quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A Solidão da Baleia


A Solidão da Baleia

No ano de 1992 uma equipe de pesquisadores navegava pelo oceano Pacífico Norte quando se deparou com uma baleia. 

Avistar uma baleia seria um fato absolutamente normal; um detalhe, porém, causou estranheza: a baleia vagava sozinha.
 
Desde então equipes de pesquisadores passaram a estudar o gigantesco mamífero. 

Observaram então, que, muitas vezes a baleia se aproximava de outros grupos mas era solenemente ignorada. 

Era como se para as outras da sua espécie, ela não existisse.

Por volta de 2004,  em uma medição sonora específica, os pesquisadores descobriram que as baleias se comunicam emitindo sons cujas frequências variam entre 12 e 25 Hertz. 

O curioso foi a constatação de que a baleia solitária emitia ondas sonoras de 52 Hertz !

O conceituado jornal New York Times reportando-se ao caso da estranha baleia comentou:-
- " Ela deve estar dizendo:-
- "Ei, eu estou aqui"! , mas não há ninguém que consiga ouví-la". 

A canção da baleia foi considerada  dramática. 

Não existiria um parceiro ideal para ela. 

Uma alteração genética; talvez uma evolução antecipada estaria condenando-a a vagar sozinha pela imensidão dos mares.

Ouvindo, mas sem ser ouvida; reconhecendo, sem ser reconhecida.
O caso desta baleia solitária lembra-nos a mensagem SOLIDÃO do Espírito Emmanuel a :-
- " À medida que te elevas, no desempenho do próprio dever, experimentas a solidão dos cimos e incomensurável tristeza te constringe a alma sensível.
 
Onde se encontram os que sorriram contigo na época primaveril da primeira mocidade? 

Onde estão os corações que te buscavam o aconchego nas horas de fantasia? 

Onde se acolhem quantos te buscavam o pão e o sonho, nas aventuras ridentes do início?

Certamente, ficaram...

Ficaram no vale, voejando em círculo estreito, à maneira de borboletas douradas, que se esfacelam ao primeiro contato da menor chama de luz que se lhes descortine à frente.

Em torno de ti, a claridade, mas também o silêncio...
 
Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...

Tua voz soa sem eco e o teu anseio de alonga em vão. 
Entretanto, se realmente sobes, que ouvidos te poderiam escutar a grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a entender, de pronto, os teus ideais de altura?
 
Choras, indagas e sofres...

Contudo, que espécie de renascimento não será doloroso?

A ave, para libertar-se, destrói o berço da casca em que se formou, e a semente para produzir sofre e dilaceração na cova desconhecida.

A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.
 
A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.

Não te canses de aprender a ciência da elevação.

Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, com a cruz nos ombros feridos.

Ninguém o seguiu na morte afrontosa, à exceção de dois malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça.
 
Recorda-te dele e segue...

Não relaciones os bens que já espalhaste.

Confia no Infinito Bem que te aguarda.

Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. 

E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, Jesus o Divino Amigo, não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e sacrificado
   
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Não te iludas, amigo! 
-  É necessário sofreres no silêncio para encontrares as alturas eternas.

O deserto da Divindade é a mais rica das plenitudes...
 
O silêncio de Deus, entretanto, é a mais estupenda das sinfonias do Universo...

O silêncio da dor...

O silêncio do amor...
        
  

 

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