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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Quando foi que esquecemos ???


Quando foi que esquecemos ???

Quando foi que esquecemos?


Em entrevista, uma jovem contou que tinha uns sete anos quando foi com sua mãe ao mercadinho perto de casa. 
 
Enquanto a mãe fazia as compras, ela, menina, escondeu um doce de leite no bolso.
 
Na saída, sentindo-se a garota mais esperta do mundo, mostrou o doce e disse:-
- Olha, peguei sem pagar.
 
O que ela recebeu de retorno foi um olhar severo. 
 
E, logo, a mãe a tomou pela mão, retornou ao mercado, fê-la devolver o que pegara e pedir desculpas.
  A garota chorou demais. 
 
Sentiu-se morrer de vergonha. 
 
Entretanto, arrematou, concluindo:-
- Isso me ensinou o valor da honestidade.
 
É possível que vários de nós tenhamos tido experiência semelhante. 
 
Por isso, indagamos:-
- Quando foi que deletamos a mensagem materna? 
- O que nos fez esquecer o ensino da infância?
  A infância é o período em que o Espírito, reencarnado em nova roupagem corpórea, se apresenta maleável à reconstrução do seu eu.
 
É o período em que as falas dos pais têm peso porque, afinal, eles sabem tudo.
 
Mirar-se no exemplo dos pais é comum, considerando que, no processo de educação, os exemplos falam muito mais alto do que as palavras.
 
Por que, então, deixamos para trás as lições nobres? 
 
Quantos de nós, ainda, tivemos professores que iam muito além do dever e que insistiam para que fôssemos responsáveis, corretos?
 
Criaturas que se devotavam, ensinando com o próprio exemplo, as lições da gentileza no trato, a hombridade, o valor da palavra empenhada.
 
Se todos nós viemos de um lar, o que nos fez desprezar a honra, a honestidade e tantos de nós nos transformarmos em políticos corruptos, em maus profissionais, em seres que somente pensam em si mesmos?
 
Hora de evocar lembranças, de retornar aos anos do lar paterno e permitir-nos a reprise das lições.
 
Não pegue nada que não lhe pertença.
 
Se achar um objeto, procure o dono porque ele deve estar sentindo falta dele.
 
Respeite o seu semelhante, o seu espaço, a sua propriedade.
 
Os bens públicos são do povo e todos devem ser com eles beneficiados. 
 
A ninguém cabe tomar para si o que deve ser bem geral.
 
Digno é o trabalhador do seu salário.
 
Respeite a servidora doméstica, o carteiro, o lixeiro. 
 
São valorosos contribuintes das nossas vidas.
 
Lembre de agradecer com palavras e delicados mimos extemporâneos o trabalho diligente dessas mãos.
 
Cumprimente as pessoas. 
 
Sorria. 
 
Ceda seu lugar, no coletivo, ao idoso, ao portador de necessidades especiais, à grávida, a quem carrega pequenos nos braços.
 
Ceda a vez no trânsito, aguarde um segundo a mais o pedestre concluir a travessia, antes de arrancar com velocidade, somente porque o sinal abriu.

* * *

As leis são criadas para que, obedecendo-as, vivamos melhor em sociedade.
 
Mas gentileza não está normatizada.
 
Honestidade é virtude de quem respeita a si mesmo, ao outro, ao mundo.
 
Pensemos nisso. 
 
Façamos um retorno à infância, pelos dias dos bancos escolares, lembremos dos nossos pais, dos mestres, das suas exortações.
 
E refaçamos o passo. 
 
O mundo do amanhã aguarda nossa correta ação, agora, ainda hoje.

Orson Peter Carrara
 
Transcrição integral do www.momento.com.br , com citação de narrativa do artigo Como nossos pais, de Jaqueline Li, Jéssica Martineli, Rafaela Carvalho e Rita Loiola, da revista Sorria, de outubro/novembro/2012, ed. MOL.
 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Apelos de Bezerra



Apelos de Bezerra

São veementes e constantes os apelos dos Espíritos em favor da aproximação dos espíritas para maior eficácia nas abençoadas tarefas espíritas. 

Dentre os inúmeros apelos constantes desde a obra da Codificação, destacam-se no século atual os apelos trazidos pelo Dr. Bezerra de Menezes. 

Nem é preciso citar um ou outro. 

São bastante conhecidos e divulgados, sempre citados na imprensa e mesmo em livros, embora encontrem muitas dificuldades de execução dentro do Movimento.

É aquela abordagem, aquele convite, aquele apelo mesmo para que os espíritas unam esforços, esqueçam motivos de desunião e se voltem para o trabalho comum, pois que a obra do Cristo não pode estar sujeita aos nossos caprichos e melindres pessoais.

Na verdade, o tempo de progresso espera pelo nosso trabalho em favor do progresso humano, pelas próprias luzes que a Doutrina traz.

Será que esses permanentes apelos dos Espíritos não desejam realmente dizer que precisamos superar todas essas dificuldades de relacionamento, de interpretação para juntarmos forças em favor do trabalho que se espera de cada um? 

Ora, pois é isto mesmo! 

Os Espíritos contam com nosso trabalho no exemplo da compreensão e da tolerância, virtudes basilares de nossa Doutrina. 

O projeto de Jesus precisa de homens dispostos à boa vontade, através da união, embora com pontos de vista distintos.

Todos tem direito de pensar o que quiserem. 

Superemos as divergências e unamo-nos nos pontos comuns do trabalho ativo. 

Ninguém é obrigado a pensar pelas nossas cabeças, afinal somos seres livres, pensantes e dotados de liberdade.

Em favor do Movimento, em atenção aos apelos dos Benfeitores, superemos as dificuldades do presente e voltemo-nos ao principal objetivo do Movimento Espírita: -
- Aproximar os espíritas para divulgar, estudar, viver a Doutrina. 

Em favor do homem!

Orson Peter Carrara
Jornal Verdade e Luz 
Nº 166 Novembro de 1999

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Quando o Assunto é Depressão?


 Quando o Assunto é Depressão?


O tema depressão é atualíssimo. 

Muitas pessoas enfrentam esse autêntico pesadelo, oriundo de diversas causas. 

Um livro lançado há dez anos atinge 100 mil exemplares vendidos, face à procura que o assunto provoca. 

Trata-se do Livro:- Depressão, Causas, Conseqüências e Tratamento, de autoria do Promotor de Justiça Izaias Claro

Selecionamos abai...xo algumas questões da entrevista publicada pela revista RIE, de Matão-SP, edição de fev/09, com adaptações. 

 1 - Por que esse tema atrai tanto e qual sua principal causa? 
- Podem ser citadas inúmeras causas da depressão. 

À luz da Psicologia profunda (...) pode-se dizer que a causa primeira da depressão é o Espírito Imortal, que ao longo do esforço evolutivo acumulou – e não superou – experiências, emoções e sentimentos enfermiços, presentes no subconsciente, que emergem e influenciam o comportamento da criatura humana. 

Muitas outras causas podem ser citadas, várias abordadas no livro publicado. Segundo as estatísticas, são milhões os deprimidos. 

2 - E existe uma receita prática para superação desse mal? 

Mister identificar a causa profunda da enfermidade, para erradicá-la totalmente. 

Sendo o Espírito Imortal a causa primeira da problemática ora examinada, compete-lhe o indeclinável dever de auxiliar a si mesmo, empenhando-se na auto-superação, na estruturação psicológica e espiritual, objetivando a conquista de valores ético-intelecto-espirituais que o capacitem ao enfrentamento e superação das vicissitudes. 

6 – Em seus contatos com o público há muitos relatos dessas angústias humanas? 

Sempre me comove a aproximação e o envolvimento com as aflições humanas. 

Ao longo destes anos tenho atendido milhares de pessoas através do atendimento fraterno, de cartas e dos vários outros meios de comunicação. 

Não poucos abrem a alma e confidenciam-me suas dores, que me sensibilizam e enternecem profundamente. 

7 - E qual a principal carência do ser humano em sua visão?

No último quartel do século XVIII, alguém afirmou que “o homem perdeu o endereço de Deus”. 

Nisto reside a causa maior das carências humanas, embora diversos outros fatores contribuam para as dificuldades.

Enquanto o ser não se conscientizar de que é um espírito imortal, permanecendo indiferente quanto à sua origem e destinação, e viver centrado nos valores imediatistas e utilitaristas, permanecerá desencontrado e infeliz. 

Quando educarmos os valores que trazemos em nós, filhos de Deus que somos todos, atingida a plenitude, as carências e os conflitos passarão para sempre. 

11 - O que está realmente faltando na convivência humana? 

Para uma convivência humana saudável, indispensável a aplicação de diversos valores éticos, que podem ser sintetizados no amor. 

Este sentimento é tão poderoso que é com ele que Deus administra e equilibra o Universo. 

Como por vezes podemos não compreender bem a extensão deste sentimento, direi que amar é o jeito como trato o próximo. 

Se aprendermos a nos tratar bem e respeitosamente uns aos outros, respeitando e auxiliando-nos reciprocamente, estaremos de maneira pragmática e simples aplicando a regra áurea consubstanciada no Amor. 


Orson Peter Carrara

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Benefícios Ocultos Sempre Presentes


Benefícios Ocultos Sempre Presentes 

Do magnífico Livro:- TRAMAS DO DESTINO 
Ed. FEB
Divaldo/Philomeno de Miranda,
transcrevo linda página do capítulo 4, para reflexão dos leitores.


"(...) Esses Benfeitores amorosos não liberam os seus tutelados da canga do sofrimento de que necessitam por impositivo dos próprios erros, que lhes cumprem resgatar, recompondo as paisagens humanas que ficaram ermas, em fase da sua instância infeliz. 

Se o fizessem, seria, antes, uma atitude arbitrária de injustiça, o que constituiria derrogação da leis soberanas que regem a vida, em nome de um falso amor, mais conivência com o erro que estrutura de sabedoria iluminativa e libertadora a benefício geral.


Todavia:-
- Inspiram decisões felizes, 
- Evitam ciladas odientas, que aumentam o padecimento, em virtude da rebeldia a que se arrojam os incautos com a soma das cargas imprevisíveis que arrostam e a que se impõem, danosas; 
- Impregnam-nos de forças superiores decorrentes da oração e do intercâmbio psíquico, que estabelecem e mantêm em psicosfera de harmonia e esperança; 
- Induzem pessoas ao bem e facultam fatores que auxiliam, atenuando os testemunhos; 
- Iluminam a consciência e ativam as lembranças passadas, reavendo-as dos arquivos da memória, a fim de perceberem que a indefraudável justiça divina é também amor, e que o amor é mais apurada metodologia existente para a libertação e aprendizagem do espírito sequioso de evolução; - Amparam, moralmente, com a sua presença e tornam-se faróis íntimos a apontarem rumo na noite das provações santificadoras. (...)" 


Texto claro para nossas reflexões diante das dificuldades todas que todos enfrentamos, convidando-nos à sintonia com esses abnegados Amigos Anônimos e silenciosos que nos estimulam à superação das lutas. 

Procuremos sempre lembrar da presença deles em nosso cotidiano, facilitando inclusive o bem estar que tanto precisamos. 

Eles estão sempre a nos beneficiar em nome do amor, embora silenciosamente e discretamente, porém constantemente presentes nas lutas, com a inspiração do amor, do estímulo, convidando-nos a prosseguir com perseverança.


E aliás, recordemos que o trabalho é realmente o apoio indispensável. 

A fuga ou o abandono da tarefa espírita, em função do acúmulo de dificuldades enfrentadas, pode significar o agravamento das limitações. 

Não em virtude de abandono deles, mas pela ausência em nós do polo de ligação com eles:-
- A sintonia com a tarefa da fraternidade, o compromisso doutrinário da perseverança ou a prioridade dos valores espirituais.


Por isso, uma vez mais, bendito o trabalho espírita! 

Bendito o Centro Espírita que nos possibilita as oportunidades de crescimento, através do trabalho...


Orson Carrara

Fonte: Caminhos de Luz

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Suicidar-se, NUNCA !!!!!!

 

Suicidar-se, nunca!

Meu caro leitor, se você é daquelas pessoas que está enfrentando difícil fase de sua existência, com escassez de recursos financeiros, enfermidades ou complexos desafios pessoais (na vida familiar ou não) e está se sentindo muito abatido, gostaria de convidá-lo a uma grave reflexão.

Todos temos visto a ocorrência triste e dramática daqueles que se lançam ao suicídio, das mais variadas formas. 

A idéia infeliz surge, é alimentada pelo agravamento dos problemas do cotidiano e concretiza-se no ato infeliz do auto-extermínio.


Diante de possíveis angústias e estados depressivos, não há outro remédio senão a calma, a paciência e a confiança na vida, que sempre nos reserva o melhor ou o que temos necessidade de enfrentar para aprender. 

Ações precipitadas, suicídios e atos insanos são praticados devido ao desespero que atinge muitas pessoas que não conseguem enxergar os benefícios que as cercam de todos os lados.

Mas é interessante ressaltar que estes estados de alma, de desalento, de angústias, de atribulações de toda ordem, não são casos isolados. 


Eles integram a vida humana. 

Milhões de pessoas, em todo mundo, lutam com esses enigmas como alunos que quebram a cabeça tentando resolver exercícios de física ou matemática. 

Mas até uma criança sabe que o problema que parece insolúvel não se resolverá rasgando o caderno e fugindo da sala de aula.

Sim, a comparação é notável. 


Destruir o próprio corpo, a própria vida, como aparente solução é uma decisão absurda. 

Vejamos os problemas como autênticos desafios de aprendizado, nunca como castigos ou questões insuperáveis. 

Tudo tem uma solução, ainda que difícil ou demorada.

O fato, porém, é que precisamos sempre resistir aos embates do cotidiano com muita coragem e determinação. 


Viver é algo extraordinário. 

Tudo, mas tudo mesmo, passa. 

Para que entregar-se ao desespero? 

Há razões de sobra para sorrir, rir e viver...!

O suicídio é um dos maiores equívocos humanos, para não dizer o maior. 


A pessoa sente-se pressionada por uma quantidade variável de desafios, que julga serem problemas sem solução, e precipita-se na ilusão da morte. 

Sim, ilusão, porque ninguém consegue auto-exterminar-se. 

E o suicídio agrava as dificuldades porque aí a pessoa sente o corpo inanimado, cuja decomposição experimenta com os horrores próprios, pressionada agora pelo arrependimento, pelo remorso, sem possibilidade de retorno imediato para refazer a própria vida. 

Em meio a dores morais intensas, com as sensações físicas próprias, sentindo ainda a angústia dos seres queridos que com ele conviviam, o suicida torna-se um indigente do além.

Como? 


Sim, apenas conseqüências do ato extremo, nunca castigo. 

Isto tudo por uma razão muito simples:-
- Não somos o corpo, estamos no corpo. 

Somos espíritos reencarnados, imortais. 

E a vida nunca cessa, ela continua objetivando o aprimoramento moral e intelectual de todos os filhos de Deus. 

Suicidar-se é ilusão. 

Os desafios existenciais surgem exatamente para promover o progresso, convidando à conquista de virtudes e o desenvolvimento da inteligência. 

A oportunidade de viver e aprender é muito rica para ser desprezada. 

E quando alguém a descarta, surgem conseqüências naturais:-
- O sofrimento físico, pela auto-agressão e o sofrimento moral do arrependimento e da perda de oportunidades. 

Muitos talvez, poderão perguntar-se:-
- Mas de onde vem essas informações?

A Revelação Espírita trouxe essas informações. 


São os próprios espíritos que trouxeram as descrições do estado que se encontram depois da morte. 

Entre eles, também os suicidas descrevem os sofrimentos físicos e morais que experimentam. 

Sim porque sendo patrimônio concedido por Deus, a vida interrompida por vontade própria é transgressão à sua Lei de Amor. 

Como uma criança pequena que teima em não ouvir os pais e coloca os dedos na tomada elétrica.

Para os suicídios há atenuantes e agravantes, mas sempre com conseqüências dolorosas e que vão requerer longo tempo de recuperação. 


Deus, que é Pai bondoso e misericordioso, jamais abandona seus filhos e concede-lhes sempre novas oportunidades. 

Aí surge a reencarnação como caminho reparador, em existências difíceis que apresentam os sintomas e aparências do ato extremo do suicídio. 

Há que se pensar nos familiares, cônjuges, pais e filhos, na dor que experimentam diante do suicídio do ser querido. 

Há que se pensar no arrependimento inevitável que virá. 

Há que se ponderar no desprezo endereçado à vida. 

Há, mais ainda, que se buscar na confiança em Deus, na coragem, na prece sincera, nos amigos (especialmente o maior deles, Jesus), a força que se precisa para vencer quaisquer idéias que sugiram o auto-extermínio.

Meu amigo, minha amiga, pense no tesouro que é tua vida, de tua família! 


Jamais te deixes enganar pela ilusão do suicídio. 

Viva! 

Viva intensamente! 

Com alegria! 

Que não te perturbe nem a dificuldade, nem a enfermidade, nem a carência material. 

Confie, meu caro, e prossiga! 

 Orson Peter Carrara