quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Em Família Espiritual


Em Família Espiritual

"Porque vês o argueiro no olho de teu irmão, sem notar a trave que está no teu próprio?" 
(Mateus, 7:3) 



Quanto mais nos adentramos no conhecimento de nós mesmos, mais se nos impõe a obrigação de compreender e desculpar, na sustentação do equilíbrio em nós e em torno de nós. 

Daí a necessidade da convivência, em que nos espelhamos uns aos outros, não para criticar-nos, mas para entender-nos, através de bendita reciprocidade, nos vários cursos de tolerância, em que a vida nos situa, no clima da evolução terrestre. 

Assim é que, no educandário da existência, aquele companheiro:-
- Que somente identifica o lado imperfeito dos seus irmãos, sem observar-lhes a boa parte; 
 
- Que jamais se vê disposto a esquecer as ofensas de que haja sido objeto; 
 
- Que apenas se lembra dos adversários com o propósito de arrasá-los, sem reconhecer-lhes as dificuldades e os sofrimentos; 
 
- Que não analisa as razões dos outros, a fixar-se unicamente nos direitos que julga pertencer-lhes; 
 
- Que não se enxerga passível de censura ou de advertência, em momento algum; 
 
- Que se considera invulnerável nas opiniões que emita ou na conduta que espose; 
 
- Que não reconhece as próprias falhas e vigia incessantemente as faltas alheias; 
 
- Que não se dispões a pronunciar uma só frase de consolação e esperança, em favor dos caídos na penúria moral; 
 
- Que se utiliza da verdade exclusivamente para ameaçar ou ferir... 

Será talvez de todos nós aquele que mais exija entendimento e ternura, de vez que, desajustado na intolerância, se mostra sempre desvalido de paz e necessitado de amor. 

* * *
Obra:- "Ceifa de Luz" 
 Emmanuel 
Francisco Cândido Xavier

Rio de Janeiro, RJ
 FEB
 1980
 Centro Espírita Caminhos de Luz
Pedreira-SP
Brasil

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