sábado, 21 de abril de 2012

"Internet, esse fantástico mundo virtual"‏

"Internet, esse fantástico mundo virtual"‏



Ah! 

Como viajamos!!! 

Do Brasil ao Japão, do Norte ao Sul, entramos nas casas, corremos mundo, conversamos, nos damos a mão, compartilhamos, nos apoiamos, desabafamos, criamos mil fantasias, nos chamamos de amigos... 

Damos e recebemos, trocamos, nos emocionamos... 
Realizamos alguns dos nossos sonhos e fazemos com que pessoas sonhem através da gente.


Invadimos corações e vidas e permitimos que nos invadam também. 

Trocamos a solidão de se estar só com uma outra disfarçada de presença. 

Vamos ligando corações invisíveis, onde não sabemos onde está o começo e nem onde estará o fim.

Portas se abrem a cada instante.


O mundo da internet é maravilhoso! Portanto, algo me inquieta:-
- será que não estamos trocando o mundo que Deus nos criou por quatro paredes e uma tela?

Damos altas gargalhadas diante do computador quando recebemos uma piada ou uma imagem engraçada... 

Mas onde está o calor do riso amigo que nos acompanha? 

E o olhar, que diz sem falar e faz compreender milhões de palavras não ditas?

Cadê o abraço e o conforto de se sentir entre abraços?


Não sou contra o mundo virtual, muito pelo contrário.

O que sou contra é a exclusividade dele, o monopólio desse mesmo mundo nas nossas existências.

Onde está o prazer de ir na biblioteca ou livraria e procurar entre milhares de livros algo interessante e depois não saber o que escolher?

Esses tesouros estão morrendo empoeirados em prateleiras...


Quem vai igualar um dia nossa maravilhosa aurora, que nos lembra que é sempre possível recomeçar? 

E nosso pôr-do-sol laranja-avermelhado, quem será capaz de inventar com tanta maestria?

O mundo virtual é encantador.

Mas esse deve ser um local de visita, não nosso morada.

Deve ser um jardim onde podemos passear quando quisermos, não nossa prisão; deve ser um pedaço do nosso coração, não todo ele.


Estamos nos tornando escravos do mundo virtual e tentamos nos convencer que somos livres. 

Falamos menos, escrevemos mais. 

Respiramos mais ar fechado.

Temos menos tempo para os nossos.


É gostoso quando nos enxugam as lágrimas com palavras, mas que isso não nos impeça de desejar mãos suaves que nos acariciem o rosto e um olhar firme dizendo pra ter coragem, que tudo vai passar.


Que a internet nos abra o mundo, sem nos isolar desse mesmo mundo!

Que ela nos sirva, não que sirvamos a ela.

Que saibamos achar o perfeito equilíbrio entre as coisas!

Que ela seja uma bênção, não nossa perdição!

Que possamos ainda abrir os olhos, antes que morramos no nosso isolamento, vítimas de nossa própria armadilha, a liberdade virtual. 



Formatação: Beth Norling
Imagens: Internet
Música: Tifa’s Theme

Recebido por e-mail da 
Amiga Ritinha
 

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