quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Harmonia no Lar


Harmonia no Lar

O instrutor Félix orienta o pupilo Magnus a respeito da importância de se ter bons modos no próprio lar…

- Cada palavrão desferido por uma boca frouxa, acostumada aos xingamentos como forma de desafogo, é comparável a um caminhão de lixo que verte sua caçamba no interior do ambiente, repercutindo, não apenas nas vibrações escuras que ficam reverberando pela atmosfera do lar, como atingem a cada um dos seus integrantes, na medida de suas sensibilidades, produzindo mal-estar, revolta, depressão, sofrimento, lágrima, raiva, ou desencadeando nova onda de palavras chulas que os outros possam atirar-lhe em forma de revide verbal ou mental.

Não bastando isso, a degeneração fluídica que uma única expressão é capaz de iniciar, pode abrir as portas da estrutura familiar para o ingresso de um sem número de Espíritos inferiores que, posicionados nos arredores, acompanhando outras pessoas na calçada, ou mesmo perambulando sem rumo na rua, se veem atraídos por aquele choque magnético que eles identificam como uma assinatura fluídica inferior a atraí-los para o ambiente no qual encontrarão os hábitos e assuntos a que se afeiçoaram.

Desse jeito, a casa vai sendo ocupada por todo tipo de entidades sofridas ou maldosas que, por sua vez, saem em busca de seus amigos e os trazem para a nova moradia, piorando o estado geral da vibração coletiva, produzindo um aprofundamento dos problemas psíquicos de seus membros, empesteando os fluidos ali existentes, e assessorando aqueles com os quais mantenham uma afinidade maior, por causa dos hábitos mentais descontrolados ou invigilantes de um único de seus moradores.

Ouvindo tais advertências, Magnus considerou, interessado:-
-    Mas se só um dos membros pode causar tamanho estrago no ambiente da família, como ficam aqueles que não merecem tal tipo de companhia, mas que vivem ao lado desse indivíduo complicado pelo desequilíbrio emocional e pelo destempero verbal?

-    Bem, meu filho, a lei é Justa e Sábia. 

Todos aqueles que se mantenham em elevação de pensamentos e sentimentos e que não se permitam ingressar na onda de vibrações inferiores são as salvaguardas do lar, mantendo as balizas luminosas que o defenderão e que, acesas pelo devotamento e pelo equilíbrio dos que zelam por sua estrutura límpida, receberão esses componentes desajustados como um doente a ser medicado pelo hospital da família equilibrada. 

No entanto, o que costuma acontecer, em grande parte dos casos, é que a regra da laranja funciona invariavelmente.

Sem entender direito a referência bem humorada, Magnus sorriu e perguntou:-
- Regra da Laranja? 

Nunca escutei falar dela!

- Ora, meu amigo, claro que já escutou. 

É aquela que fala que uma laranja estragada no meio da caixa costuma acelerar o apodrecimento das demais.

Lembrando-se de que já conhecia, Magnus balançou a cabeça e deixou que o instrutor continuasse:-
 - Assim, graças à regra da laranja, a maioria dos membros da família que se vê na condição de possuir, entre seus integrantes:-
- uma pessoa difícil, 
- intransigente, 
- faladeira, 
- mentirosa, 
- intrigueira, 
- maledicente, 
- xingadora, 
ao invés de manter a qualidade dos valores e virtudes elevadas, prefere resvalar para o mesmo padrão de insanidade e, assemelhando-se à laranja podre, começa a apodrecer igualmente, tornando mais escancarado o ambiente da casa aos invasores que poluem os pensamentos e sentimentos, instaurando o desajuste geral como lei de convivência.

Por isso é que o mundo espiritual não se cansa de aconselhar a Oração em Família, semanalmente, como fonte de reequilíbrio e de higienização das vibrações do ambiente, atividade esta que deve ser feita de maneira natural com aqueles que aceitem dela participar.

- Mas o simples fato de se orar em família, pode servir tanto ao equilíbrio da casa?

-    Você nem faz ideia de como isso é benéfico.

Livro:- Despedindo-se da Terra
Cap.15 
Espírito Lúcius 
Psicografia de André Luiz Ruiz
 

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