A Solidão da Baleia
No ano de
1992 uma equipe de pesquisadores navegava pelo oceano Pacífico Norte
quando se deparou com uma baleia.
Avistar uma baleia seria um fato
absolutamente normal; um detalhe, porém, causou estranheza: a baleia
vagava sozinha.
Desde então equipes de pesquisadores passaram a estudar o gigantesco
mamífero.
Observaram então, que, muitas vezes a baleia se aproximava de
outros grupos mas era solenemente ignorada.
Era como se para as outras
da sua espécie, ela não existisse.
Por
volta de 2004, em uma medição sonora específica, os pesquisadores
descobriram que as baleias se comunicam emitindo sons cujas frequências
variam entre 12 e 25 Hertz.
O curioso foi a constatação de que a baleia
solitária emitia ondas sonoras de 52 Hertz !
O
conceituado jornal New York Times reportando-se ao caso da estranha
baleia comentou:-
- " Ela deve estar dizendo:-
- "Ei, eu estou aqui"! , mas
não há ninguém que consiga ouví-la".
A canção da baleia foi considerada
dramática.
Não existiria um parceiro ideal para ela.
Uma alteração
genética; talvez uma evolução antecipada estaria condenando-a a vagar
sozinha pela imensidão dos mares.
Ouvindo, mas sem ser ouvida;
reconhecendo, sem ser reconhecida.
O caso desta baleia solitária lembra-nos a mensagem SOLIDÃO do Espírito Emmanuel a :-
- "
À medida que te elevas, no desempenho do próprio dever, experimentas a
solidão dos cimos e incomensurável tristeza te constringe a alma
sensível.
Onde se encontram os que sorriram contigo na época primaveril da
primeira mocidade?
Onde estão os corações que te buscavam o aconchego
nas horas de fantasia?
Onde se acolhem quantos te buscavam o pão e o
sonho, nas aventuras ridentes do início?
Certamente, ficaram...
Ficaram no vale, voejando em círculo estreito, à maneira de borboletas
douradas, que se esfacelam ao primeiro contato da menor chama de luz que
se lhes descortine à frente.
Em torno de ti, a claridade, mas também o silêncio...
Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...
Tua voz soa sem eco e o teu anseio de alonga em vão.
Entretanto, se realmente sobes, que ouvidos te poderiam escutar a
grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a
entender, de pronto, os teus ideais de altura?
Choras, indagas e sofres...
Contudo, que espécie de renascimento não será doloroso?
A ave, para libertar-se, destrói o berço da casca em que se formou, e a
semente para produzir sofre e dilaceração na cova desconhecida.
A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.
A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.
Não te canses de aprender a ciência da elevação.
Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, com a cruz nos ombros
feridos.
Ninguém o seguiu na morte afrontosa, à exceção de dois
malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça.
Recorda-te dele e segue...
Não relaciones os bens que já espalhaste.
Confia no Infinito Bem que te aguarda.
Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento.
E
não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as
criaturas, Jesus o Divino Amigo, não somente viveu, lutou e sofreu
sozinho, mas também foi perseguido e sacrificado
************************************************************
Não te iludas, amigo!
- É necessário sofreres no silêncio para encontrares as alturas eternas.
O deserto da Divindade é a mais rica das plenitudes...
O silêncio de Deus, entretanto, é a mais estupenda das sinfonias do Universo...
O silêncio da dor...
O silêncio do amor...
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