Tem uma turma aí que fica numa discussão, uma perda de tempo danada, querendo saber se os meus livros são espíritas ou não espíritas, espiritualistas ou esotéricos, bons ou ruins, condenáveis ou elogiáveis.
Pois eu não estou nem aí!
Eu acho engraçado esse povo que se perde discutindo a superfície, e não consegue ver em profundidade.
Por que rótulo disso ou daquilo pra classificar as coisas é superfície.
Qual é a coisa mais superficial num vidro de perfume, ou numa lata de molho?
É o rótulo!
Mas o que o rótulo diz da coisa, enquanto você não tira a tampa e experimenta?
Eu não estou preocupado em escrever livro espírita ou não espírita, eu só estou dizendo a minha verdade, que é a verdade que eu compreendi.
Todo livro, por mais esotérico, por mais auto-ajuda, por mais profundo, traz uma verdade parcial, porque é a verdade de cada um que escreveu.
E o que eu estou contando pra vocês é a verdade que eu vi, e espero que ela seja de alguma utilidade pra vocês.
Se ela for boa pra você, se ela bater com a verdade do seu coração, eu fico contente, porque eu ajudei você a se descobrir.
Mas se você achar que não bate, paciência!
Mas se você achar que não bate, paciência!
Pra mim, não muda nada.
Eu continuo tendo o meu serviço, continuo com as minhas idéias, continuo fazendo a minha parte.
Essa necessidade de classificar, de rotular tudo, limita muito a visão de vocês.
Porque o mundo está cheio de coisas que vocês não percebem, e não percebem, porque não se encaixa em nenhum dos rótulos que vocês têm na cabeça, e que pra vocês é como se não existisse.
Quando as crianças aprendem a separar peças por tamanhos e cores, elas estão reprisando uma etapa da evolução humana, de desenvolvimento do raciocínio analítico.
O raciocínio analítico é muito importante, mas vocês querem continuar fazendo a mesma coisa com tudo, com os livros, com os lugares, com as pessoas, quando na vida, nem tudo é questão de análise.
O espírito tem formas muito mais elevadas de conhecer a realidade, a começar pela realidade de si mesmo, que não pode ser dissecada num laboratório, assim como a realidade do semelhante e a relidade da vida.
Usar o raciocínio analítico pra desvendar as verdades superiores é mais ou menos como se vocês quisessem perfurar uma pérola usando uma furadeira elétrica.
E o povo, que não tem noção da vida espiritual, acha que isto é o pico da evolução da espécie!
E confia só no que o seu raciocínio diz, se achando uma grande coisa, um ser racional!
O que foi que o raciocínio puro fez com vocês?
Bomba?
Míssil?
Arma química?
Desastre ecológico?
Que maravilha, hein, minha gente!
Como vocês são avançados!
Quanta inteligência!
Quer saber?
Era muito melhor vocês tentarem outra coisa.
Escutar o sentimento.
Escutar o sentimento.
O sentimento é um guia pra vocês.
Se você não consegue aceitar esta minha mensagem com o raciocínio, se vê mil defeitos, tente sentir esta minha mensagem com o seu coração.
Não rotule, não classifique.
Vá além das convenções do mundo, das suas noções de certo e errado, de bom e ruim, e olhe as coisas como são, e não pelas classificações.
Eu não sou bom nem ruim, nem sábio nem ignorante, no fundo de nós, ninguém é católico ou espírita, João ou Pedro, preto ou branco, homem ou mulher, encanador ou bancário ou médico.
No fundo de nós, cada um é só a sua verdade, e se eu mostro a minha e você mostra a sua, a gente não tem porque não se entender.
Calunga por Rita Foelker
páginas 13 a 15.
Nenhum comentário:
Postar um comentário