Paulo
escreveu aos Gálatas:-
-“Não vos enganeis; Deus não se deixa zombar; pois
tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. [1]
Alguns humoristas
impiedosos, armados de repertórios controvertidos, costumam debochar das
desgraças alheias (bêbados, homossexuais, analfabetos, jagunços,
idosos, aleijados etc.), a fim de bancarem os seus estúpidos shows.
Há
dois mil anos Jesus foi ridicularizado.
Notemos:-
- Nisso os soldados do governador levaram Jesus ao pretório, e reuniram em torno dele toda a coorte.
E, despindo-o, vestiram-lhe um manto escarlate; e tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e na mão direita uma cana, e ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo:-
- Salve, rei dos judeus!
E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e davam-lhe com ela na cabeça.
Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto, puseram-lhe as suas vestes, e levaram-no para ser crucificado. [2]
Notemos:-
- Nisso os soldados do governador levaram Jesus ao pretório, e reuniram em torno dele toda a coorte.
E, despindo-o, vestiram-lhe um manto escarlate; e tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e na mão direita uma cana, e ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo:-
- Salve, rei dos judeus!
E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e davam-lhe com ela na cabeça.
Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto, puseram-lhe as suas vestes, e levaram-no para ser crucificado. [2]
Ridicularizar,
segundo o dicionarista, é aquele que tira “onda” zomba; que vive
caçoando, causando riso com a intenção de debochar de algo ou de alguém;
fazendo chacota com palavras, expondo-a ao ridículo.
Que trata alguém com escárnio.
Que exprime, demonstra e utiliza sarcasmo.
Procurar tornar ridículo por meio de gestos, atitudes ou palavras irônicas.
Que trata alguém com escárnio.
Que exprime, demonstra e utiliza sarcasmo.
Procurar tornar ridículo por meio de gestos, atitudes ou palavras irônicas.
Os
motivos podem ser muitos, dentre eles:-
- Por diferenças raciais, doenças deformantes, forma de ser (personalidade), características regionais.
Na verdade muitas pessoas são ridicularizadas pelo fato de não estarem enquadradas no atual perfil psicossocial, que parece eleger as pessoas “normais” e as “estranhas” que são alvos de zombarias cruéis.
- Por diferenças raciais, doenças deformantes, forma de ser (personalidade), características regionais.
Na verdade muitas pessoas são ridicularizadas pelo fato de não estarem enquadradas no atual perfil psicossocial, que parece eleger as pessoas “normais” e as “estranhas” que são alvos de zombarias cruéis.
Cientistas
da Universidade de Leiden (Holanda) concluíram que rir dos problemas
dos outros – um hábito muito comum entre os seres humanos – é sinal de
baixa autoestima.
Isso significa que, cada vez que alguém faz chacota ao ver alguma pessoa em desventura está mostrando que tem sérios problemas de auto aceitação.
Isso significa que, cada vez que alguém faz chacota ao ver alguma pessoa em desventura está mostrando que tem sérios problemas de auto aceitação.
Os
estudos foram liderados pelo professor Wilco W van Djik e analisaram 70
pessoas.
A grande maioria delas confessou ficar ditosa quando sabe que outra pessoa cometeu alguns deslizes ou se machucou.
Van Djik afirmou para a revista LiveScience que “pessoas com menor autoestima se sentem melhor quando observam a desgraça alheia”.
E esse sentimento (de gostar de ver os outros sofrendo) tem um nome: Schadenfreude. [3]
A grande maioria delas confessou ficar ditosa quando sabe que outra pessoa cometeu alguns deslizes ou se machucou.
Van Djik afirmou para a revista LiveScience que “pessoas com menor autoestima se sentem melhor quando observam a desgraça alheia”.
E esse sentimento (de gostar de ver os outros sofrendo) tem um nome: Schadenfreude. [3]
Raciocinando,
dialogando ou trabalhando, “a força de nossas ideias, palavras e atos
alcança, de momento, um potencial tantas vezes maior quantas sejam as
pessoas encarnadas ou não que concordem conosco, potencial esse que
tende a aumentar indefinidamente, impondo-nos, de retorno, as
consequências de nossas próprias iniciativas”. [4
Nos
anos 1940, Chico começava a ser conhecido nacionalmente, e também era
processado pela família do jornalista Humberto de Campos , que exigia na
justiça o pagamento dos direitos autorais pela venda dos livros
psicografados.
Nessa mesma época, desembarcou em Pedro Leopoldo, David Nasser[5] e Jean Manzon, respectivamente, repórter e fotógrafo da revista O Cruzeiro, a revista de maior circulação no Brasil nessa época.
O objetivo era entrevistar e achincalhar Chico Xavier.
Nessa mesma época, desembarcou em Pedro Leopoldo, David Nasser[5] e Jean Manzon, respectivamente, repórter e fotógrafo da revista O Cruzeiro, a revista de maior circulação no Brasil nessa época.
O objetivo era entrevistar e achincalhar Chico Xavier.
A
dupla expôs ao extremo ridículo a vida de Chico, justamente no momento
mais crítico de sua vida, faltavam apenas alguns dias para que o juiz
proferisse a sentença no caso Humberto de Campos.
Com o título de “Chico Xavier, detetive do além” e dez páginas, a reportagem foi publicada na revista no dia 12 de agosto de 1944.
Em meio a elogios, David aproveitava também para colocar em contradição os dons mediúnicos de Chico, sua ingenuidade em alguns momentos e sua esperteza em outros.
Com o título de “Chico Xavier, detetive do além” e dez páginas, a reportagem foi publicada na revista no dia 12 de agosto de 1944.
Em meio a elogios, David aproveitava também para colocar em contradição os dons mediúnicos de Chico, sua ingenuidade em alguns momentos e sua esperteza em outros.
Chico
ficou indignado ao ler a reportagem.
Ao ver sua vida e sua imagem (dentro de uma banheira) sendo manipulada daquela maneira, teve a certeza de que seria condenado.
Chico chorava desesperadamente, não acreditava que havia sido enganado, e se perguntava porque Emmanuel não o alertou, se assim tivesse feito toda aquela humilhação não estaria acontecendo.
Ao ver sua vida e sua imagem (dentro de uma banheira) sendo manipulada daquela maneira, teve a certeza de que seria condenado.
Chico chorava desesperadamente, não acreditava que havia sido enganado, e se perguntava porque Emmanuel não o alertou, se assim tivesse feito toda aquela humilhação não estaria acontecendo.
Em meio à crise de choro Emmanuel surgiu no quarto e perguntou:-
– Por que você chora?
– Por quê?
- É muita humilhação, uma vergonha, um vexame.
- É muita humilhação, uma vergonha, um vexame.
E Emmanuel respondeu:-
– Chico você tem que agradecer.
- Jesus foi para a cruz, você foi só para “O Cruzeiro”. [6]
- Jesus foi para a cruz, você foi só para “O Cruzeiro”. [6]
Toda
a brecha de sombra em nossa personalidade retrata a sombra maior.
Qual o pequenino foco infeccioso que, abandonado a si mesmo, pode converter-se dentro de algumas horas no bolo pestífero de imensas proporções, o deboche, a zombaria, “a maledicência pode precipitar-nos no vício, tanto quanto a cólera sistemática nos arrasta, muita vez, aos labirintos da loucura ou às trevas do crime”. [7]
Qual o pequenino foco infeccioso que, abandonado a si mesmo, pode converter-se dentro de algumas horas no bolo pestífero de imensas proporções, o deboche, a zombaria, “a maledicência pode precipitar-nos no vício, tanto quanto a cólera sistemática nos arrasta, muita vez, aos labirintos da loucura ou às trevas do crime”. [7]
Em suma, se zombarem de nós, sigamos o sábio conselho de Emmanuel – façamos do limão uma limonada e prossigamos em paz.
Referências bibliográficas:-
[1]Gálatas 6:7
[2] Mateus, 27: 27-31
[3] A palavra deriva do alemão Schaden “dano, prejuízo” e Freude “alegria, prazer”.é um empréstimo linguístico da língua alemã também usado em outras línguas do Ocidente para designar o sentimento de alegria ou satisfação perante o dano ou infortúnio de um terceiro.
[4] Xavier, Francisco Cândido. Pensamento e Vida, cap. 8, ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed. FEB, 1977
[5] Na década de 1970, David Nasser, em uma reportagem publicada no jornal carioca O Dia, se mostrou arrependido ao definir Chico Xavier como “o maior remorso da minha vida”.
[6] http://www.acaminhodaluz.net.br/v2/momentos-com-chico-xavier/103-chico-na-revista-o-cruzeiro.html
[7] Idem
Referências bibliográficas:-
[1]Gálatas 6:7
[2] Mateus, 27: 27-31
[3] A palavra deriva do alemão Schaden “dano, prejuízo” e Freude “alegria, prazer”.é um empréstimo linguístico da língua alemã também usado em outras línguas do Ocidente para designar o sentimento de alegria ou satisfação perante o dano ou infortúnio de um terceiro.
[4] Xavier, Francisco Cândido. Pensamento e Vida, cap. 8, ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed. FEB, 1977
[5] Na década de 1970, David Nasser, em uma reportagem publicada no jornal carioca O Dia, se mostrou arrependido ao definir Chico Xavier como “o maior remorso da minha vida”.
[6] http://www.acaminhodaluz.net.br/v2/momentos-com-chico-xavier/103-chico-na-revista-o-cruzeiro.html
[7] Idem
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