de viver.
Quando os aliados foram vitoriosos, a jovem, e mais quatro mil mulheres foram obrigadas a uma marcha forçada pelos alemães, em fuga das tropas aliadas.
Finalmente, um número muito pequeno delas, que não havia morrido no longo percurso, foram abandonadas num campo de concentração e encontradas, mais tarde, pelos americanos.
Aquelas mulheres estavam desnutridas. 

Algumas sequer podiam se erguer, tal o estado de fraqueza.
Ela mesma, confessa, tinha dificuldades para andar, pesava trinta e poucos quilos somente. 

E não tomava banho há três anos. 

O seu tempo de aprisionamento.
Então, um oficial americano muito bonito se aproximou dela e a tomou nos braços, carregando-a até um caminhão.
Durante o trajeto ele foi lhe dizendo que ficasse calma, que tudo daria certo, que ela receberia o socorro necessário.
Cinquenta e oito anos depois, frente às câmeras de televisão, ela e o marido mostravam a alegria de sua união.
Bom, o marido não era outro senão o jovem oficial americano que a encontrou magra, suja, desnutrida e a carregou nos braços, naquele dia distante.
Ela não somente teve a sua vida salva naquele momento, sendo resgatada de uma situação de penúria, como encontrou o seu grande amor.
Um Amor que atravessou meio século e continua tão forte e especial como nos dias do início do namoro.
Um Amor que foi concebido ao final de uma hecatombe e em que o primeiro encontro foi num ambiente de dor, miséria moral e intenso sofrimento.
Ele era o jovem robusto, vigoroso. 

Ela, uma esquálida jovem, pouco mais que adolescente, sofrida e quase sem esperanças.
Deus tem mesmo inimagináveis caminhos para encontros e reencontros de almas que se desejam unir pelo amor.
*   *   *
Se os dias lhe parecem demasiado pesados, com sua carga de problemas, não desista de lutar.
Se você está a ponto de abandonar tudo, espere um pouco. 

Aguarde o amanhecer, espere o dia passar e deixe o sol retornar outra vez.
Quando você menos espera, o socorro chega, a situação se modifica, a problemática alcança uma solução.
Não se esqueça:-
- O Amor de Deus nunca falha! 

Aguarde !!!!!

 Redação do Momento Espírita

Nenhum comentário:

Postar um comentário