Em Família Espiritual
"Porque vês o argueiro no olho de teu irmão, sem notar a trave que está no teu próprio?"
(Mateus, 7:3)
Quanto
mais nos adentramos no conhecimento de nós mesmos, mais se nos impõe a
obrigação de compreender e desculpar, na sustentação do equilíbrio em
nós e em torno de nós.
Daí
a necessidade da convivência, em que nos espelhamos uns aos outros, não
para criticar-nos, mas para entender-nos, através de bendita
reciprocidade, nos vários cursos de tolerância, em que a vida nos situa,
no clima da evolução terrestre.
Assim é que, no educandário da existência, aquele companheiro:-
- Que somente identifica o lado imperfeito dos seus irmãos, sem observar-lhes a boa parte;
- Que somente identifica o lado imperfeito dos seus irmãos, sem observar-lhes a boa parte;
- Que jamais se vê disposto a esquecer as ofensas de que haja sido objeto;
- Que apenas se lembra dos adversários com o propósito de arrasá-los, sem reconhecer-lhes as dificuldades e os sofrimentos;
- Que não analisa as razões dos outros, a fixar-se unicamente nos direitos que julga pertencer-lhes;
- Que não se enxerga passível de censura ou de advertência, em momento algum;
- Que se considera invulnerável nas opiniões que emita ou na conduta que espose;
- Que não reconhece as próprias falhas e vigia incessantemente as faltas alheias;
- Que não se dispões a pronunciar uma só frase de consolação e esperança, em favor dos caídos na penúria moral;
- Que se utiliza da verdade exclusivamente para ameaçar ou ferir...
Será
talvez de todos nós aquele que mais exija entendimento e ternura, de
vez que, desajustado na intolerância, se mostra sempre desvalido de paz e
necessitado de amor.
* * *
Obra:- "Ceifa de Luz"
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Rio de Janeiro, RJ
FEB
1980
Centro Espírita Caminhos de Luz
Pedreira-SP
Brasil
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