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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Comportamento e Tecnologia


Comportamento e Tecnologia



Evita o tumulto extravagante das novidades perturbadoras.  
Harmoniza-te de forma que não sejas arrebatado pela ilusão de estar presente em todo lugar ao mesmo tempo, fruindo somente prazeres, possuindo os equipamentos mais recentes, que logo são ultrapassados por outros mais complexos, incapazes, porém, de proporcionar-te a harmonia interior.

Essa correria insensata para a aquisição de instrumentos de utilidade tecnológica e virtual esconde, no seu bojo, a fuga psicológica do indivíduo que não se encoraja a viajar para dentro, procurando descobrir as razões dos conflitos que o aturdem, escondendo-se sob a tirania das máquinas que lhe permitem comunicação com o mundo e todos quantos deseje, sem produzirem a autorrealização no seu possuidor.

Ninguém vive em paz interior sem a consciência do dever retamente cumprido. 

Após anestesiar-se a consciência por algum tempo, ei-la desperta, gerando culpa e necessidade de corrigenda. 

Daí o enfermo moral busca novamente a distração nos mecanismos de fuga e transferência.
O ser humano está destinado à glória imortal. 
 
A sua é a fatalidade das excelsas bênçãos que o aguardam. 
 
Dessa forma, a conquista da dignidade moral é um desafio que deve ser enfrentado e vivenciado desde as experiências mais simples, a fim de ser criado o condicionamento superior para que se transforme em aquisição valiosa. 
 
Eis por que o Espiritismo, na sua condição de filosofia exemplar, oferece o concurso da iluminação interior, explicando as razões da existência, sua finalidade, sua origem e sua culminância...

Livro:- Ilumina-te
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Tempo Mental


Tempo Mental


Na azáfama da vida moderna o aturdimento domina as criaturas humanas que procuram atender aos muitos compromissos, reais e imaginários, não lhes permitindo espaço mental para as reflexões saudáveis nem para as meditações de urgência indispensáveis a uma existência equilibrada.

A parafernália eletrônica facilitando a comunicação, especialmente na área da futilidade, com as exceções compreensíveis, inquieta os seus serventuários que se lhes transformam em escravos, telefonando para diálogos irrelevantes, enviando SMS/s, curiosamente olhando o FACEBOOK, TWITTER, WHATSAPP e outros mecanismos de mexericos e novidades, entregando-se aos jogos de violência ou consultando os sites que lhes atendem aos específicos tormentos, em nome do falso progresso tecnológico.

Certamente, vivia-se bem sem muitos dos apetrechos modernos, alguns de extravagante significado, mais apresentados como status sociais e econômicos, em razão das suas grifes de luxo e de ilusão, do que pelo valor da utilidade, responsáveis pela estimulação da ansiedade, dos jogos de interesse pessoal, das vaidades e das competições doentias.

A falsa necessidade de se acompanhar ao vivo tudo o que se passa no Planeta, especialmente na área das tragédias e das intrigas entre celebridades, suas doenças, suas paixões, suas ascensões e quedas impulsiona os tipos comuns a viverem atrelados, a todo o momento, aos instrumentos que lhes sacia a sede de frivolidade como forma disfarçada de fuga psicológica da realidade, escondendo os conflitos perversos que os afligem.

O ser humano autodesconhece-se enquanto permanece atento aos acontecimentos exteriores que envolvem outras pessoas, cujas imagens são mecanismos de transferência das próprias aflições e insegurança, tornando-as como ídolos ou modelos, invejados uns, enquanto detestados outros, por parecerem inalcançáveis...

O desfile dos deuses da alta comunicação midiática é contínuo, alguns sendo substituídos por outros mais audaciosos ou mais bem-remunerados que, incapazes de gerenciar os valores e a existência, atiram-se ao desbordamento das paixões servis, porque vivem saturados de bajuladores e de prazeres incessantes que lhes anulam a capacidade emocional de se sentir bem.

Com rapidez vivenciam o triunfo e logo após desaparecem em silêncio sepulcral, sendo trazidos de volta aos holofotes da fama somente quando transformados em fantasmas inditosos, chamando a atenção por escândalos ou acontecimentos desditosos que os multiplicadores de opinião vendem com entusiasmo e comentários chulos, quando não escabrosos...

E certo que proliferam admiráveis expressões de elevação moral e de dignificação humana, nesse contexto, como não poderia ser diferente, no entanto, é a grande massa, aquela que é dirigida habilmente pelo mercado consumidor, que se deixa arrastar pelo fascínio da modernidade com graves prejuízos para a saúde física, emocional e mental.

Os diálogos pessoais, no momento, cedem lugar às comunicações eletrônicas, o prazer da convivência entre os amigos é transferido para as mensagens ligeiras, ortograficamente incorretas e atentatórias à boa linguagem. 

Diz-se que são os novos tempos e, sem dúvida, trata-se de um novo período no processo sociológico e psicológico da Humanidade, lamentavelmente com resultados bastantes afugentes para os seus áulicos.

A falta de comunhão fraternal, de conversação edificante, de estudos sociais abrangentes com objetivos libertadores caracteriza o crepúsculo desta civilização, em um claro-escuro de sentimentos, enquanto surge nova madrugada anunciando outros valores que estão esquecidos, mas que são de sabor e significado permanente.

Nesta panorâmica, em consequência, não se dispõe de tempo físico e muito menos de natureza mental para as aquisições duradouras, aquelas que elevam os seres humanos às esferas sublimes do pensamento e da realização espiritual.

Mesmo quando surge algum espaço físico, havendo oportunidade de tempo cronológico, não existe o de natureza psíquica, porque a mente se encontra abarrotada de idéias e propostas, compromissos e complexidades futuristas, inquietando as pessoas que não desejam ficar ultrapassadas no contexto do grupo social insaciável em que se encontram situadas.

É necessário, dizem, estar bem informadas, desde os lugares onde a drogadição e os demais vícios são permitidos, aos redutos de luxo ou de miséria para o prazer exaustivo, assim como para tomar conhecimento de todas as ocorrências nas diversas tribos, gangues, clubes elegantes e de alto preço, apesar dos sucessos que ocorrem nos seus interiores e, de quando em quando, se tornam motivos de escândalos na mídia...

O ser humano é constituído de equipamentos eletrônicos muito delicados, cujo manejo exige habilidade e experiência, a fim de não gerar desarmonia no seu funcionamento.

A mente, que se exterioriza através da câmera cerebral, tem necessidade de harmonia, a fim de processar todos os acontecimentos que lhe dizem respeito ou aqueles que têm lugar à sua volta, de maneira a bem administrar a máquina orgânica.

Em razão disso, o pensamento saudável é essencial para uma existência equilibrada, sendo veículo dos recursos que proporcionam bem ou mal-estar, de acordo com a onda vibratória em que se expressa.

O atropelamento das ideias, a falta de amadurecimento psicológico, a ausência da reflexão podem ser comparadas ao fenômeno alimentar, mediante o qual o indivíduo sobrecarrega o estômago na ânsia de comer bem, gerando graves distúrbios digestivos de imediato. 

O mesmo ocorre nas áreas mental e comportamental.

Impossibilitada a mente de decodificar todos os fatos e informações que chegam ao arquipélago cerebral, apresentam-se a ansiedade, a impaciência, gerando descontrole nas neurocomunicações com resultados perturbadores para o discernimento, a memória, as aspirações iluminativas, a saúde integral...

O ser humano necessita de silêncio mental, de espaço físico para a autoidentificação, para o autodescobrimento.

Esse interregno entre as atividades irá propiciar-lhe melhor discernimento em torno dos objetivos existenciais, facultando-lhe experienciar os prazeres não desgastantes dos sentidos físicos, mas a fruição da alegria íntima de viver e de poder pensar com liberdade e altruísmo.

Quando se age sem pensar, inevitavelmente se é convidado a retroceder nas ações intempestivas, refazendo o caminho conquistado.

O silêncio íntimo, que permite ouvir-se a voz da consciência, é de alta relevância para uma existência feliz, porque permite saber-se o que realmente se deseja produzir e como fazê-lo de maneira excelente.

A azáfama desequilibra, o excesso de ruídos, a multiplicidade de interesses desarmoniza, e o ser humano perde o endereço, o rumo da sua felicidade.

Preserva algum tempo mental para as tuas reflexões, não te deixando seduzir pelas vozes alteradas dos desconsertos emocionais tidos como festivos e promotores da alegria.

Resguarda-te na meditação diária, mesmo que seja por um espaço de tempo reduzido, mas de grande significado para o teu autocontrole, para as tuas decisões e realizações.

Não sobrecarregues as tuas paisagens mentais com as imagens violentas dos desejos infrenes e inferiores, com as imposições sociais e seus fetiches mentirosos, permitindo-te ser livre para pensar e para agir dentro dos padrões felicitadores da boa ética-moral que encontras nos ensinamentos de Jesus, que te aguarda após as refregas humanas...


 Livro:- Liberta-te do Mal
 Joanna de Ângelis  de Divaldo Franco

sexta-feira, 11 de março de 2016

Teu Recomeço


Teu Recomeço


A cada momento podes recomeçar uma tarefa edificante que ficou interrompida. 

Nunca é tarde para fazê-lo; todavia, é muito danoso não lhe dar prosseguimento.

Parar uma atividade por motivos superiores às forças é fenômeno natural. 

Deixá-la ao abandono é falência moral.

A vida é constituída de desafios constantes. 

Sai-se de um para outro em escala ascendente de valores e conquistas intelecto-morais.

Sempre há que se começar a viver de novo.

Uma decepção que parece matar as aspirações superiores; um insucesso que se afigura como um desastre total; um ser querido que morreu e deixou uma lacuna impreenchível; uma enfermidade cruel que esfacelou as resistências; um vício que, por pouco, não conduziu à loucura; um prejuízo financeiro que anulou todas as futuras aparentes possibilidades; uma traição que poderia ter-te levado ao suicídio, são apenas motivos para recomeçar de novo e nunca para se desistir de lutar.

Não houvesse esses fenômenos negativos na convivência humana, no atual estágio de desenvolvimento das criaturas, e os estímulos para o progresso e a libertação seriam menores.

Colhido nas malhas de qualquer imprevisto ou já esperado problema aterrador, tem calma e medita, ao invés de te deixares arrastar pela convulsão que se irá estabelecer.

Refugia-te na oração, a fim de ganhares força e inspiração divina.

Como tudo passa, isto também passará, e, quando tal acontecer, faze teu recomeço, a princípio, com cautela, parcimonioso, até que te reintegres novamente na ação plenificadora.

Teu recomeço é síndrome de próxima felicidade.
 

Filho de Deus 
Capítulo 12
Leal
Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Renascer


Renascer

O transitório esquecimento do passado, facilita os recomeços, ensejando mais amplas possibilidades ao entendimento e à cordialidade.

Lembrasse -se o Espírito dos motivos da antipatia ou do amor, vincular-se-ia apenas aos seres simpáticos, afastando-se daqueles por quem se sentiu prejudicado, complicando, indefinidamente, a libertação das causas infelizes do fracasso.

Assim:-
- O filho revel retorna na condição de pai, 
- A esposa ultrajada volve como mãe abnegada, 
- O criminoso odiento reinicia ao lado da vítima antiga, 
- O infrator da existência física, autocida, reencarna com as limitações que ocasionou, mediante o atentado perpetrado contra a organização somática.

A cerebração mal aplicada redunda em idiotia irreversível e a impiedade, o ultraje, o abuso de qualquer natureza constroem o suplício da miséria, física ou moral, como medida educadora de que necessita o defraudador.

Seja qual for a situação em que te encontras, agradece a Deus a  atual conjuntura expiatória ou provacional, utilizando-te do tempo com Sabedoria e Discernimento, de modo a construíres o futuro, desde que o presente se te afigure afligente ou  doloroso.

O que hoje possuis, vem de ontem, podendo edificar para o amanhã, através do uso que faças das faculdades ao teu alcance.

Qualquer corpo, mesmo quando mutilado ou limitado, assinalado por enfermidades ultrizes e rigorosas, constitui concessão superior que a todos cabe zelar e cultivar, desdobrando recursos e entesourando aquisições, mediante os quais poderá planar logo mais nas Regiões Felizes, livre dos retornos dolorosos e recomeços difíceis.



Estudos Espíritas
Joanna de Ângelis 
Divaldo Pereira Franco
FEB

domingo, 10 de janeiro de 2016

Perdoar



"Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes". 
Mateus: 18-22. 

"A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. 

Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas". 

O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. X - Item 4. 

                                               Perdoar
Sim, deves perdoar! 

Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. 

Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor. 
Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão. 

Ante a tua aflição, talvez ele sorria. 

A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos. 
Se ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. 

Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde. 
Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo. 

Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito. 

Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção. 

Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for. 

O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental. 

Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia. 

O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro. 

Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem. 

Todo agressor sofre em si mesmo. 

É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. 

Não desças a ele senão para o ajudar. 
Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema - graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma - que te desacostumaste ao convívio do sofrimento. 

 Por isso, estás considerando em demasia o petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar. 
Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor. 

O que te é Inusitado, nele é habitual. 

Se não te permitires a ira ou a rebeldia - perdoarás! 

Joanna de Angelis 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Nostalgia e Depressão


Nostalgia e Depressão

As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão.

O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre.

Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se homizia.

A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. 

Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser, lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual.

Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilos, que já não retornam, produzem estados nostálgicos. 

Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente naturais. 

Quando porém, se incorpora ao dia-a-dia, gerando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no comportamento emocional.

A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico. 

Esse depreciamento emocional, fez-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos. 

A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... 

Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se  esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. 

Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular, caracteriza a gravidade do transtorno emocional. 

Tenha-se em mente um instrumento qualquer. 

Quando harmonizado, com as peças ajustadas, produz, sendo utilizado com precisão na função que lhe diz  respeito. 

Quando apresenta qualquer irregularidade mecânica, perde a qualidade operacional. 

Se a deficiência é grave, apresentando-se em alguma peça relevante, para nada mais serve. 

Do mesmo modo, a depressão tem a sua repercussão orgânica ou vice-versa. 

Um equipamento desorganizado não pode produzir como seria de desejar. 

Assim, o corpo em desajuste leva a estados emocionais irregulares, tanto quanto esses produzem sensações e anomalias perturbadoras na conduta psicológica.

No seu início, a depressão se apresenta como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido existencial, atividades que estimulavam à luta, realizações que eram motivadoras para o sentido da vida.

À medida que se agrava, a alienação faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade.

Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixada na própria compaixão, na descrença da recuperação da saúde.

Normalmente, porém, a grande maioria de depressivos pode conservar a rotina da vida, embora sob expressivo esforço, acreditando-se incapaz de resistir à situação vexatória, desagradável, por muito tempo.

Num estado saudável, o indivíduo sente-se bem, experimentando também dor, tristeza, nostalgia, ansiedade, já que esse oscilar da normalidade é característica dela mesma. 

Todavia, quando tais ocorrências produzem infelicidade, apresentando-se como verdadeiras desgraças, eis que a depressão se está fixando, tomando corpo lentamente, em forma de reação ao mundo e a todos os seus elementos. 

A doença emocional, desse modo, apresenta-se em ambos os níveis da personalidade humana:-
- Corpo e Mente.

O som provém do instrumento. 

O que ao segundo afeta, reflete-se no primeiro, na sua qualidade de exteriorização.

Idéias demoradamente recalcadas, que se negam a externar-se - tristezas, incertezas, medos, ciúmes, ansiedades - contribuem para estados nostálgicos e depressões, que somente podem ser resolvidos, à medida que sejam liberados, deixando a área psicológica em que se refugiam e libertando-a da carga emocional perturbadora.

Toda castração, toda repressão produz efeitos devastadores no comportamento emocional, dando campo à instalação de desordens da personalidade, dentre as quais se destaca a depressão.

É imprescindível, portanto, que o paciente entre em contato com o seu conflito, que o libere, desse modo superando o estado depressivo. 

Noutras vezes, a perda dos sentimentos, a fuga para uma aparência indiferente diante das desgraças próprias ou alheias, um falso estoicismo contribuem para que o fechar-se em si mesmo, se  transforme em um permanente estado de depressão, por negar-se a amar, embora reclamando da falta de amor dos outros.

Diante de alguém que realmente se interesse pelo seu problema, o paciente pode experimentar uma  explosão de lágrimas, todavia, se não estiver interessado profundamente em desembaraçar-se da couraça retentiva, fechando-se outra vez para prosseguir na atitude estóica em que se apraz, negando o mundo e as ocorrências desagradáveis, permanecerá ilhado no transtorno depressivo.

Nem sempre a depressão se expressará de forma autodestrutiva, mas com estado de coração pesado ou preso, disfarçando o esforço que se faz para a rotina cotidiana, ante as correntes que prostram no leito e ali retêm.

Para que se logre prosseguir, é comum ao paciente a adoção de uma atitude de rigidez, de determinação e desinteresse pela sua vida interna, afivelando uma máscara ao rosto, que se apresenta patibular, e podem ser percebidas no corpo essas decisões em forma de rigidez, falta de movimentos harmônicos...

Ainda podemos relacionar como psicogênese de alguns estados depressivos com impulsos suicidas, a conclusão a que o indivíduo chega, considerando-se um fracasso na sua condição, masculina ou feminina, determinando-se por não continuar a existência. 

A situação se torna mais grave, quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem. 

Essa reflexão autopunitiva dá gênese a estado depressivo com indução ao suicídio.

Esse sentimento de fracasso, de impossibilidade de êxito pode, também, originar-se em alguma agressão ou rejeição na infância, por parte do pai ou da mãe, criando uma negação pelo corpo ou por si mesmo, e, quando de causa sexual, perturbando completamente o amadurecimento e a expressão da libido.

Nesse capítulo, anotamos a forte incidência de fenômenos obsessivos, que podem desencadear o processo depressivo, abrindo espaço para o suicídio, ou se fixando, a partir do transtorno psicótico, direcionando o paciente para a etapa trágica da autodestruição.

Seja, porém, qual for a gênese desses distúrbios, é de relevante importância para o enfermo considerar que não é doente, mas que se encontra em fase de doença, trabalhando-se sem autocomiseração, nem autopunição para reencontrar os objetivos da existência. 

Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequilíbrio, mesmo que sob a terapia de neurolépticos.

O encontro com a consciência, através de avaliação das possibilidades que se desenham para o ser, no seu processo evolutivo, tem valor primacial, porque liberta-o da fixação da idéia depressiva, da auto compaixão, facultando campo para a renovação mental e a ação construtora.

Sem dúvida, uma bem orientada disciplina de movimentos corporais, revitalizando os anéis e proporcionando estímulos físicos, contribui de forma valiosa para a libertação dos miasmas que intoxicam os centros de força.

Naturalmente, quando o processo se instala - nostalgia que conduz à depressão - a terapia bioenergética (Reich, como também a espírita, a desmentalização), ou conforme se apresentem as síndromes, o concurso do psicoterapeuta especializado, bem como de um grupo de ajuda, se fazem indispensáveis.

A eleição do recurso terapêutico deve ser feita pelo paciente, se dispuser da necessária lucidez para  tanto, ou a dos familiares, com melhor juízo, a fim de evitar danos compreensíveis, os quais, ocorrendo, geram mais complexidades e dificuldades de recuperação. 

Seja, no entanto, qual for a problemática nessa área, a criação de uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constitui valiosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional.

O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais.
  


 Empório Esotérico

Trecho extraído do Livro:- " AMOR IMBATÍVEL AMOR" 
 Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Angústia e Paz


 Angústia e Paz

Previne-te contra a angústia.
Esta tristeza molesta, insidiosa, contínua, arrastante a estado perturbador.

Essa insatisfação injustificável, perseverante, penosa, conduz-te a desequilíbrio imprevisível.

Aquela mágoa que conservas, vitalizada pela revolta sem lógica, impele-te a desajuste insano.

Isto que te assoma em forma de melancolia, que aceitas, empurra-te a abismo sem fundo.

Isso que aflora com freqüência, instalando nas tuas paisagens mentais de pressão constante, representa o surgimento de problema grave.

Aquilo que remóis, propiciando-te dor e mal-estar, impele-te a estados infelizes, que te atormentam.

A angústia possui gêneses várias.

Procede de erros que se encontram fixados no ser desde a reencarnação anterior, como matriz que aceita motivos verdadeiros ou não, para dominar quem deveria envidar esforços por aplainar e vencer as impressões negativas e as compulsões torpes.

Realmente não há motivos que justifiquem os estados de angústia. 

A angústia entorpece os centros mentais do discernimento e desarticula os mecanismos nervosos, transformando-se em fator positivo de alienações. 

Afeta o psiquismo, o corpo e a vida, enfermando o espírito.

Rechaça a angústia, pondo Sol nas tuas sombras-problemas.

Não passes recibo aos áulicos da melancolia e dispersa com a prece as mancomunações que produzem a angústia.

Fomenta a Paz, que é o antídoto da angústia.

Exercita a mente nos Pensamentos Otimistas e cultiva a Esperança.

Trabalha com desinteresse, fazendo pelo próximo o que dizes dele não receber.

A Paz é fruto que surge em momento próprio, após a germinação e desenvolvimento do Bem no coração.

Jamais duvide do Amor de Deus.

Fixado aos propósitos de crescimento espiritual, transfere para depois o que não logres agora, agindo com segurança.

Toda angústia dilui-se na água corrente da paz.

  Livro:- “Alerta” 
Joanna de Ângelis  
Divaldo Pereira Franco 
 

terça-feira, 24 de março de 2015

Irmão de Jesus


Irmão de Jesus

Ele se fez o irmão da pobreza, a fim de que ela ficasse digna e enriquecedora.
Ele se tornou o irmão da Natureza, de forma que todos vissem o Pai Criador nela refletido.
Ele se transformou no irmão das aves, elevando-as a condições superiores.
Ele se condicionou como irmão dos animais, descendo à mais bela comunhão de solidariedade que se conhece.
Ele se consagrou como irmão dos astros, revelando sua realidade estrelar.
Ele dialogou com todos:-
- Os ricos e os pobres, as águas e os servos da vida, saudáveis e enfermos, abençoando-os e atraindo-os a si com a força irresistível do amor.
Rico, tornou-se tão pobre que a sua fortuna era nada possuir.
Cantor, dirigiu a música da sua voz para falar em nome de todas as vozes, principalmente daqueles que, miseráveis no mundo, haviam perdido o direito de ter voz.
Numa época na qual os homens se isolavam nos castelos e palácios, ou se escondiam em choças misérrimas, ele se ergueu como ponte, unindo as criaturas.
Todos levantavam paredes, e Francisco derrubava-as.
Enquanto se apresentavam e se mantinham distâncias, ele surgia como aproximação.
Ninguém que amasse tanto quanto ele amava.
Depois do Amigo, jamais alguém que houvesse sido tão fiel, tão irmão de todos.
Hoje, a sua voz ainda prossegue chamando as almas para Deus.
A força do seu verbo continua arrebatando, porque penetra o mais profundo do ser humano, e quem a ouve nunca mais deixa de escutar-lhe o cântico.
Os silêncios de suas meditações falam alto.
A sua ternura comove e convence.
Ele é indimensional na sua pequenez, na sua singeleza.
A morte não o calou, a fragilidade orgânica não lhe impediu o dever de atender o chamado do seu Senhor.
Ele continua incorruptível no ministério que mudou, em plena Idade Média, os rumos da Fé e do Amor.
Quando a decadência político-religiosa se anunciava, como decorrência do abuso do poder e das arbitrariedades, Francisco dignificou a criatura humana, colocando-a em patamares elevados, e propôs-lhe a felicidade com Jesus.
O mundo, depois dele, ficou diferente, qual sucedera antes com o do seu Amado.
A simplicidade enfrentou a afronta; a pureza não temeu a perversão.
Ele não é somente um, símbolo, mas a realidade do próprio Amor.
O seu psiquismo prossegue envolvendo a Terra, e todos aqueles que sintonizam com a sua vibração experimentam paz e se enriquecem de esperança.
Quando a irmã morte se lhe acercou, ele recebeu-a sorrindo, saudou-a com uma canção:-
- Louvado seja meu Senhor, pela nossa morte corporal da qual nenhum homem vivente pode escapar, e penetrou, de retorno, na Esfera dos Justos, sob o carinho do Seu Pleno Amor.
Francisco, por fim, é o irmão de Jesus, como nenhum outro se identificou com tão grande afinidade.
Irmão Francisco:-
- Nestes dias tumultuosos, ergue a tua doce voz e canta outra vez aos ouvidos surdos da Humanidade o teu hino de bênçãos e de louvor, intercedendo junto ao teu Irmão por todos nós, os pobres filhos do Calvário! 

Joanna de Ângelis
 Divaldo Pereira Franco

Diante da tumba de São Francisco, em Assis no dia 25.06.1994
Fonte: CACEF

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O Tesouro da Oração



A oração deve abrir espaços no tempo do cristão, a fim de preencher-lhe os vazios do sentimento.

Mais do que um amontoado de palavras, a oração é um ato de interação entre a alma e Deus.

Não importa a posição do corpo, no ato de orar, mas a da alma que se eleva quanto mais reconhece a própria pequenez.

Ato de humildade, de adoração, de fé, a oração é o pulsar do desejo humano na vibração do amor divino.

O homem que ora abre-se ao amor, e a vida plenifica-o com paz.

A oração, talvez, não mude as circunstâncias nem impeça as ocorrências, mas dá visão para compreendê-las e forças para superá-las.

Mediante a oração, o homem marca o seu encontro com Deus. 
 
Sem esse contato, desacostuma-se de conversar com Ele, perde a compreensão para os Seus desígnios, terminando por esquecê-Lo, e, quando deseja reatar o intercâmbio, aturde-se, sem saber como fazê-lo.

Deus espera pelo homem, e a oração é o veículo que o aproxima d'Ele.

Muitas criaturas buscam Deus quando estão desesperadas, e, porque perderam o Seu endereço, o apelo não consegue alcançar o alvo. 
 
A oração é o meio seguro de saber onde Ele se encontra.

A oração mais eficiente é a que se faz através da ação do bem ao próximo sob a inspiração do amor.

 Joanna de Ângelis
Divaldo Franco Pereira