O Espiritismo e os Sábios
Para cada aquisição do homem, nas ciências físicas ou morais, diversas balizas, a princípio menosprezadas e repelidas para depois triunfarem, tiveram de ser plantadas a fim de insensivelmente preparar os Espíritos para os movimentos futuros.
Toda ideia nova, fazendo, sem precedente, sua entrada no mundo que se costuma chamar sábio, quase não tem chance de êxito, em razão do espírito de partido e das oposições sistemáticas dos que o compõem.
Entregar-se a novas ideias, cuja sabedoria, entretanto reconhecem, é para eles uma humilhação, porque seria confessar sua fraqueza e provar a insanidade de seus sistemas particulares.
Preferem negar por amor-próprio, por respeito humano, por ambição mesmo, até que a evidência os force a admitir que estão errados, sob pena de se verem cobertos do ridículo que tinham querido lançar sobre os novos instrumentos da Providência.
Foi assim em todos os tempos; também foi com o Espiritismo.
Foi assim em todos os tempos; também foi com o Espiritismo.
Não fiqueis, pois, admirados por encontrar em épocas anteriores ao grande movimento espiritualista, diversas manifestações isoladas, cuja concordância com as da hora presente prova, mais uma vez, a intervenção da Onipotência em todas as descobertas que a Humanidade erroneamente atribui a um gênio humano particular.
Médium: Sr. Desliens, espírito não identificado.
Fonte: Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos
Ano VIII, 1865 - nº 8 - agosto de 1865.
Allan Kardec
FEB - Federação Espírita Brasileira
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