terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A Fábula da Convivência


A Fábula da Convivência

Há milhões de anos atrás, durante uma era glacial, quando parte de nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições.

Foi então que uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, juntar-se mais e mais.

Assim, cada um  podia sentir o calor do corpo do outro. 

E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. 
 
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começam a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor vital, questão de vida ou morte.

E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.

Dispersaram-se por não suportar mais tempo os espinhos de seus semelhantes.

Doíam muito...

Mas essa não foi a melhor solução.

Afastados, separados, logo começaram a morrer. 

Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para  conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar nenhum dano recíproco.

Assim suportaram-se resistindo à era glacial. 

Sobreviveram. 

É fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio!

É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar!

É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!

É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor!

É fácil sentir o amor, difícil é conter a sua torrente!

“Todos nós somos anjos de uma asa só e, para voarmos precisamos estar abraçados uns aos outros”.

Autor Desconhecido

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