quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Um Natal Diferente


Um Natal Diferente

Naquele escritório era assim. 

Todos os anos, eles procuravam uma família que necessitasse de assistência para comemorar o Natal.

Para o dia que se aproximava, eles localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos dois anos anteriores. 

O Natal deles seria magro e triste.

Então, durante um mês, todos no escritório foram colocando as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada.

Depois, se divertiram muito escolhendo os presentes para o pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de felicidade deles, ao receberem os presentes.

Para os meninos, luvas para o inverno e aviões em miniatura. 

Para as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. 

Para a mais velha, já adolescente, perfume e um relógio.

Evidentemente, aquela família não deveria saber quem eram os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor da igreja rural seria o portador dos presentes.

Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe da família voltou mais cedo para casa, após o trabalho. 

Ela recebera uma gratificação extra do seu patrão. 

O marido ficou feliz com a notícia.

Agora eles tinham dinheiro para comprar presentes de Natal para os filhos. 

Sentaram-se e juntos fizeram uma lista, procurando combinar o querer com as necessidades.

Mas, então, eles ficaram sabendo que um amigo estava prestes a ser submetido a uma cirurgia. 

Ele estava desempregado e não poderia pagar as despesas médicas. 

Mais do que isso, nem tinha o que comer em casa.

Condoídos com a situação, marido e mulher convocaram os filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a gratificação de Natal ao amigo.

Comida e despesas médicas eram mais importantes do que brinquedos de Natal.

Algumas horas depois de tomada a decisão, o pastor foi fazer uma visita para a família.

Antes que ele tivesse tempo de explicar o motivo da visita, eles contaram que gostariam de doar o dinheiro ganho e lhe pediram que entregasse o cheque para o amigo necessitado.

O pastor ficou muito surpreso diante de tanta generosidade e concordou em entregar o cheque, com uma condição:- 
- Todos eles deveriam acompanhá-lo até seu carro.

Sem entender muito bem o porquê da exigência do pastor, eles concordaram com o pedido.

Quando atravessaram o portão da casa, viram o carro do pastor abarrotado de presentes de Natal. 

Presentes que o pessoal daquele escritório lhes havia mandado, como expressão de amor natalino.

Que Natal esplêndido foi aquele para as duas famílias necessitadas, para o coração do pastor e para todo o pessoal do escritório!

* * *

Num dia distante, há mais de vinte séculos, o Divino Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. 

Veio manso, numa noite silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro de mensageiros espirituais, aos corações dos homens de boa vontade.

Até hoje, Ele continua assim:-
- Falando aos homens que se dispõem a ter boa vontade para com os outros homens. 

Boa vontade para doar-se, para dar-se, para amar.

Este é o sentido do verdadeiro Natal:-
- O Amor de Deus para com os homens. 

O Amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus.

Redação do Momento Espírita

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