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domingo, 28 de maio de 2017

Afirma em o Livro dos Espíritos


Afirma em o Livro dos Espíritos
 
Cap. I – Penas e Gozos Futuros

920. O homem pode gozar na Terra uma felicidade completa?
R. — Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz, quanto se pode ser na Terra.
921. Concebe-se que o homem seja feliz na Terra quando a Humanidade estiver transformada, mas, enquanto isso não se verifica, pode cada um gozar de uma felicidade relativa?
R. — O homem é, na maioria das vezes, o artífice de sua própria infelicidade. 
Praticando a lei de Deus, ele pode poupar-se a muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o comporta a sua existência num plano grosseiro.
Comentário de Kardec:-
O homem bem compenetrado do seu destino futuro não vê na existência corpórea mais do que uma rápida passagem. 
É como uma parada momentânea numa hospedaria precária. 
Ele se consola facilmente de alguns aborrecimentos passageiros, numa viagem que deve conduzi-lo a uma situação tanto melhor quanto mais atenciosamente tenha feito os seus preparativos para ela.
 Somos punidos nesta vida pelas infrações que cometemos às leis da existência corpórea, pelos próprios males decorrentes dessas infrações e pelos nossos próprios excessos. 
Se remontarmos pouco a pouco à origem do que chamamos infelicidades terrenas veremos a estas, na sua maioria, como a consequência de um primeiro desvio do caminho certo. 
Em virtude desse desvio inicial, entramos num mau caminho e de consequência em consequência, caímos afinal na desgraça.
922 A felicidade terrena é relativa à posição de cada um; o que e suficiente para a felicidade de um faz a desgraça de outro. 
Há, entretanto, uma medida comum de felicidade para todos os homens?
R. – Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral, a consciência pura e a fé no futuro.

O Livro dos Espíritos 
 Questões 920 a 922


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Fatalidade, ninguém morre na véspera


Fatalidade, ninguém morre na véspera


Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme o sentido que se dá a essa palavra, ou seja, todos os acontecimentos são predeterminados? 

Nesse caso, como fica o livre-arbítrio?

– A fatalidade existe apenas na escolha que o Espírito fez ao encarnar e suportar esta ou aquela prova.


E da escolha resulta uma espécie de destino, que é a própria conseqüência da posição que ele próprio escolheu e em que se acha.

Falo das provas de natureza física, porque, quanto às de natureza moral e às tentações, o Espírito, ao conservar seu livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor para ceder ou resistir.

Um bom Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode vir em sua ajuda, mas não pode influir de modo a dominar sua vontade.

Um Espírito mau, ao lhe mostrar de forma exagerada um perigo físico, pode abalá-lo e assustá-lo.

Porém, a vontade do Espírito encarnado está constantemente livre para decidir.

Há pessoas que parecem ser perseguidas por uma fatalidade, independentemente de seu modo de agir; a infelicidade não é um destino?

– São, talvez, provas que devem suportar e que escolheram. 


Mas definitivamente não deveis acusar o destino pelo que, freqüentemente, é apenas a conseqüência de vossas próprias faltas.

Nos males que vos afligem, esforçais-vos para que vossa consciência esteja pura, e já vos sentireis bastante consolados.

☼ As idéias justas ou falsas que fazemos das coisas nos fazem vencer ou fracassar de acordo com nosso
caráter e posição social.

Achamos mais simples e menos humilhante para o nosso amor-próprio atribuir nossos fracassos à sorte ou ao destino, e não à nossa própria falta.

Se a influência dos Espíritos contribui para isso algumas vezes, podemos sempre nos defender dessa influência afastando as idéias que nos sugerem, quando são más.

Algumas pessoas mal escapam de um perigo mortal para logo cair em outro; parece que não teriam como escapar à morte. 


Não há fatalidade nisso?

– A fatalidade só existe, no verdadeiro sentido da palavra, apenas no instante da morte.

Quando esse momento chega, seja por um meio ou por outro, não o podeis evitar.

Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, não morreremos se a hora não é chegada?

– Não, não morrereis, e sobre isso há milhares de exemplos; mas quando a hora chegar, nada poderá impedir.

Deus sabe por antecipação qual o gênero de morte que terás na Terra e, muitas vezes, vosso Espírito também sabe, porque isso foi revelado quando fez a escolha desta ou daquela existência.

Por causa da inevitável hora da morte, as precauções que se tomam para evitá-la são inúteis?

– Não. 

- As precauções que tomais são sugeridas para evitar a morte que vos ameaça, são meios para que ela não ocorra.

Qual é o objetivo da Providência ao nos fazer correr dos perigos que não têm conseqüências?

– Quando vossa vida é colocada em perigo, é uma advertência que vós mesmo desejastes, a fim de vos desviardes do mal e vos tornardes melhor.

Quando escapais desse perigo, ainda sob a influência do risco que passastes, refletis seriamente, conforme a ação mais ou menos forte dos bons Espíritos sobre vós para vos melhorardes.

O mau Espírito, voltando a tentação (digo mau subentendendo o mal que ainda existe nele), pensa que escapará do mesmo modo a outros perigos e novamente deixa se dominar pelas paixões. 

Pelos perigos que correis, Deus vos lembra de vossa fraqueza e a fragilidade de vossa existência.

Se examinardes a causa e a natureza do perigo, vereis que, muitas vezes, as conseqüências são a punição de uma falta cometida ou de um dever não cumprido.

Deus vos adverte assim para vos recolherdes em vós mesmos e vos corrigirdes.
 
O Livro dos Espíritos
Questões 851 à 855
Allan Kardec


terça-feira, 29 de março de 2016

Como o espíritovê o corpo após a morte ?






Como o espíritovê o corpo após a morte ?

A ideia que geralmente se faz dos Espíritos torna a princípio incompreensível o fenômeno das manifestações.

Elas não podem ocorrer sem a ação do Espírito sobre a matéria. 

Por isso, os que consideram o Espírito completamente desprovido de matéria perguntaram, com aparente razão, como o pode agir materialmente. E nisso precisamente está o erro. 

Porque o Espírito não é uma abstração, mas um ser definido, limitado e circunscrito.

O Espírito encarnado é a alma do corpo; quando o deixa pela morte, não sai desprovido de qualquer envoltório.

Todos eles nos dizem que conservam a forma humana, e, com efeito, quando nos aparecem, é sob essa forma que os reconhecemos.

Observamo-los anteriormente no momento em que acabavam de deixar a vida.

Acham-se perturbados; tudo para eles é conclusão; vêem o próprio corpo perfeito ou mutilado, segundo o gênero de morte; por outro lado, vêem a si mesmo e se sentem vivos. 

Alguma coisa lhes diz que aquele corpo lhes pertencia e não compreendem como possam estar separados. 

Continuam a se ver em sua forma anterior, e essa visão provoca em alguns, durante certo tempo, uma estranha ilusão:-
-Julgam-se ainda vivos.

Falta-lhes a experiência desse novo estado para se convencerem da realidade. 

Dissipando-se esse primeiro momento de perturbação, o corpo lhes aparece como velha roupa de que se despiram e que não querem mais.

Sentem-se mais leves e como livres de um fardo. 

Não sofrem mais as dores físicas e são felizes de poderem elevar-se e transpor o espaço, como faziam muitas vezes em vida nos seus sonhos.

(1) Ao mesmo tempo, apesar da falta do corpo constatam a inteireza da personalidade:-
-Tem uma forma que não os constrange nem os embaraça tem a consciência do eu, da individualidade. 

Que devemos concluir disso?

Que a alma não deixa tudo no túmulo mas leva com ela alguma coisa.

54. Numerosas observações e fatos irrecusáveis, de que trataremos mais tarde, demonstraram a existência no homem de três componentes:- 
1º) a alma ou Espírito, princípio inteligente em que se encontra o senso moral;

2º) o corpo, invólucro material e grosseiro de que é revestido temporariamente para o cumprimento de alguns desígnios providenciais;

3º) o perispírito, invólucro fluídico, semimaterial, que serve de liame entre a alma e o corpo.

A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação do envoltório grosseiro que a alma abandona.

O outro envoltório desprende-se e vai com a alma, que dessa maneira tem sempre um instrumento.

Este último, embora fluídico, etéreo, vaporoso, invisível, para nós em seu estado normal, é também material, apesar de não termos, até o presente, podido captá-lo e submetê-lo à análise.

Este segundo envoltório da alma ou perispírito existe, portanto, na própria vida corpórea.

É o intermediário de todas as sensações que o Espírito percebe, e através do qual o Espírito transmite a sua vontade ao exterior, agindo sobre os órgãos do corpo. 

Para nos servimos de uma comparação, é o fio elétrico condutor que serve para a recepção e a transmissão do pensamento.

É, enfim, esse agente misterioso, inapreensível, chamado fluido nervoso, que desempenha tão importante papel na economia orgânica e que ainda não se considera suficientemente nos fenômenos fisiológicos e patológicos. 


Estudo Sobre Espiritismo
 O Livro dos Médiuns
Allan kardec 

segunda-feira, 14 de março de 2016

A fé espírita pode ajudar na prevenção de certas enfermidades?


 
A fé espírita pode ajudar na prevenção de certas enfermidades?

 

A fé espírita pode ajudar na prevenção de certas enfermidades?
Sobre este assunto, Kardec diz que toda causa tendente a fortificar o moral é um preservativo e só assim, nesse sentido, é que se pode dizer que a fé espírita pode ajudar na prevenção de certas enfermidades, o que não significa que os espíritas sejam imunes a elas. 

A razão é simples:-
- A Fé Espírita dá serenidade à alma e essa serenidade secunda a eficácia dos remédios, ao passo que a perspectiva do nada mergulha o moribundo na ansiedade do desespero que em nada contribui para a sua melhora.

Allan Kardec – Revista Espírita de 1865. 
Texto com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL, pp. 325 a 328.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A Lei Moral


A Lei Moral

Portanto, ninguém está perdido. 

Cada qual tem a oportunidade que merece. 

Se um pai humano, que é imperfeito e mau, não é capaz de condenar eternamente seu filho, por pior que seja, quanto mais Deus, que é o pai Misericordioso e perfeito.
 
Que faz chover sobre os bons e os maus, que faz com que a luz do sol ilumine os justos e injustos, indistintamente.

Disse o Cristo:- ninguém poderá ver o Reino dos Céus se não nascer de novo” 

– Referia-se ao nascimento moral das criaturas, isto é, ao nascimento pela” água e pelo espírito”.
 
Daí sabemos que a vida é sempre uma nova oportunidade de reconciliação com os ideais superiores do bem e da verdade.
 
Seguir o exemplo vivo de Jesus deve ser o ideal de todo cristão.
 
Não adianta permanecer
orando o tempo todo.

O importante é a prática, é a vida de todos os dias, como disse Tiago:-
-“ A FÉ SEM OBRAS É MORTA”.

E por falar em fé, veja como está sua vida!

* Como você vem tratando seus familiares:- - seu pai, sua mãe, seus irmãos, seu esposo ou sua esposa, seus filhos?
  * Como você trata as pessoas estranhas?
  * Como você se conduz no trabalho, na escola, no clube, na via púplica em relação às outras pessoas com quem convive?
  * Como você reage ua uma ofensa? 

A um gesto de agressão? 

A uma calnia? 

A uma ingratidão?
  A uma decepção na vida?

* Como você reage a um problema familiar?
 
A perda de um ente querido?
 
A uma doença incurável?
 
* E o que você vem fazendo em favor dos outros?


Allan Kardec

O Futuro Oculto


O Futuro Oculto

869. Com que fim o futuro se conserva
oculto ao homem?“se o homem conhecesse
o futuro, negligenciaria do presente e não
obraria com a liberdade com que o faz,
porque o dominaria a idéia de que ,
se uma coisa tem que acontecer, inútil será
ocupar-se com ela, ou então procuraria
obstar a que acontecesse.
Não quis Deus que assim fosse, a fim de
que cada um concorra para a realização
das coisas, até daquelas a que desejaria
opor-se. Assim é que tu mesmo preparas
muitas vezes os acontecimentos que hão
de sobreviver no curso da tua existência.”
 
A Felicidade

922. A felicidade terrestre é relativa à
posição de cada um.
O que basta para a felicidade de um,
constitui a desgraça de outro.
Haverá, contudo, alguma soma de
felicidade comum a todos os homens?
“Com relação à vida material,
é a posse do necessário.
Com relação à, vida moral a consciência
tranqüila e a fé no futuro.”

Allan Kardec

sábado, 28 de novembro de 2015

Como pode o Espiritismo ter inimigos já que ele torna feliz e melhor o homem?


Allan Kardec

Como pode o Espiritismo ter inimigos, já que ele torna Feliz e Melhor, o homem?

“É natural, explica Kardec. 

O estabelecimento das melhores coisas choca sempre interesses, ao começar. 

Como querer que uma doutrina que conduz ao reino da caridade efetiva não fosse combatida por todos os que vivem no egoísmo?”

 
Allan Kardec
O Que É o Espiritismo, biografia de Allan Kardec

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Formação dos Médiuns


Formação dos Médiuns


O desejo de todo aspirante a médium é, naturalmente poder entreter-se com o Espírito de pessoas queridas mas deve moderar a sua impaciência, porque a comunicação com determinado Espírito por vezes oferece dificuldades materiais que a tornam impossível para o principiante.

Para que um Espírito possa comunicar-se, é preciso que entre ele e o médium haja relações fluídicas que nem sempre se estabelecem instantaneamente. 

Somente à medida que a faculdade se desenvolve é que o médium adquire a necessária aptidão para entrar em contacto com o primeiro Espírito que chegue. 

Pode, pois, acontecer que aquele com quem se deseja entrar em comunicação não se ache em condições propícias para o fazer, apesar de presença, como também pode acontecer que não tenha a possibilidade, ou a permissão de atender ao apelo que se lhe faz.  

Eis porque a principio, convém não nos obstinarmos em chamar um determinado Espírito, com exclusão de qualquer outro, porque às vezes acontece que não é com ele que se estabelecem mais facilmente as relações fluídicas, por maior que seja a simpatia que lhe tenhamos. 

Antes, pois, de pensar em obter comunicações deste ou daquele Espírito é necessário desenvolver a faculdade, para o que se deve fazer um apelo geral, dirigindo-se principalmente ao Anjo da Guarda.  

Para isto não há fórmula sacramental.  

Quem quer que queira apresentá-la pode, logo, ser tachado de embusteiro, porque para os Espíritos a fórmula nada vale. 

Contudo a evocação sempre deve ser feita em nome de Deus.

Pode ser feita nos seguintes termos, ou em outros equivalentes:-
“ Peço a Deus Todo-Poderoso que permita a um bom Espírito comunicar-se comigo e fazer-me escrever.  

Também peço ao meu Anjo da Guarda que me assista e afaste os maus Espíritos. ” 

Espera-se, então, que um Espírito se manifeste, fazendo escrever alguma coisa. 

Pode acontecer que seja aquele que se deseja, como pode ser um Espírito desconhecido ou o Anjo da Guarda.  

Em todo caso ele se dá a conhecer escrevendo o nome. 

Mas então surge a questão de identidade, uma das que exigem a maior experiência, porque poucos principiantes há que não estejam expostos a ser enganados.

Allan Kardec

Livro dos Médiuns

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Os Espíritos Protetores


Os Espíritos Protetores
"Os Espíritos Protetores nos ajudam com os seus conselhos, através da Voz da Consciência, que fazem falar em nosso íntimo - mas como nem sempre lhes damos a necessária importância, oferecem-nos outros mais diretos, servindo-se das pessoas que nos cercam."

Allan Kardec

terça-feira, 7 de abril de 2015

Caridade


 
Fora da Caridade Não Há Salvação

Allan kardec

Caridade conforme Jesus

Qual o sentido da palavra caridade conforme a entendia Jesus?

Allan Kardec propõe, no item 886 de O livro dos Espíritos, uma das mais importantes reflexões de toda a Doutrina Espírita.

Mostrando mais uma vez, claramente, a raiz cristã do Espiritismo, busca em Jesus – o tipo mais perfeito que Deus deu ao homem para lhe servir de guia e modelo – a referência maior da caridade, para que possamos tê-la como base segura e definitiva.

A resposta dos Espíritos, clara e didática, terá consequências em todas as demais obras da Codificação:-
- Benevolência para com Todos; indulgência com as imperfeições dos outros; perdão das ofensas.

Ser Benevolente é agir de boa vontade para com quem quer que seja.

A Benevolência está em nossa delicadeza, em nossos gestos de gentileza e de preocupação com as outras pessoas.

Ser Benevolente é ser dócil e afável no trato, nas palavras, procurando sempre deixar o outro à vontade.

É pensar no próximo também, e não apenas em nós mesmos, nos nossos problemas, prioridades e urgências.

A Benevolência tem o caráter da doação. 

Doar-se, em primeiro lugar.

Doar o nosso tempo para ouvir alguém, para prestar um favor, um auxílio mínimo que seja, até os grandes gestos de altruísmo que, por vezes, nos fazem dedicar toda uma parte de nossa vida a alguém especial.

A Benevolência abrange ainda, em nuance importante, a filantropia, a esmola dada com sentimento de carinho e atenção.

Num mundo onde ainda tantos carecem do necessário para a sobrevivência material, a assistência social aos carentes faz-se urgente e indispensável.

Indulgência é Misericórdia, Compreensão, é Tolerância para com as atitudes alheias.

É virtude que deve atuar no pensamento, toda vez que estivermos julgando, analisando e refletindo sobre o outro.

O indulgente não vê os defeitos de outrem, ou se os vê, evita falar deles, divulgá-los.

Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão daquela pessoa, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria.

O homem de bem é indulgente para com as fraquezas dos outros porque sabe que ele mesmo precisa de indulgência, e se recorda das palavras do Cristo:-
- Aquele que estiver sem pecado lhe atire a primeira pedra.

Não se satisfaz em procurar defeitos nos outros, nem colocá-los em evidência. 

Se a necessidade o obriga a fazer isso, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

Finalmente, o perdão das ofensas nos coloca na posição de não mais odiar. 

É a virtude que triunfa sobre o ressentimento, sobre o ódio, o rancor, o desejo de vingança ou de punição.

Perdoar é dar o direito a cada um de ser como é, e nos dar o direito de ser como estamos – entendendo que nosso estado atual é provisório e devemos estar em constante melhoria.

Benevolência, Indulgência e Perdão – eis o caminho da Caridade, da Salvação, da Felicidade do Espírito – tão sonhada por nós.

Redação do Momento Espírita
com base no item 886

O Livro dos Espíritos
 Allan Kardec
 Ed. Feb
19.7.2013

sábado, 7 de março de 2015

A Preocupação com a Morte


A Preocupação com a Morte

Causas da preocupação com a morte :-
- Porque os espíritas não se preocupam com a morte 
- Causas da preocupação com a morte
 
1 — O homem, em qualquer situação social, desde o estado de selvageria, tem o pressentimento inato do futuro. 

Sua intuição lhe diz que a morte não é a última fase da existência e que aqueles que choramos não estão perdidos para sempre. 

A crença no futuro é intuitiva e infinitamente mais generalizada que a idéia do nada. 

Como se explica, entretanto, que entre os que acreditam na imortalidade da alma ainda se encontre tamanho apego às coisas terrenas e tão grande preocupação com a morte?(6)
 
2 — A preocupação com a morte é determinada pela sabedoria da Providência e uma conseqüência do instinto de conservação comum a todos os seres vivos. 

É necessária, enquanto o homem não estiver esclarecido a respeito da vida futura, como um contrapeso ao arrastamento que, sem esse freio o levaria a deixar prematuramente a vida terrena e a negligenciar o seu trabalho neste mundo, que deve servir para o seu próprio adiantamento.
 
É por isso que, entre os povos primitivos, o futuro aparece apenas como vaga intuição, tornando-se mais tarde uma simples esperança, e finalmente se transformando em certeza, mas ainda assim contrabalançada por um secreto apego à vida corporal.
 
3 — A medida em que o homem compreende melhor a vida futura a preocupação com a morte diminui. 

Mas, ao mesmo tempo, compreendendo melhor a sua missão na Terra ele espera o seu fim com mais calma, resignação e sem medo. 

A certeza da vida futura dá novo curso às suas idéias e outra finalidade aos seus trabalhos. 

Antes de ter essa certeza ele só trabalha com vistas à vida presente. 

Com essa certeza ele trabalha com vistas ao futuro sem negligenciar o presente, porque sabe que seu futuro depende da orientação mais ou menos boa que der ao presente. 

A certeza de reencontrar seus amigos após a morte, de continuar as relações que tinha na Terra, de não perder o fruto de nenhum de seus trabalhos, de crescer sem cessar em inteligência e perfeição, lhe dá a paciência de esperar e a coragem de suportar as fadigas passageiras da vida terrena. 

A solidariedade que ele descobre entre os vivos e os mortos lhe faz compreender a que deve existir entre os vivos e desde então a fraternidade revela a sua razão de ser e a caridade o seu objetivo no presente e no futuro.
 
4 — Para escapar às preocupações com a morte ele precisava encarar a esta no seu verdadeiro sentido, quer dizer, penetrar pelo pensamento no mundo espiritual e fazer sobre ele uma idéia tão exata quanto possível, o que denota no espírito encarnado um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se libertar da matéria. 

Para os que não estão suficientemente adiantados a vida material ainda se sobrepõe à vida espiritual.
 
Apegando-se ao exterior, o homem só vê a vida do corpo, quando a vida real é a da alma. 

O corpo estando privado de vida, tudo lhe parece perdido e ele se desespera. 

Se, em lugar de concentrar o seu pensamento nas vestes exteriores, ele o dirigisse para a verdadeira fonte da vida, para a alma, ser real que sobrevive a tudo, lamentaria menos o corpo, fonte de tantas misérias e dores. 

Mas para isso necessita de uma força que o Espírito só adquire amadurecendo.
 
A preocupação com a morte está ligada à insuficiência de noções sobre a vida futura. 

Por isso, quanto mais ela se liga à necessidade de viver, mais aumenta o temor da destruição do corpo como o fim de tudo. 

Ela é assim provocada pelo secreto desejo de sobrevivência da alma, ainda velada pela incerteza.
 
A preocupação se enfraquece a medida que se desenvolve a certeza e desaparece por completo quando esta se firma.
 
Eis o lado providencial da questão. 

Seria prudente não perturbar o homem cuja razão ainda não esteja suficientemente forte para suportar a perspectiva demasiado positiva e sedutora de um futuro que poderia levá-lo a negligenciar o presente, necessário ao seu progresso material e intelectual.(7)
 
(6) A intuição inata da vida futura é um dos fatores básicos da origem das religiões. (N. do T.)
 
(7) A advertência de Kardec, neste pequeno trecho, exige a maior atenção do leitor. Muitas pessoas têm o anseio, justo mas imprudente, de converter todo mundo às suas crenças.

O Espiritismo não tem necessidade de proselitismo. 

Kardec sempre acentuou que ele não veio para os que estão satisfeitos em sua crença ou descrença, mas para os que não o estão e procuram algo mais. 

Há pessoas que não se acham em condições de compreender os princípios espíritas.

Allan Kardec