sexta-feira, 20 de junho de 2014

O Pedido da Mãe que perdeu o filho


O Pedido da Mãe que perdeu o filho



A morte é um ponto-e-vírgula, não um ponto final.


Mesmo um belo e realista conceito como este, de Gilberto Campista Guarinos, no seu livro "Centelhas de Sabedoria", não elimina a dor da separação. 


A partida definitiva do ente querido machuca tanto, que fez até Jesus chorar, como aconteceu quando ele, chegando a Betânia, Marta, irmã de Maria e de Lázaro, seus amigos, lhe comunicou, em pranto de desespero, que o irmão falecera. 

A morte só não dói nos anestesiados. 

Os conceitos sobre ela se alinham mas não resolvem, pelo menos na primeira hora:-

- A morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir; 
- A morte é uma longa viagem; 
- É transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe; 

- Apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando porém seu corpo fluídico ou perispírito; 
- Começo de outra vida mais feliz, o prelúdio de um novo progresso:-

- É uma lei natural e uma transformação necessária ao pro­gresso e elevação da alma. 


Ainda assim, como dói nas almas sensíveis!
 
Tudo isso tentamos transmi­tir, sem sucesso aparente, à mulher que nos procurou extravasando seu infortúnio:-

- Há seis anos, perdi meu único filho. 

Fiquei tão desesperada, que também perdi meu marido. 

Sou católica, graças a Deus, por isso não fiz o pior comigo mesma. 

Na verdade, não preciso me matar, porque eu também morri para o mundo, quando meu filho morreu... 

As mães são assim mesmo, no seu amor pelos filhos. 

É preciso compreendê-las, mesmo parecendo inútil nossa colaboração.


Oferece­mos-lhe o Livro "Coragem" de Francisco Cândido Xavier

Nele está escrito, por exemplo:-

- "Sejam quais forem as aflições e problemas que te agitem a estrada, confia em Deus, amando e construindo, perdoando e amparando sempre porque Deus, acima de todas as calamidades e de todas as lágrimas, te fará sobreviver, abençoando-te a vida e sustentando-te o coração." 

Foi há um ano e não mais nos vimos. 

Na semana passada, contudo, encontramos na portaria do prédio onde trabalhamos, uma carta sua, onde ela nos pede:-

- "Aliviou-me muito uma mensagem que ganhei de um senhor de cabelos brancos, cujo nome não sei, que a distribuía, domingo, no Cemitério Jardim das Palmeiras, onde me encontrava, como de costume, chorando no túmulo do meu filho. 

Suas frases foram bálsamo para minha dor, por isso gostaria de reparti-la com outras pessoas na mesma situação que eu. 

Faça a caridade de publicá-la, para o bem de tantos sofredores atrás de remédio para suas saudades."


É assim a solicitada mensagem de lógica e do consolo:-

- "Esta carta não quer converter você a nenhuma religião.

É que, ao visitar um cemitério, sei o que você procura. 
É verdade, existe um vazio dentro do seu coração, deixado pela pessoa querida que foi embora.

A lembrança do rosto imóvel, do caixão, do velório, do enterro, eu sei, são recorda­ções doloridas.


As lágrimas que caem pelo seu rosto, são as testemunhas dessa dor que parece impossível curar. 

Pode ter certeza:-
- A pessoa que você pensa que está morta, na verdade está viva. 


Viva e sabendo o que acontece. 

Ela, inclusive, deve estar agora desejando que você esteja preparado, sabendo como é a vida depois da morte, para que, quando chegar a sua hora, você também seja feliz. 
Sim, porque é preciso viver bem, para morrer bem. 

Não importa que religião você tenha. 

A vida não termina com a morte, mas é transformada por ela.

Eles, os nossos mortos, estão vivos. 

Morrer é só sair do corpo, é mudar de plano, como alguém que se transferisse de uma cidade para outra, sem que isso altere a pessoa em si. 

Depois que se morre, vive-se com um novo corpo:-
- O corpo espiritual, feito de uma espécie de energia que obedece ao comando do pensamento.


Por isso, no mundo dos espíri­tos, somos o que pensamos.

Quem é equilibrado aqui, será equilibrado lá. 
E daqui, do mundo físico, através do pensamento, nos comunicamos com as pessoas queridas que partiram antes de nós.


Todo pensamento de an­gústia, de tristeza, pode atingi-las, causando mais tristeza, mais aflição. 

Mas, também, tudo o que pensarmos e fizermos de bom, em nome delas, as tornará felizes. 


Portanto, nessa visita ao cemitério, pense positivo. 

Envie pensamentos de Paz, de Amor, de Alegria, para o seu ente querido.
 

Ajude aos outros em nome dele. 

Reze, de acordo com a sua religião, pedindo a Deus em favor dessa pessoa pois, pel pensamento, ela estará recebendo as nossas energias espirituais positivas. 

Por fim, viva mantendo a consciência tranqüila. 

Nunca prejudique a ninguém e faça aos outros o bem que puder, mesmo que lhe custe sacrifício. 


Porque vivendo assim você também será feliz, quando deixar o seu corpo de carne, para se encontrar com as pes­soas queridas que partiram antes de você."


 Javier Godinho
Fonte:- Site "Caminhos de Luz"

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