terça-feira, 30 de maio de 2017

Índios 2017




Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

quem me dera ao menos uma vez que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
 Tentei chorar e não consegui

Há mais de 500 anos, as naus do invasor no litoral brasileiro pela primeira vez aportaram.


Não por acaso, eles nos chegaram com a distração dos espelhos. 
Mas, afinal, o que teriam enxergado nossos antepassados naquelas superfícies de brilho reflexivo?


Quando os primeiros habitantes da Península Ibérica aqui desembarcaram, no Século XVI, o que poderia ter sido um rico encontro, revelou-se uma terrível calamidade para os povos que aqui habitavam.

Uma terrível calamidade que infelizmente até os dias de hoje, passados 500 anos, ainda perdura.
O etnocídio dos tempos idos continua lastimavelmene nos dias atuais.
Cinco séculos corridos e ainda não aprendemos a conviver, respeitar, amar.



Incomensurável é a nossa dívida para com os povos indígenas

Quanto sofrimento esta anciã da etnia Carajá já vivenciou?

Quanto sofrimento a sua pequena neta haverá de vivenciar?

"Como posso ser Feliz, vendo que cada vez mais meus irmãos estão perdendo seu idioma ?

Como poderei sorrir, se as crianças já não estão mais aprendendo a dançar ? ...

"Como posso estar Alegre, se vejo que eles estão perdendo as suas terras para grandes fazendeiros ?

Como seremos Felizes se vivemos na desgraça, e vejo o extermínio do meu povo ?

Olívio Jekupé


A expansão voraz das fronteiras agropecuárias avança por 

cima de florestas e terras indígenas.


Florestas que levaram séculos para florescer transformadas  
em pasto e plantação de soja em poucas semanas.






O que sabemos sobre os mitos e as lendas dos Ianomâmis?


O que intuímos acerca dos sonhos da menina Guarani?


Na cultura indígena provavelmente repousa...


...aquilo de mais belo e nobre que existe na alma brasileira.

No dia em que as suas mitologias, os seus sonhos e desafios forem também os nossos...

...quão mais ricos haveremos de nos tornar?

Na cultura indígena, todo pequeno aspecto e ato cotidiano - sejam as pinturas corporais, os ornamentos ou as cerâmicas - transpira a espiritualidade e a identidade ancestral.

Espiritualidade e   Identidade Ancestral

Dois valores que na nossa cultura ddita "civilizada" esquecemos e abandonamos quase que por completo.


Espiritualidade e   Identidade Ancestral

Talvez ainda não seja demasiadamente tarde para começar a resgatar, com a ajuda dos nossos irmãos indígenas, estes dois valores que conferem nobreza e sentido à jornada terrena.

Espiritualidade e Identidade Ancestral 

Transcendência 

“Nós somos 80% espírito e somente 20% matéria”, nos recorda a tradição Tupinambá.

No dia em que nos conscientizarmos de que “somos 80% espírito e somente 20% matéria”, de que modo passaremos a viver as nossas vidas?
 
O que sabemos acerca do vermelho do urucum,...



...e do azul quase negro do jenipapo?

No dia em que pintarmos a nossa alma, a nossa mais íntima essência, com as suas cores, reconectando-nos com a nossa mais sublime origem, quão mais bela se tornará a vida?
“Anda com mansidão sobre a terra – ela é sagrada.”


   
Antiga tradição indígena
   

“Anda com mansidão sobre a terra – ela é sagrada.”


   
um_peregrino@hotmail.com



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