sábado, 8 de novembro de 2014

A Experiência de Deus - Osho


A Experiência de Deus

"Compreender isso será um benefício para vocês.

Quem não é capaz de conhecer Deus dentro do seu próprio eu, nunca será capaz de o conhecer de modo algum. 

Quem não conhecer ainda a Deus em seu próprio eu não o conhecerá nos outros tampouco. 
  O seu eu é a porta mais próxima para o divino.
Mas recordem que, o indivíduo que entra de repente em seu eu, encontra de repente a entrada para o Todo. 

A porta que conduz ao próprio eu é a porta que conduz a tudo. 

Assim que uma pessoa entra em seu ser, descobre que entrou em tudo, embora sejam diferentes externamente, internamente não o somos.
Externamente todas as folhas são diferentes entre si. 

Mas se uma pessoa for capaz de penetrar em apenas uma folha, chegaria a fonte da árvore, onde todas as folhas estão em harmonia. 

Cada folha vista por separado, é diferente mas quando tiverem chegado à fonte da qual emanam todas as folhas terá chegado a mesma fonte em que se dissolvem todas as folhas. 

Quem entra em seu eu entra simultaneamente em tudo.
A diferença entre "você" e "eu" só se mantém enquanto não tenhamos entrado em nosso próprio ser. 

O dia em que entremos em nosso ser, desaparece o eu e também o você. 

O que fica é o Todo.
Em realidade o Todo, não significa a soma do você e do eu. 

O Todo é onde nós nos dissolvemos, você e eu, e o que fica é o Tudo. 

Se o eu não se dissolver ainda podemos somar "eus" e "vocês", mas o Todo não será igual a verdade. 

Embora somemos todas as folhas, não aparece a árvore. 

A árvore é maior que a soma de todas as folhas. 

Quando somamos uma folha a outra, estamos achando que cada folha é independente. 

Mas uma árvore não está composta de folhas independentes, absolutamente.
Assim como quando entramos no nosso eu, ele simplesmente deixa de existir. 

O primeiro que desaparece quando entramos no nosso interior é a sensação de ser uma entidade separada, independente. 

E quando desaparece essa "eu-dade" também desaparecem a "você-dade" e a outro-dade". 

O que fica é o Todo.
Nem sequer é correto chamá-lo de Todo, tem também a conotação do velho "eu". 

Por isso os que sabem não querem chamá-lo de "o Todo".

 "Eles diriam:-
- Do que é a soma desse Todo?" 

O que é que estamos somando? (...)

Eles diriam apenas "Não ficam dois". 

Advaita significa isso, não exitem dois.

Assim, quando dizem Não dois, deduz-se que tampouco há três; dá-se  a entender que não há um, nem muitos, nem todos. 

Em realidade, esta diferenciação não é mais que uma visão apoiada na existência do eu. 

Assim, com a cessação da ilusória idéia de eu, fica o que é inteiro, o Indivisível.(...)
Um dia acontece que a idéia do indivíduo separado desaparece, e em consequência não vê nada mais que Deus.

Portanto a gente não sente que Deus está na pedra. 

Onde está a pedra? 

Existe Deus. 

Compreendem? 

A gente não sente que Deus existe na planta, nem existe na pedra. 

Em tudo que nos rodeia, em tudo o que vemos, apenas Deus existe. 

Assim ver Deus não depende de um exercício mental, mas de uma dissolução do eu, de uma experiência pessoal.(...)
Não lhes peço que comecem a ver Deus em tudo, lhes peço apenas que olhem para dentro e vejam o que há ali. 

A primeira coisa que desaparecerá será vós mesmos, esse eu que teima em existir quando olham para fora. 

Dentro ele desaparece, desvanece. 

Vocês descobrirão pela primeira vez que esse eu era uma ilusão. 

Em realidade, a sensação de que "eu sou separado de você", só persiste até que olhamos dentro de nós. (...)
Se eu não estiver ali, quem estará? 

A experiência que fica depois do desaparecimento do eu, é a experiência de Deus. 
A experiência se volta expansiva imediatamente ao deixar cair o eu, também cai o você, cai o ele e só fica um oceano de conhecimento. 
  Neste estado verá que só Deus é."

Osho
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