domingo, 12 de agosto de 2012

Nostalgia e Depressão

  



 
Baia de Courier 
 Madagascar


Nostalgia é tristeza  ou  melancolia, geralmente, relacionada à saudade da pátria, mas, pode ser, também, por saudade atinente ao passado existencial. 
Por outro lado, a depressão é muito mais grave do que a nostalgia e se caracteriza por um estado patológico, de natureza orgânica e psicológica, que envolve abatimento, desânimo, inércia e, às vezes, ansiedade. (Dic. Aulete). 
Para entendermos melhor o assunto, vamos ver alguns fragmentos da mensagem “NOSTALGIA E DEPRESSÃO”, ditada pelo Espírito JOANNA DE ÂNGELIS, por psicografia do Médium DIVALDO PEREIRA FRANCO e publicada na Obra “AMOR IMBATÍVEL AMOR”:-
“As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão. 
O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre. 

Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se homizia. 

A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. 

Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser, lamentando, sem dar-se conta, não mais a fruir; ou de ocorrências da atual. 

Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilos, que não retornam, produzem estados nostálgicos. 

Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente naturais. 

Quando, porém, se incorpora ao dia-a-dia, gerando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no comportamento emocional. 

A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico. 

...A depressão é acompanhada, quase sempre:-
- da perda da fé em si mesmo, 
- nas demais pessoas e 
- em Deus... 

Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. 

Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular, caracteriza a gravidade do transtorno emocional. 

Anotamos, também, a forte incidência de fenômenos obsessivos, que podem desencadear o processo depressivo, abrindo espaço para o suicídio, ou se fixando, a partir do transtorno psicótico, direcionando o paciente para a etapa trágica da autodestruição. 

Seja, porém, qual for a gênese desses distúrbios, é de relevante importância para o enfermo considerar que não é doente, mas que se encontra em fase de doença, trabalhando-se sem autocomiseração, sem autopunição para reencontrar os objetivos da existência. 

Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequilíbrio, mesmo que sob a terapia de neurolépticos. 

É importante que se crie uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constituem valiosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional.  

O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais

Conforme nos mostrou Joanna de Ângelis, é preciso resgatar a Fé do paciente, fazendo-o aceitar que não está doente, mas em fase de doença. 

Agindo assim, incentivaremos a reação da pessoa nostálgica ou depressiva. 

A Doutrina Espírita tem recursos valiosos, para fazer o depressivo mudar de comportamento. 

Devemos, com paciência e tato, introduzir os ensinamentos espíritas, mostrando que temos um futuro brilhante pela frente, basta perserveramos na luta. 

Que assim seja!

 R. L. Wagner, Belém, Pará



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