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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ouro e Experiência




Ouro e Experiência


O Chico, em excursão com seu chefe de serviço, expondo aqui e ali apuradas amostras de gado,
passou por Sabará e, dali, pelas Minas de Morro Velho.
Visitou-as por horas.

E deslumbrou-se com o que viu.

O trabalho afanoso e sacrificial da extração do ouro, sua busca, em cascalhos,
no seio da terra, numa profundidade e distância incomensuráveis, causou-lhe
assombro inopinado.

Observou um irmão idoso, calejado naquele serviço, 
a que dera toda sua existência, e perguntou-lhe:-
— Amigo, o ouro é extraído com facilidade?

— Nada disso, moço. 

Em 40 toneladas de pedra, encontramos, às vezes, tão somente 100 a 200 gramas de ouro.
E Emmanuel, que tudo ouvia, comentou:-

— Assim, Chico, sucede na vida. 

Precisamos, quase sempre, de 40 toneladas de aborrecimentos bem suportados para obtermos 100 a 200 gramas de conhecimentos e experiência.
 

Livro “LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER”
Ramiro Gama

domingo, 30 de junho de 2013

A Segurança do Trabalho


 

A Segurança do Trabalho

Atendendo a instruções de Emmanuel, Chico iniciava os traba­lhos no “Centro Espírita Luiz Gonzaga” às oito da noite, encerran­do-os às dez horas, enquanto frequentou sozinho a instituição.

Fazia a prece de abertura, orava e, depois, lia páginas de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, comentando-as, em voz alta, para os desencarnados.

Pessoas da família indagavam sobre aquela resolução de “falar sozinho”, entretanto, o Médium explicava:-

— Há muitos espíritos frequentando a casa. 

Chegam descon­solados e tristes e Emmanuel afirma que a obra de evangelização é necessária a todos nós. 

Não podemos parar...
Certa noite, uma senhora desencarnada em Pedro Leopoldo conversava com o Chico no salão do Centro, em que ele se achava aparentemente sozinho e o diálogo seguia, curioso:-

— Tenhamos fé em Jesus, minha irmã.

— Não desespere. 

Com a paciência alcançaremos a paz.
— Sem calma, tudo piora.

— Com o tempo, a senhora, verá que tudo está certo como está.

A conversação prosseguia assim, quando uma das irmãs do Médium, escutando-lhe a palavra, debruçada em janela próxima, per­guntou-lhe em voz
alta:-

— Chico, quem está conversando com você?

— Dona Chiquinha de Paula.

— Que história é esta? 

Dona Chiquinha já morreu...
— Ah! 

- Você é que pensa... 

Ela está bem viva.
A irmã do rapaz, alvoroçada, comunicou aos familiares o que ocorria.

Chico devia estar maluco.

Era preciso medicá-lo, socorrê-lo.

Outras irmãs do Médium, porém, apressaram-se a observar que ele trabalhava, corretamente, todos os dias.

Seria justo dar por louco um irmão que era amigo e útil?

Ficou então estabelecido em família que, enquanto o Chico estivesse firme no serviço, ninguém cogitaria de considerá-lo um alienado mental.

Desse modo, o Chico Xavier costuma dizer que o trabalho de cada dia, com a bênção de Deus, tem sido para ele a melhor segurança.

 
Livro:- Lindos Casos de Chico Xavier
 Ramiro Gama 

sábado, 29 de junho de 2013

O Prestígio do Chico


O Prestígio do Chico


O professor Lauro Pastor e sua digna esposa, D. Dayse, e o Professor Pastorino passaram uns dias em Pedro Leopoldo.
Numa tarde, dia de sessão, acompanhados do Chico, dirigiam-se ao LUIZ GONZAGA.

Na rua principal, esquina do Centro, esbarraram com um rapaz embriagado. 

O Chico, ao vê-lo:-
— Como vai, meu amigo? 

Fique com Deus!
— Vai também com Deus, Chico, que eu não sei com quem vou...

Terminada a sessão, o Professor Pastor, sua esposa e o Professor Pastorino, agora desacompanhados do Chico, caminhavam para o Hotel, onde se achavam hospedados, quando veem o moço, agora bem pior, xingando a todos os que lhe passavam perto.

Receosos de serem molestados, passaram de mansinho, para não serem percebidos. 

Mas foram por ele vistos e reconhecidos.
E, ante a surpresa dos que o rodeavam, do Professor Pastorino e do próprio casal, o moço ébrio fez um grande gesto para abrir caminho e exclamou bem alto:-
— Abram alas, companheiros. 

Deixem estes passar, isto é gente do Chico!
Livro:- ‘’Lindos Casos de Chico Xavier’’
 Ramiro Gama

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Remédio contra a Vaidade



Remédio contra a Vaidade 

Chico encontra-se com irmão que sofria de insônia, o qual lhe pede conselhos.
Lembrando-se de André Luiz, cujos maravilhosos livros, por ele recebidos, registram esclarecimentos inéditos, pediu ao companheiro para DORMIR BEM e VIVER BEM, com Jesus na mente e no coração, e daí, nos atos de todo instante, antes de dormir, que lesse o Evangelho e meditasse sobre seus ensinos, que pedisse ao seu autor possibilidades para ser útil, fazer o bem. 
De manhã, que também procedesse assim e levantaria melhor, como melhor haveria de dormir.
Dias depois, encontra-se com o insone. 
Era todo alegria e agradecimento. 
Trazia no bolso várias mensagens de Emmanuel e de André Luiz e já havia repetido seus conselhos à família, aos companheiros de serviço. 
Com o EVANGELHO lido e praticado, havia aprendido a viver bem, a dormir bem, a comer bem.
O médium, satisfeito, despede-se do irmão. 
No escritório da fazenda os colegas já sabiam da bela ação do Chico. 
E, enrolado na onda de elogios, acreditou que de fato fizera um ato de caridade. 
Sentado à mesa de trabalho, sorriu alegre com o acontecido. Emmanuel lhe aparece sorrindo e lhe diz:-
- Bela ação hein Chico!
- Sim, meu pai, e todos se mostraram satisfeitos.
- Também estou. 
Mas não fique vaidoso com isso, porque pensando bem, você não fez vantagem alguma…
- Por quê?
- Porque em matéria de ajuda ao próximo, isto deveria ter sido feito já há dois mil anos…
- Tem razão, estou agindo bem mas agindo tarde, né…


Livro:- ‘’Chico Xavier na intimidade’’
  Ramiro Gama

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Homem do Sedã



                                  O Homem do Sedã

 
Achava-se Chico Xavier nos jardins da Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, logo à entrada do escritório, quando à sua frente para um automóvel SEDÃ e dele salta um cavalheiro bem vestido, que lhe ordena arrogantemente:-
- Chame-me o Sr. Francisco Candido Xavier e diga-lhe que preciso falar-lhe, urgentemente.

O Chico sentiu que o homem do Sedã o tomara por um serviçal qualquer, um João Ninguém, e que tinha o Sr. Francisco Candido Xavier na conta de um grande na Historia. 

Ficou, pois, algum tempo indeciso.

 Não sabia como proceder:-
- se dissesse que era ele, assim vestido, humildemente, como sempre andava, não seria acreditado pelo arrogante visitante... 

Se mentisse, talvez ficasse pior...

Foi quando o homem do sedã, explicou:-
 - Não ouviu, ande daí seu moleque, mau empregado deve ser você...
- É que - respondeu-lhe Chico.

 - Francisco, isto é, Chico Xavier, como sou conhecido, sou eu mesmo meu irmão...!
O homem do automóvel Sedã arregalou os olhos. 

Fitou Chico Xavier de cima para baixo. 

Soltou um Oh! 

E, desejando consertar a situação, exclamou:-
- Então é você, mas que desilusão! 

Mas, enfim, já que é você, ouça:-
- estou atravessando uma quadra difícil e preciso de sua proteção...
- Mas, meu irmão - interrompeu-lhe Chico -, 
eu nada valho; 
depois, não trato de coisas materiais. 

Os espíritos, por mim, ás vezes, solucionam questões, mas de fundo espiritual.   

Se o irmão desejar colocar o seu nome no livro de preces, pediremos aos nossos amigos para o ajudarem a vencer seus problemas morais, a encontrar um caminho de consolação, a salvação pelo Cristo de Deus!
- Não quero isto-, disse-lhe o homem depois de refletir um pouco - estou mesmo desiludido com você. 

Vejo que não é o que eu esperava. 

Você é mesmo um pobretão, que nada vale...
E, olhando o servidor de Jesus com certo desdém:

- Quanto ganha aqui e há quantos anos trabalha?

- Ganho pouco, algo que dá para eu viver satisfeito. 

É muito com Deus.

Trabalho aqui há mais de vinte anos, graças ao Pai!

- Logo vi. 

Então você com a sua mediunidade tão falada, ainda não conseguiu melhorar sua situação financeira. 

Não vale mesmo nada...
- Não valho mesmo meu irmão. 

Muito obrigado pelo que me diz, pois eu não pude solucionar seu problema, mas você meu irmão solucionou o meu, fazendo-me crer que não valho nada mesmo... 

Vá com Deus! 

Que Jesus o abençoe...
O homem do sedã soltou um palavrão, entrou para dentro de seu carro e partiu velozmente sem nem olhar para trás, como a dizer:-
- perdi meu tempo, vim de tão longe para ouvir bobagens...
E tirando daí uma lição, concluímos:-
- por este mundo de Deus quantos homens assim vivem à procura do MUITO sem Deus, esquecidos de que estão repetindo a história milionária do Homem Velho, que ainda não se desiludiu de encontrar a felicidade onde ela não está... 

até que a dor lhe abra as portas da realidade do seu desencarne...
                                Livro: ‘’Chico Xavier na Intimidade’’
                                          Ramiro Gama


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O Valor da Oração - Ramiro Gama





O Valor da Oração
A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos entregue a obsessão. 
Assim é que, nessas fases, a exasperação dela era mais forte. Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino a vários dias de fome. 
Certa feita, já fazia três dias que a criança permanecia em completo jejum. 
À tarde, na hora da prece, encontrou a mãezinha desencarnada que lhe perguntou o motivo da tristeza com a qual se apresentava. 
 — Então, a senhora não sabe — explicou o Chico 
— Tenho passado muita fome. 
— Ora, você está reclamando muito, meu filho! — disse Dona Maria João de Deus.
— Menino guloso tem sempre indigestão.  
— Mas hoje bem que eu queria comer alguma coisa... 
A mãezinha abraçou-o e recomendou:-
— Continue na oração e espere um pouco. 
O menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e daí a instantes um grande cão da rua penetrou o quintal. 
Aproximou-se dele e deixou cair da bocarra um objeto escuro. 
Era um jatobá saboroso... 
Chico recolheu, alegre, o pesado fruto, ao mesmo tempo que reviu a mãezinha ao seu lado, acrescentando. 
— Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento. E, despedindo-se da criança, acentuou:-
— Como você observa, meu filho, quando oramos com fé viva até um cão pode nos ajudar, em nome de Jesus. 
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
de Ramiro Gama