domingo, 10 de dezembro de 2017

A vida não dá duas safras



Aliene me enviou este texto por e-mail e compartilho com vocês, vez que coadunado com a idéia principal deste blog. 

Como sempre digo, viver é uma questão de escolha, de atitude. 

Viva agora ou talvez quando pensar a respeito já não lhe sobre mais tempo.

“A gente só começa a viver de verdade no dia em que descobre que a vida não vai durar para sempre. 

Talvez você esteja aí do outro lado pensando que eu disse uma tolice, pois é claro que todo mundo sabe que vai morrer!

Na verdade, com o festival de chacinas que se assiste diariamente nos telejornais, com gente morrendo por todos os lados, era mesmo de se esperar que todo mundo já soubesse que também pode e vai morrer. 

A qualquer momento.

Infelizmente não é assim. 

Morrer continua a ser uma idéia vaga e absurda para a maioria das pessoas. 

Algo que só se vê, de verdade, nos telejornais e em lugares muito distantes.

 Na vida real, só ocorre mesmo com o vizinho… 

De preferência, com os mais chatos. 

Com a gente, nunca! 

Vivemos como se todos nós tivéssemos sido hipnotizados por um mago para acreditarmos que vamos durar para sempre.

Por isso a gente adia tanto, tudo, o tempo inteiro. 

O projeto de ser feliz, a mudança de emprego, de cara, de cidade, de par amoroso. 

Deixa para uma hora mais propícia, menos problemática, mais oportuna e menos inadequada. 

Sempre para daqui a algum tempo, quando a gente tiver mais dinheiro, quando a gente se aposentar, quando os filhos crescerem, quando tivermos uma folga, quando a economia se normalizar.

Antes de mais nada, é preciso sobreviver, ganhar dinheiro, fazer sucesso – pensa a maioria. 

A vida mesmo vai ficando para depois, quando todas essas coisas tão mais importantes já estiverem equacionadas e resolvidas. 

O problema é que vida não entende essa linguagem de adiamento. 

“Oportuno” e “adequado” são palavras sem nenhum significado para o ritmo da vida. 

Vida é como sorvete debaixo de sol quente:-
 – Ou você toma na hora ou vai ficar chupando dedo. 

Vida é um negócio de “aqui” e “agora”, de extrema premência e necessidade.

Eu sempre achei muito engraçado as pessoas usarem esse verbo “sobreviver” em lugar de “viver”. 

Sobreviver significa continuar a viver depois que aconteceu algum sinistro grave, como um incêndio de grandes proporções ou a queda de um avião. 

Constatado que a pessoa não tem nenhuma ocorrência deste tipo em seu prontuário, conclui-se que a tragédia, da qual ela escapou ilesa (e porisso está condenada a viver) foi ter nascido…

A maior tragédia que pode acontecer a alguém é passar pela vida sem viver. 

Nenhuma justificativa justifica perder a chance de estar vivo, de existir, de experimentar cada momento – escasso e passageiro – que se tem neste mundo. 

Nem um grande negócio. 

Nem todo o dinheiro do mundo. 

Nem um sucesso de arrebentar a boca do balão. 

Viver a vida é o item básico na cesta básica de qualquer pessoa.

Pra encurtar conversa, já que essa ladainha pode ir muito longe:-
- Com a vida é assim, ou você faz agora, já, com os recursos que tem, ou esquece.”

Geraldo Souza  


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