quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Fé, Esperança, Caridade




                        Fé, Esperança, Caridade  

Foi no meu pomar de ilusões — faz tanto tempo! — que eu as ouvi conversar.


A terra sorria flores e o sol cantava luz!


Eram três gráceis deusas, a murmurar:-

— Eu sou a esteira de luz, que conduz à felicidade o homem que por mim caminha! — disse a primeira.


E da grande caneleira que as guardava na sua sombra, miúdas flores no chão caiam, embalsamando o ar...


— Eu sou o estímulo, que conduz o homem que por ti caminha! —
sorrindo a outra respondeu.


E um vento brando, penteando o campo, trouxe o perfume do longínquo bosque florido e embalsamou o ar...

— Eu sou a felicidade, a própria vida, o paraíso, aonde o homem deseja chegar! — falou a derradeira.


E as folhas, derramando música, vestiram de uma sonata de amor o meu pomar de ilusões, onde eu as ouvira falar...


De olhos fechados, deslumbrado, quedei-me a meditar!


E quando franjas de prata caíram sobre o mar, e o rocio do anoitecer me despertou, eu compreendi...


As deusas que vieram ao meu pomar, eram a FÉ, a ESPERANÇA e a CARIDADE!

 



“Filigranas de Luz”  - Parábolas 
 Divaldo P. Franco
Espírito R. Tagore



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