domingo, 8 de julho de 2012

Ante a fraqueza alheia...




O homem, na busca da iluminação, igualmente não pode dispensar o diálogo. 

Permitir que alguém lhe diga o que pensa a seu respeito...

Ouvir dos lábios alheios o que receia dizer a si mesmo...

Receber revelações sobre o seu caráter, que, às vezes, propositalmente ignora...  

Quando a “voz” de Deus em nós não se nos faz audível, ela tenta alcançar-nos pela palavra articulada de alguém.  

Quando a verdade a nosso próprio respeito nos é dita, nós a identificamos de imediato...

Experimentamos certo abalo...  

Sentimos que fomos “descobertos” no que procurávamos ocultar. 

Por isto, não apreciamos a franqueza alheia, esquecendo-nos de que o interlocutor funciona como uma espécie de guia para que nos conheçamos melhor.  

Quem nos fala o que precisamos ouvir raramente se apercebe disto. 

A sua intenção pode ser a de nos magoar, mas o propósito da Lei é o de nos educar.  

Daí a nossa afirmativa de que o mal não possui existência real.  

Quem não se expõe aos outros com sinceridade, dificilmente mostra-se a si mesmo...  

E o medo de enfrentar-se é o empecilho maior na senda do autoconhecimento.  

Ninguém deve temer a conversa respeitosa e digna.
 
Irmão José  
Médium:- Carlos A. Baccelli
Livro “PASSO A PASSO” – Ed. DIDIER



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