Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.
quem me dera ao menos uma vez que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Tentei chorar e não consegui
Há mais de 500 anos, as naus do invasor no litoral brasileiro
pela primeira vez aportaram.
Não por acaso, eles nos chegaram com a distração dos espelhos.
Mas, afinal, o que teriam
enxergado nossos antepassados naquelas superfícies de brilho reflexivo?
Quando os primeiros habitantes da Península Ibérica aqui desembarcaram, no Século XVI, o que poderia ter sido um rico encontro, revelou-se uma terrível calamidade para os povos que aqui habitavam.
Uma terrível calamidade que infelizmente até os dias de hoje, passados 500 anos, ainda perdura.
O etnocídio dos tempos idos continua lastimavelmene nos dias atuais.Cinco séculos corridos e ainda não aprendemos a conviver, respeitar, amar.
Incomensurável
é a nossa dívida para com os povos indígenas
Quanto sofrimento
esta anciã da etnia Carajá já vivenciou?
Quanto sofrimento a
sua pequena neta haverá de vivenciar?
"Como posso ser Feliz, vendo que cada vez mais meus irmãos estão perdendo seu idioma ?
Como poderei sorrir, se as crianças já não estão mais aprendendo a dançar ? ...
"Como posso estar Alegre, se vejo que eles estão perdendo as suas terras para grandes fazendeiros ?
Como seremos Felizes se vivemos na desgraça, e vejo o extermínio do meu povo ?
Olívio Jekupé
A expansão voraz das fronteiras agropecuárias avança por
cima de florestas e terras indígenas.
Florestas que levaram séculos para florescer transformadas
em pasto e plantação de soja em poucas semanas.
O que sabemos sobre os mitos e as
lendas dos Ianomâmis?
Na cultura indígena
provavelmente repousa...
...aquilo de mais
belo e nobre que existe na alma brasileira.
No dia em que as suas mitologias,
os seus sonhos e desafios forem
também os nossos...
...quão mais ricos
haveremos de nos tornar?
Na cultura indígena, todo pequeno aspecto e ato cotidiano - sejam as pinturas corporais, os ornamentos ou as cerâmicas - transpira a espiritualidade e a identidade ancestral.
Espiritualidade e Identidade Ancestral
Dois valores que na nossa cultura ddita "civilizada" esquecemos e abandonamos quase que por completo.
Espiritualidade e Identidade Ancestral
Talvez ainda não seja demasiadamente tarde para começar a resgatar, com a ajuda dos nossos irmãos indígenas, estes dois valores que conferem nobreza e sentido à jornada terrena.
Espiritualidade e Identidade Ancestral
Transcendência
“Nós somos 80% espírito e somente 20% matéria”, nos recorda
a tradição Tupinambá.
No dia em que nos
conscientizarmos de que “somos 80% espírito e somente
20% matéria”, de que modo
passaremos a viver
as nossas vidas?
O que sabemos acerca
do vermelho do urucum,...
...e do azul quase negro do jenipapo?
No dia em que
pintarmos a nossa alma, a nossa mais íntima
essência, com as suas cores, reconectando-nos com a nossa mais
sublime origem, quão mais bela se tornará a vida?
“Anda com mansidão sobre a terra – ela é sagrada.”
Antiga tradição
indígena
“Anda com mansidão sobre a terra – ela é sagrada.”
um_peregrino@hotmail.com
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