sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A Língua




A Língua 

A língua também é um fogo.” — (TIAGO, 3:6)
 
A desídia das criaturas justifica as amargas considerações de Tiago, em sua epístola aos companheiros.  

O início de todas as hecatombes no Planeta localiza-se, quase sempre, no mau uso da língua. 

Ela está posta, entre os membros, qual leme de embarcação poderosa, segundo lembra o grande apóstolo de Jerusalém.  

Em sua potencialidade, permanecem sagrados recursos de criar, tanto quanto o leme de proporções reduzidas foi instalado para conduzir.  

A língua detém a centelha divina do verbo, mas o homem, de modo geral, costuma desviá-la de sua função edificante, situando-a no pântano de cogitações subalternas e, por isto mesmo, vemô-la à frente de quase todos os desvarios da humanidade sofredora, cristalizada em propósitos mesquinhos, à míngua de humildade e amor. 

Nasce a guerra da linguagem dos interesses criminosos, insatisfeitos.

As grandes tragédias sociais se originam, em muitas ocasiões, da conversação dos sentimentos inferiores. 

Poucas vezes a língua do homem há consolado e edificado os seus irmãos; reconheçamos, porém, que a sua disposição é sempre ativa para excitar, disputar, deprimir, enxovalhar, acusar e ferir desapiedadamente.

O discípulo sincero encontra nos apontamentos de Tiago uma tese brilhante para todas as suas experiências. 
E, quando chegue a noite de cada dia, é justo interrogue a si mesmo: —
- "Terei hoje utilizado a minha língua, como Jesus utilizou a dele?" 
De “Pão Nosso”
  Francisco Cândido Xavier 
 Espírito Emmanuel
 

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