sábado, 2 de dezembro de 2017

Ser.... ou não Ser ?


Ser.... ou não Ser ?

O maior desejo do ser humano é SER e eu quero SER. 

E esse anseio geralmente surge quando a noite vai alta e o sono não chega (bendito sono, por onde andas?) e vou para a janela do quarto para espiar porque o luar está pouco nítido, tão frio e esmaecido que nem dá para notar alguns vultos sombrios dispersos, perdidos na madrugada. 

É quando sinto no peito aquela vastidão pertencente à minha alma. 

Ela é triste, descomunal, enorme, desmedidamente triste. 

Minha ternura não cabe em mim. 

Extravasa. 

Não se fecha. 

Abre-se ao leu. 

Minha ternura acolhe, afaga e abriga sem distinguir, sem avaliação preconcebida do bom ou ruim, toda e qualquer desgraça, todas as dores, todas as alegrias e incertezas que povoam todas as gentes, toda esta Humanidade pelo mundo todo e, qualquer desastre, qualquer tragédia, qualquer fato, história ou qualquer acontecimento nunca são alheios à minha alma. 

Sinto assim. 

Assim mesmo conforme estou sentindo, porque é unicamente assim e, o meu ser físico assume um feitio metafísico. 

Ser? 

Ou não ser, eis a questão como disse o bardo.



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