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sábado, 15 de março de 2014

O que temos feito com nosso afeto?



 

Os desajustes humanos, na área da afetividade, queridos leitores têm sido a causa de uma imensa gama de sofrimentos morais e materiais da vida.

Estendendo a amargura de seus efeitos ao longo das diversas existências da alma, permitem que antigos adversários no afeto se reencontrem nas experiências traumáticas de grupos familiares obrigados a viver sob o mesmo teto para que se reajustem, decorrendo daí inúmeras divergências no seio da parentela próxima.

Traindo e sendo traídas, as pessoas se garantem, para o futuro, novos reencontros para a renovação dos compromissos desrespeitados, carregando para a estrutura da comunidade familiar, na condição de pais, filhos, filhas e irmãos, os antagonismos e conflitos iniciados nas experiências ancestrais da alma, em corpos diferentes.

Desgastando os centros energéticos nas condutas desregradas e levianas em uma determinada vida física, quando voltam à Terra, para futuras reencarnações, as novas organizações biológicas são modeladas. 

Tais almas implementam no arcabouço carnal que estão modelando os mesmos desajustes que lhes imporão desequilíbrios mentais, hormonais, metabólicos, como herança negativa de suas experiências abusivas nas diversas áreas do afeto.

Doenças uterinas ou testiculares, dificuldades de fecundação, desajustes emocionais que beiram os desequilíbrios mentais ou comportamentais denotam a marca indelével dos compromissos com práticas afetivas inapropriadas no ontem recente ou longínquo.

Daí ser tão importante a compreensão de tais mecanismos porque, com o conhecimento sobre tal processo, poderemos melhorar nossa conduta e entender o porquê da impropriedade da conduta leviana afetivamente irresponsável em nossos compromissos físicos.

Considerando que encontraremos em nossos caminhos todos aqueles que ajudamos ou exploramos, é bom que, já no presente, nossas atitudes, ainda que não possam espelhar, repentinamente, a elevação da santidade, sejam canalizadas para a estrada reta da seriedade afetiva, a sustentar o edifício das uniões.

Não um discurso moralista e de boas maneiras, a ameaçar com o inferno os devassos renitentes, mas a demonstração de que cada um encontrará em seu caminho o fruto de suas opções, estampado como a marca registrada de suas decisões, no bem tanto quanto no mal.

Não se trata, obviamente, de uma informação que agrade àqueles que estão acostumados a fazer da afetividade um pasto para o exercício de todas as mais baixas atitudes. 

Em plena época do prazer desenfreado, as vozes que se levantem para mostrar os efeitos desastrosos dessa falta de freios podem ser consideradas indesejáveis ou inoportunas.

Longe de nós a intenção de conduzir os homens e mulheres de hoje ao silêncio opressor dos claustros antigos, vestidos de roupas rústicas a se ferirem com espinhos e chicotes com o intuito de afastarem de si mesmos a tentação e a falta de pudor.

Apenas desejamos ressaltar que o equilíbrio e a moderação, a responsabilidade do sentimento sincero correspondem a uma estrada mais segura do que a leviandade à qual o ser humano está se entregando, porquanto, como a morte é o veículo que recolherá todas as almas, na hora em que tivermos que nos defrontar com o resultado de nossas atitudes na dor e na vergonha diante do túmulo, não poderemos culpar o mundo com seus mecanismos de devassidão e de facilitação ao vício como o responsável pelos nossos erros. 

Não terá sido, o mundo, o responsável pela nossa viciação moral por nos garantir a rota da promiscuidade como o exercício do direito à expressão da liberdade absoluta, sem ninguém para alertar que esse caminho não era o melhor.

Não! 

Isso não poderá ser dito.

Nós estamos aqui, buscando alertar que tal estrada é perigosa, tal alimento é podre, que o prazer desmedido do corpo é fonte de sofrimento desmedido para a alma.

Estamos aqui para dizer, repetindo antigo conceito, que
AQUILO QUE PARECE, NÃO É.

E AQUILO QUE NÃO PARECE, É!

Aquilo que parece um bem desejável pelas sensações que desencadeia, não é um bem desejável, realmente. 

Tanto quanto aquilo que corresponda a algo menos estimulante menos agradável, menos excitante, não é a expressão do sofrimento mas, sim, o bom investimento que remunera as renúncias de hoje com os vantajosos juros do equilíbrio e da ventura para aqueles que souberam se conter e se direcionar. 

Aos nossos interesses imediatos, muitas vezes a estrada mais reta não é a melhor.

No entanto, não nos esqueçamos de que a mais reta é, sempre, a mais curta.

Observe-se, interiormente, nestes instantes de meditação solitária.

Avalie o quanto tem sido sincera a sua demonstração de afeto para com aqueles que o rodeiam.

O quanto seus objetivos imediatos não estão contaminados pelos modismos, pelas imposições sociais, pelos conceitos da sensualidade opressora.

Veja qual o grau de comprometimento de seus pensamentos com assuntos sexuais, e o quanto tal tema escraviza suas palavras e comentários. 

Pergunte-se se você é somente isso. 

Se seu afeto é exprimido somente pelas secreções de seu corpo, no clímax dos relacionamentos íntimos. 

Quantas vezes você tem demonstrado carinho que não seja para atingir o ato sexual com alguém que lhe interesse.

Já sabemos que a Bondade Divina é incompatível com a existência física de um Céu ou de um Inferno, representando, sim, apenas estados de consciência de paz ou de culpa. 

No entanto, façamos a experiência hipotética de observar se, com o teor de nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, nos qualificaríamos para ingressar no Paraíso.

Se, porventura, por seus defeitos e más inclinações, você reconheceu a impossibilidade de ingressar no Paraíso, será que percebeu que é você mesmo quem está construindo o próprio inferno íntimo?

Lutemos com clareza de propósitos para combatermos aquilo que cria trevas interiores nos erros e angústias que nos arrastam para sentimentos de vergonha e pessimismo, abrindo brechas para os processos de obsessão e influenciação promovidos por Espíritos viciosos.

Passemos a procurar aquilo que nos seja a garantia do equilíbrio e da paz interior, facultando-nos o exercício da sexualidade como um dos instrumentos do carinho verdadeiro, de um para com o outro.

Livro:- Despedindo-se da Terra
Cap. 34
Espírito Lúcius 
Psicografia de André Luiz Ruiz

domingo, 9 de março de 2014

A Verdadeira Causa e o Verdadeiro Remédio


A Verdadeira Causa e o Verdadeiro Remédio


Quanto mais elevados se tornam os Espíritos, mais do alto podem ver e entender os verdadeiros motivos ocultos por detrás de uma esposa infeliz e de um marido imaturo e ambicioso..… 

Sexualidade desregrada, afetividade frustrada, infelicidade material ou moral, tudo isso pode parecer a causa de muitos desastres. 

No entanto, quando aprofundamos a análise de sua origem, constataremos que há fatos mais graves que precisam ser medicados, situações mais dolorosas que ainda não eram do nosso conhecimento.

 Se nos ocuparmos em atender apenas à dor do coração ferido, a remediar um prazer sexual mal exteriorizado, a satisfazer uma necessidade material imediata, deixaremos escapar a possibilidade de ajudar a todo o conjunto dos sofredores envolvidos naquelas questões.

O que vale mais, tratar a febre que fustiga o corpo ou tratar a infecção que provoca a febre?

E para tratarmos a infecção, muitas vezes não podemos usar medicações que inibam a febre a fim de que não mascaremos os sintomas e dificultemos o tratamento eficiente da verdadeira causa.

É melhor deixar a febre presente por um tempo, ainda que controlada, do que permitir ao organismo o estado de normalidade na temperatura, enquanto a infecção se alastra, colocando em risco a vida do corpo.

Assim é que o Bem atua. 

Por isso é que, enquanto os ignorantes e maldosos se reúnem em Organizações canhestras e Departamentos desajustados, a ação do Bem, a benefício dos próprios maus, se alonga no tempo, a fim de que, no momento adequado, tudo se transforme em um maior número de almas amparadas pelas bênçãos do despertamento.

Se não fosse assim, Deus não seria igualmente Misericordioso para com todos os seus filhos, principalmente para com aqueles que se afastaram do bom caminho.

Entende?


Livro:- Despedindo-se da Terra
Cap. 28
 Espírito Lúcius 
Psicografia de André Luiz Ruiz

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Alerta aos encarnados – ação dos obsessores


 

Juvenal e Gabriel, obsessores experientes, transmitem um pouco do seu conhecimento para o novato Aleijado, que iniciava-se na “arte” de obsediar…

- A noite é uma fabriquinha de horrores – exprimiu-se Juvenal, irônico, no que foi acompanhado pela risada divertida de Gabriel, demonstrando ansiedade para perguntar como é que funcionava aquele processo de interferência no mundo dos “caveiras vestidas”, como costumavam referir-se aos seres encarnados.

- Ora, Aleijado, vai tranquilo que hoje você vai receber uma aula do Chefe, para aprender como é que as coisas acontecem no mundo dos mortos vivos, aqueles que pensam que estão vivos, mas estão mais mortos do que nós, os verdadeiramente vivos.

- Credo, que confusão, Juva, morto com vivo, não entendi nada.
- Ora, como não? 

Quem está vivo é quem manda e quem está morto é quem obedece. 

Nós colocamos as coisas na mente dos imbecis e eles obedecem, achando que são donos da verdade e das próprias vontades. 

Quer coisa mais de morto do que isso? 

São uns bonecões sacolejando seus esqueletos por aí, bancando os importantes, os bacanas, escondendo-se atrás de copos e maços de cigarro, drogas e prazeres, dos quais somos nós os que mais gozamos, sugando tudo aquilo que eles nos oferecem.  

Se você perceber bem, eles são como vaquinhas que nos dão o leite de cada dia sem que precisemos pagar nada por ele.

Basta achar o cara certo e dizer-lhe o que deseja escutar que, a partir daí, fica fácil que nos sirva até o esgotamento. 

Quem é que está morto e quem é que está vivo?

Olhando o amigo que se divertia com os conceitos que manipulava para seu entendimento, Gabriel sorriu meio encantado e falou, desconjuntado:-
- É mesmo, Juva, pensando desse jeito, até que a gente é mais esperto do que eles, né?

- Claro, seu bobão… é por isso que nós temos que atacá-los e afastá-los de tudo o que possa abrir seus olhos para a sua condição real, porque cada um que nos abandona, deixa de nos servir como fonte de alimentos. 

Assim, temos que prejudicar todas as pessoas que se dedicam a esse negócio de falar com os defuntos, perturbando suas vidas, atrapalhando seus negócios, fazendo tudo para que se desequilibrem e desistam de seguir com essa coisa de esclarecimento, de aprendizado, de reforma íntima.

- É isso mesmo – concordava Gabriel, para agradar o amigo que estava se exaltando.

- Se esse negócio de passeata e manifestação funcionasse por aqui, sairia com uma faixa escrita:-
- “MATEMOS OS MÉDIUNS”, 
- “FOGO NOS CENTROS ESPÍRITAS”, 
- “MORTE AOS FALSOS CORDEIROS”, 
para fazermos um movimento que nos defenda o direito de nos alimentarmos dos vivos que nos querem servir por gosto próprio.

Imagine, Aleijado, o que seria de nós se todas as pessoas parassem de beber, de fumar, de usar drogas, de roubar, de abusar do sexo, onde é que nós ficaríamos, como nos sentiríamos se as nossas vaquinhas abandonassem os nossos currais e fossem embora? 

E o nosso leite, nosso queijo, nosso filé mignon, nossos prazeres, onde ficariam? 

Esse movimento de esclarecimento das consciências é um verdadeiro atentado aos nossos mais sagrados interesses pessoais e não podemos permitir que isso avance sem fazer algo para parar com essas loucuras. 

Se acreditam no Bem e nesse negócio de Jesus, que escolham um outro mundo, desses que estão pendurados por aí, e que se mudem para lá, deixando para nós este, que já nos pertence há muito tempo. 

Vão fingir bondade em outro lugar.



Livro:- Despedindo-se da Terra
Cap. 16
Espírito Lúcius
 André Luiz Ruiz

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Harmonia no Lar


Harmonia no Lar

O instrutor Félix orienta o pupilo Magnus a respeito da importância de se ter bons modos no próprio lar…

- Cada palavrão desferido por uma boca frouxa, acostumada aos xingamentos como forma de desafogo, é comparável a um caminhão de lixo que verte sua caçamba no interior do ambiente, repercutindo, não apenas nas vibrações escuras que ficam reverberando pela atmosfera do lar, como atingem a cada um dos seus integrantes, na medida de suas sensibilidades, produzindo mal-estar, revolta, depressão, sofrimento, lágrima, raiva, ou desencadeando nova onda de palavras chulas que os outros possam atirar-lhe em forma de revide verbal ou mental.

Não bastando isso, a degeneração fluídica que uma única expressão é capaz de iniciar, pode abrir as portas da estrutura familiar para o ingresso de um sem número de Espíritos inferiores que, posicionados nos arredores, acompanhando outras pessoas na calçada, ou mesmo perambulando sem rumo na rua, se veem atraídos por aquele choque magnético que eles identificam como uma assinatura fluídica inferior a atraí-los para o ambiente no qual encontrarão os hábitos e assuntos a que se afeiçoaram.

Desse jeito, a casa vai sendo ocupada por todo tipo de entidades sofridas ou maldosas que, por sua vez, saem em busca de seus amigos e os trazem para a nova moradia, piorando o estado geral da vibração coletiva, produzindo um aprofundamento dos problemas psíquicos de seus membros, empesteando os fluidos ali existentes, e assessorando aqueles com os quais mantenham uma afinidade maior, por causa dos hábitos mentais descontrolados ou invigilantes de um único de seus moradores.

Ouvindo tais advertências, Magnus considerou, interessado:-
-    Mas se só um dos membros pode causar tamanho estrago no ambiente da família, como ficam aqueles que não merecem tal tipo de companhia, mas que vivem ao lado desse indivíduo complicado pelo desequilíbrio emocional e pelo destempero verbal?

-    Bem, meu filho, a lei é Justa e Sábia. 

Todos aqueles que se mantenham em elevação de pensamentos e sentimentos e que não se permitam ingressar na onda de vibrações inferiores são as salvaguardas do lar, mantendo as balizas luminosas que o defenderão e que, acesas pelo devotamento e pelo equilíbrio dos que zelam por sua estrutura límpida, receberão esses componentes desajustados como um doente a ser medicado pelo hospital da família equilibrada. 

No entanto, o que costuma acontecer, em grande parte dos casos, é que a regra da laranja funciona invariavelmente.

Sem entender direito a referência bem humorada, Magnus sorriu e perguntou:-
- Regra da Laranja? 

Nunca escutei falar dela!

- Ora, meu amigo, claro que já escutou. 

É aquela que fala que uma laranja estragada no meio da caixa costuma acelerar o apodrecimento das demais.

Lembrando-se de que já conhecia, Magnus balançou a cabeça e deixou que o instrutor continuasse:-
 - Assim, graças à regra da laranja, a maioria dos membros da família que se vê na condição de possuir, entre seus integrantes:-
- uma pessoa difícil, 
- intransigente, 
- faladeira, 
- mentirosa, 
- intrigueira, 
- maledicente, 
- xingadora, 
ao invés de manter a qualidade dos valores e virtudes elevadas, prefere resvalar para o mesmo padrão de insanidade e, assemelhando-se à laranja podre, começa a apodrecer igualmente, tornando mais escancarado o ambiente da casa aos invasores que poluem os pensamentos e sentimentos, instaurando o desajuste geral como lei de convivência.

Por isso é que o mundo espiritual não se cansa de aconselhar a Oração em Família, semanalmente, como fonte de reequilíbrio e de higienização das vibrações do ambiente, atividade esta que deve ser feita de maneira natural com aqueles que aceitem dela participar.

- Mas o simples fato de se orar em família, pode servir tanto ao equilíbrio da casa?

-    Você nem faz ideia de como isso é benéfico.

Livro:- Despedindo-se da Terra
Cap.15 
Espírito Lúcius 
Psicografia de André Luiz Ruiz
 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Existem espíritas praticantes e não-praticantes?




 Existem espíritas praticantes e não-praticantes?

Ouvem-se, com certa frequência nos ambientes doutrinários, algumas frases que expressam dúbias interpretações sobre o que seja "Ser Espírita".
Companheiros que ainda não se sentem devidamente ajustados aos parâmetros propostos pelos roteiros da codificação, dizem:-
-Ainda não sou espírita, estou tentando!,
outros, desejosos em amealhar algum crédito de aceitação nos grupos, dizem:-
- "Quem sou eu para ser espírita ?"
- "Quem sabe um dia serei !".

Ser Espírita, é ser melhor hoje do que ontem, e 

buscar amanhã, ser melhor do que hoje.


Reforma Íntima 

 Renovando atitudes 

 Hammed

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Guerreando pelo Afeto


Guerreando pelo Afeto

No sentimento, os homens guerreiam.

- Armam estratégias de batalha, 
- se municiam com um arsenal inumerável, 
- adotam fantasias ou disfarces para melhor enganar as suas vítimas, 
- disputam cada palmo do território conquistado, exercitam-se para estar em forma, 
- fazem propaganda de sua causa para atrair o apoio moral dos seus companheiros, 
- Atiram suas armas sem medo nem dó,
- Desprezam as vítimas de seus ataques e se apossam,
- Quando pensam ter vencido, do prêmio decorrente de seus esforços, como algo que lhes pertencesse por direito, como acontecia ao vencedor de outrora.

Mas, aquele que perde, em geral, inconformado com a derrota, geralmente se entrincheira no ódio, na desastrosa mágoa corrosiva e, por sua vez, articula o contragolpe, se possível mortal, a ser desferido contra seus oponentes.

Nessa atmosfera se acham todos os que são considerados homens e mulheres nas lutas da conquista afetiva, guerreiros que, em nome de um amor que dizem nutrir, espalham ódios, divisões, enganos, mentiras, agressão, más palavras, calúnias, jogando com a afetividade alheia para obterem alguma vantagem pessoal.

E quando atingem seus objetivos, depois de destruírem relações estáveis, depois de atearem fogo ao sossego de outros relacionamentos, passam a ter que suportar as exigências da nova conquista, agora sob sua tutela, ao mesmo tempo em que precisam administrar o ódio dos perdedores e as suas estratégias de ataque para destruírem a nova situação afetiva implantada.

Por isso, muita gente, depois de abandonada pelo companheiro ou companheira, adotando a postura da vingança, ao invés de reconstruir sua vida em outras bases mais luminosas e limpas, entregando os que partiram ao destino que os irá educar, se compromete a faze a infelicidade dos que fugiram ao compromisso.

Muito dizem:-
-Se não for para ser feliz ao meu lado, não será feliz ao lado de ninguém.

Se não é para estar comigo, vou mover céus e terras para acabar com eles.

Não pensem que vão me deixar aqui, na solidão, enquanto vão ficar sorrindo de felicidade por aí, como dois pombinhos apaixonados, isso é que não.

Se o abandono os feriu como efeito de um pretérito comprometido na área do afeto, quando suas outras vida passadas testemunharam suas condutas irresponsáveis, produzindo, agora, o sofrimento da solidão para, aprenderem o amargor de tal comportamento, ao adotarem o caminho da vingança, voltam a cair na mesmo condição de agressores, de espalhadores do mal, de semeadores de tragédias.

E isso é  assim em todos os setores da vida.


Livro:- Despedindo-se da Terra
Capítulo 12
Espírito Lúcius
André Luiz Ruiz

domingo, 12 de janeiro de 2014

Defendendo o Lar






  

Todo local onde as pessoas estabelecem sua moradia, querido leitor, é o ambiente que passa a vibrar conforme as vibrações dos que ali se achem reunidos.

Por isso, seja para a companhia individual que escolhamos, seja para o teor das emanações íntimas da própria casa, a lei de sintonia atrairá para essas fontes emissoras as entidades que com elas se sintonizem, o que pode produzir a sensação de harmonia e serenidade ou a de angústia e desespero.
Quando a moradia é guarnecida de bons pensamentos, sentimentos e atos de nobreza de seus ocupantes, a energia positiva estabelece os limites do assédio das sombras que, de uma forma frontal se sentem impedidas de ali ingressar ou permanecer porque o teor de forças do ambiente as obriga a dali se retirarem, já que muitos Espíritos inferiores não suportam as energias de alto padrão de voltagem no bem.

Nessas ocasiões, almas amigas, Espíritos familiares em equilíbrio permanecem no lar, atuando em favor dos seus moradores tanto quanto recebendo os desencarnados que chegam em tarefa de amparo ou de pesquisa que, certamente, poderão encontrar, naquele ambiente, as condições para desenvolver suas buscas ou energias para se reabastecerem nas lutas que estejam enfrentando.

Quando o contrário ocorre, ou seja, quando nós não nos prevenimos com a adoção de pensamentos luminosos, sentimentos generosos e vibrações elevadas, nosso ambiente não se reveste de tal condição e fica vulnerável a todo tipo de invasão espiritual, não se podendo evitar que entidades de pouca evolução penetrem, já que se tornam convidadas de nossas condutas inferiores e invigilantes.

Livro:- Despedindo-se da Terra
Cap. 3
Espírito Lúcius 
André Luiz Ruiz

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Buscando o arrependimento sincero: a visita a um presídio


 
Posted: 15 Aug 2013 03:56 AM PDT

Doutor Bezerra de Menezes visita uma prisão com o intuito de encontrar pessoas que carreguem o sincero sentimento de areependimento…

-    Nosso primeiro destino será um dos cárceres de nossa cidade. 

Não há melhor lugar para entendermos o peso da culpa e a ação do arrependimento do que esse, no qual os homens têm de enfrentar o peso dos equívocos na própria carne, recordando que não importa se a Justiça terrena cometa erros ao aprisionar inocentes. 

O importante é que nos lembremos que a cada pessoa só acontece aquilo que está dentro de suas necessidades evolutivas, inclusive as injustiças decorrentes dos equívocos legais, fazendo cada um suportar os males que, um dia, tenham igualmente provocado. 

Poderia não merecer o cárcere segundo a exatidão dos cânones jurídicos, mas, em realidade, estava em débito com os Códigos Divinos, que o conduziram ao ambiente onde permaneceria com a finalidade pedagógica e expiatória.

Impulsionados pela vontade firme do condutor do grupo que os organizou, Ribeiro, Jerônimo e Adelino, nos vértices de um quadrado, Bezerra localizou os outros no seu centro, criando um campo de forças que os circundava, protegendo os que eram menos experientes, ajudando-os nos processos de volitação até o destino.

Vista do alto, a cadeia era uma grande mancha escura na qual a revolta, violência, ódio e conflito davam o tom, não importando se observassem o local das celas onde ficavam os presos ou o lugar onde se localizavam os escritórios administrativos.

Soldados, agentes, funcionários, tanto quanto os detentos, todos pareciam prisioneiros de inferioridades morais e mentiras que os mantinham jungidos ao sistema repressivo para os aprendizados evolutivos indispensáveis.

Fosse como cumpridores da sentença dentro dos cárceres ou como seus guardadores, todos estavam lá para que aprendessem que as quedas geram consequências para os que se projetam nos delitos. 

Os primeiros precisariam arrepender-se e procurar melhorar ao contato com o isolamento enquanto que os guardas, funcionários, autoridades deveriam ocupar o lugar de auxiliares do reerguimento moral de seus semelhantes infratores, servindo-os com o desejo de ajudá-los na retomada da dignidade aviltada.

No entanto, os condenados se perdiam na escola de crimes e violências enquanto que os não condenados se esmeravam na conduta promíscua, no explorar as necessidades dos encarcerados, através da concessão de favores ou facilidades mediante o comércio espúrio e vil de vantagens materiais ou outras, facilitando ou dificultando a vida dos apenados, segundo os ganhos conseguidos ao contato com os familiares que os visitavam. 

Extorsões e ameaças eram práticas consideradas normais naquele meio, fosse entre os presos, fosse entre os que deveriam fiscalizá-los.

-    Não se incomodem na observação dos equivocados. 

Eles já assinaram a dupla condenação, que lhes garante, além da permanência neste ambiente infeliz, a partida para a outra penitenciária mais distante. 

Nosso foco será encontrarmos os que estiverem tocados pelo ARREPENDIMENTO – advertiu Bezerra.

Caminharam por pavilhões escuros, onde só se observava o conjunto de emanações pestilentas como moldura escura e densa revelando a natureza espiritual de seus ocupantes. 

No amontoado de corpos em sistema de promiscuidade, não havia como encontrar, segundo os critérios aprendidos, onde pulsassem as ondas do mais ínfimo arrependimento. 

Foi então que, ampliando a sua capacidade de penetração, Bezerra exclamou:-
-    Vamos ao outro lado. 

Lá ao fundo, diviso a emissão de um campo de energias luminosas compatível com o que buscamos.

Chegaram ao fundo onde, em cárcere abarrotado, homens se amontoavam na tentativa de dormir, enquanto outros não conciliavam o sono, ainda que a noite já fosse alta.

Sem se prenderem na observância dos que se entregavam às necessidades do sexo animalesco em ambiente tão impróprio, fosse com a anuência de seus companheiros ou através da violência do mais forte sobre o mais fraco, o grupo pôde encontrar um homem infeliz, entregue à oração.

Tratava-se de um rapaz que ali se achava já havia alguns meses e se entregara ao furto pelo desejo de obter ganhos mais rápidos para sustentar os filhos. 

Prejudicara o estabelecimento onde trabalhava e, depois de longos furtos, levantou a suspeita do proprietário que, cansado dos inúmeros prejuízos, flagrara o ladrão em pleno ato, surpreendendo-se ao constatar que se tratava do próprio funcionário. 

O benfeitor, que lhe garantira o emprego, era a sua vítima. 

Levado ao cárcere pela prisão em flagrante, não conseguiu liberdade por já ostentar a situação de reincidente. 

Naquele dia, o pobre havia recebido uma cartinha escrita pelos filhos, sob a guarda da esposa.

O papel vinha grafado desordenadamente, já que cada filho queria fazer um desenho mais bonito do que o outro, como um presente ao genitor. 

Espalhadas pelas linhas, frases puras que diziam:-
- “papai, eu te amo”… “tamo cum saudades”… “volte logo”… “um beijão… pai”. 

A mãe lhes havia contado que o pai precisara viajar a trabalho e que demoraria a voltar, mas que iria colocar a cartinha deles no correio para que ele a recebesse. 

Naquele dia de visitas, então, a mulher havia ido à cadeia ao encontro do marido e colocara em suas mãos o pequeno documento junto com amorosa carta escrita por ela mesma e que, apesar da precariedade de seus conhecimentos, vinha cheia do verdadeiro afeto, dizendo:-
-“Meu bem… ti amo. 

Quiero que saiba que as coisa tá tudo bem. 

Os menino tá bão… só a Michele qui chora pidino o pai. 

Eu sei que ocê é um home bão i qui si feiz isso é pruque quiria dá coisas boa pra nóis. 

Mais quero ti dizê qui a gente prefere passá fome cum ocê do nosso lado do que tê coisas boa cocê longe de casa. 

Fui prucura um devorgado do estado pra vê se ele fais as coisa andá mais rápido. 

Num fais ninhuma bestera aí drento não, hein? 

Nossos fio tão esperano a vorta do pai e eu a do meu cumpanhero. 

Ti quero… to cum sodade. 

Bejo, Juana.”

A lembrança dos filhos, o carinho de seus pequenos, o amor e o sacrifício de Joana eram alimento para o espírito de Benedito, o preso envergonhado que, naquele momento, segurando os pedaços de papel que lhe valiam mais que pepitas de ouro, chorava silenciosamente, improvisando uma prece a Deus, na qual pedia perdão por seus erros.

 Lembrava-se de seu ex-patrão a quem vinha furtando sistematicamente e a vergonha aumentava ainda mais o seu pranto. 

No entanto, a recordação do lar distante, do carinho dos filhos e da simplicidade ingênua e amorosa da esposa aprofundavam em sua alma o arrependimento por tudo o que já havia feito de errado na vida. 

E a oração que sua alma elevava ao Criador, do interior medonho daquele antro, era a marca pura do como um presente ao genitor. 

Espalhadas pelas linhas, frases puras que diziam:-
- “papai, eu te amo”… “tamo cum saudades”… “volte logo”… “um beijão… pai”. 

A mãe lhes havia contado que o pai precisara viajar a trabalho e que demoraria a voltar, mas que iria colocar a cartinha deles no correio para que ele a recebesse.

 Naquele dia de visitas, então, a mulher havia ido à cadeia ao encontro do marido e colocara em suas mãos o pequeno documento junto com amorosa carta escrita por ela mesma e que, apesar da precariedade de seus conhecimentos, vinha cheia do verdadeiro afeto, dizendo:-
- “Meu bem… ti amo. 

Quiero que saiba que as coisa tá tudo bem. 

Os menino tá bão… só a Michele qui chora pidino o pai. 

Eu sei que ocê é um home bão i qui si feiz isso é pruque quiria dá coisas boa pra nóis. 

Mais quero ti dizê qui a gente prefere passá fome cum ocê do nosso lado do que tê coisas boa cocê longe de casa. 

Fui prucura um devorgado do estado pra vê se ele fais as coisa andá mais rápido. 

Num fais ninhuma bestera aí drento não, hein? 

Nossos fio tão esperano a vorta do pai e eu a do meu cumpanhero. 

Ti quero… to cum sodade. Bejo, Juana.”

A lembrança dos filhos, o carinho de seus pequenos, o amor e o sacrifício de Joana eram alimento para o espírito de Benedito, o preso envergonhado que, naquele momento, segurando os pedaços de papel que lhe valiam mais que pepitas de ouro, chorava silenciosamente, improvisando uma prece a Deus, na qual pedia perdão por seus erros. 

Lembrava-se de seu ex-patrão a quem vinha furtando sistematicamente e a vergonha aumentava ainda mais o seu pranto. 

No entanto, a recordação do lar distante, do carinho dos filhos e da simplicidade ingênua e amorosa da esposa aprofundavam em sua alma o arrependimento por tudo o que já havia feito de errado na vida. 

E a oração que sua alma elevava ao Criador, do interior medonho daquele antro, era a marca pura do ARREPENDIMENTO verdadeiro. 

Nunca mais, jurava ele, iria realizar qualquer ato que prejudicasse os outros. 

Havia se iludido com o sucesso dos primeiros furtos, conseguindo bens sem esforço e se sentindo um bom pai por trazer para casa o que os filhos lhe pediam. 

Comprometia-se a suportar a cadeia além de jurar que, quando saísse, procuraria pelo ex-patrão e lhe pediria perdão pela atitude infeliz, pela fraqueza de caráter. 

Não sabia quanto tempo ainda permaneceria naquela situação tão dolorosa, mas, pela saúde dos próprios filhos, jurava que se emendaria, que superaria qualquer dificuldade através do trabalho honesto, ainda que fosse pedindo esmola. 

Lembrava-se da primeira vez que fora preso, em uma época na qual não era pai, nem tinha família para criar. 

Era um irresponsável, que queria fazer as coisas da sua maneira e pensava que poderia afrontar a vida sem consequências. 

Todavia, agora que sentia o amor dos que contavam com seus exemplos, que se fizera responsável por outras criaturas e era querido com carinho verdadeiro, sentia que estava perdendo muito mais do que poderia ter ganho com as práticas delituosas.

-    Estão vendo, meus filhos. 

Benedito está se abrindo para uma conscientização completa sobre os deveres de um chefe de família. 

As vibrações luminosas que partem da sua mente e do seu coração são tão intensas, que vencem a atmosfera densa deste cárcere e podem ser captadas por espíritos amigos, que estarão se empenhando em ajudar o esforço de Joana para apressar-lhe a libertação, liberdade esta que deverá vir no tempo justo, visando a cristalização dos ensinamentos, marcando seu espírito para sempre com o selo do dever, depurando-o no cadinho do sofrimento.

Benedito é um doente que está em processo de tratamento eficaz, aceitando a medicação representada pela restrição dos direitos como alguém que aproveita a dificuldade para crescer com ela. 

Se, quando deixar esta cadeia, cumprir com estas palavras tão sinceras, se não se Permitir voltar à desonestidade, se procurar o irmão lesado para desculpar-se, certamente contará com merecimento que o autorize a permanecer neste mundo.

Todos os espíritos do grupo identificaram as emanações luminescentes que brotavam do pobre preso e, unindo-se às expressões de sinceridade que emitia, juntaram à dele as próprias orações, avalizando a solicitação de socorro e amparo aos Céus, que certamente responderia em favor de um Benedito melhorado, graças à aceitação de suas culpas, ao remorso pelos atos praticados e ao ARREPENDIMENTO a que chegara, propiciado pelo carinho semeado pelos seus entes mais queridos em um pobre pedaço de papel.

Ao redor, a escuridão física e moral campeava, inalterada. 

Mas no coração do pobre Benedito luzia a esperança de uma nova vida, como um possível integrante da Nova Humanidade, que seria composta não de seres purificados, mas, ao contrário, de espíritos desejosos de melhoria, a partir do reconhecimento dos próprios equívocos e do esforço na reedificação da existência.

Naquele lugar não havia mais ninguém em cujo coração este tipo de reação se encontrasse tão patente e verdadeiro. 

Somente Benedito poderia ser enquadrado no conceito de arrependimento efetivo a lhe permitir o direito de aqui permanecer, como um aluno preparado para as lições que a Terra forneceria aos que haviam-se empenhado na mudança e que, por isso, conseguido a própria SALVAÇÃO.

Deixando aquele ambiente de dor e aprendizado, Bezerra alçou voo com o grupo, agora levando-os à outra parte da cidade onde, segundo suas palavras, poderiam encontrar outros exemplos de ARREPENDIDOS VERDADEIROS. 

Iam na direção de um dos Hospitais existentes na comunidade.


Livro:- Herdeiros do Novo Mundo
Cap. 32
Espírito Lúcius  
Psicografia de André Luiz Ruiz.