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quarta-feira, 30 de março de 2016

O auto-castigo


O auto-castigo

Deus não castiga o suicida, pois é o próprio suicida quem se castiga.

A noção do castigo divino é profundamente modificada pelo ensino espírita.

Considerando-se que o Universo é uma estrutura de leis, uma dinâmica de ações e reações em cadeia, não podemos pensar em punições de tipo mitológico após a morte.

Mergulhado nessa rede de causas e efeitos, mas dotado do livre arbítrio que a razão lhe confere, o homem é semelhante ao nadador que enfrenta o fatalismo das correntes de água, dispondo de meios para dominá-las.

Ninguém é levado na corrente da vida pela força exclusiva das circunstâncias.

A consciência humana é soberana e dispõe da razão e da vontade para controlar-se e dirigir-se.

Além disso, o homem está sempre amparado pelas forças espirituais que governam o fluxo das coisas.

Daí a recomendação de Jesus:-
-“Orai e vigiai”.

A oração é o pensamento elevado aos planos superiores – a ligação do escafandrista da carne com os seus companheiros da superfície – e a vigilância é o controle das circunstâncias que ele deve exercer no mergulho material da existência.

O suicida é o nadador apavorado que se atira contra o rochedo ou se abandona à voragem das águas, renunciando ao seu dever de vencê-las pela força dos seus braços e o poder da sua coragem, sob a proteção espiritual de que todos dispomos.

A vida material é um exercício para o desenvolvimento dos poderes do Espírito.

Quem abandona o exercício por vontade própria está renunciando ao seu desenvolvimento e sofre as consequências naturais dessa opção negativa.

Nova oportunidade lhe será concedida, mas já então ao peso do fracasso anterior. 

Cornélio Pires, o poeta caipira de Tietê, responde à pergunta do amigo através de exemplos concretos que falam mais do que os argumentos. 

Cada uma de nossas ações provoca uma reação da vida.

A arte de viver consiste no controle das nossas ações (mentais, emocionais ou físicas) de maneira que nós mesmos nos castigamos ou nos premiamos.

Mas mesmo no auto-castigo não somos abandonados por Deus, que vela por nós em nossa consciência.


J. Herculano Pires

domingo, 13 de setembro de 2015

A Cura da Obsessão


A Cura da Obsessão

Você é um Ser Humano Adulto e Consciente, Responsável pelo Seu Comportamento. 

Controle as suas idéias, rejeite os pensamentos inferiores e perturbadores, estimule as suas tendências boas e repele as más. 

Tome conta de si mesmo, é você quem manda em você, nos caminhos da vida; não se faça de criança mimada, aprenda a se controlar em todos os instantes e em todas as circunstânci...as. 

Experimente o seu poder e verá que ele é maior do que você pensa. 

A Cura da Obsessão é uma Auto-Cura. 

Ninguém pode livrar você da obsessão se você não quiser livrar-se. 

Comece a livrar-se agora dizendo a você mesmo:-
- Conheço os meus deveres e posso cumpri-los; Deus me ampara... repita isso sempre que se sentir perturbado. 

Repita e faça o que disse:- 
- Tome a decisão de se portar como a criatura normal que realmente é, confiante em Deus e no poder das forças naturais que estão no seu corpo e no seu espírito, à espera do seu comando. 

Dirija seu barco, o leme está em suas mãos. 

Reformule o seu conceito de si mesmo, você não é um pobrezinho abandonado no mundo. 

Os próprios vermes são protegidos pelas leis naturais; porque motivo só você não teria proteção? 

 Tire da mente a idéia do pecado e do castigo. 

O que chamam de pecado é o erro, e o erro pode e deve ser corrigido. 

Corrija-se, estabeleça pouco a pouco o controle de si mesmo com paciência e confiança em si mesmo. 

Você não depende dos outros, depende da sua mente. Mantenha a mente arejada, abra as suas janelas ao mundo, respire com segurança e ande com firmeza. 

Lembre-se dos cegos, dos mudos e dos surdos, dos aleijados e deficientes que se recuperam confiando em si mesmos. 

Desenvolva a sua Fé. 

Fé é Confiança. 

Existe a Fé Divina, que é a confiança em Deus e no seu Poder que controla o universo. 

Você, racionalmente, pode duvidar disso? 

Existe a fé humana, que é a confiança da criatura em si mesma. 

Você não confia na sua inteligência, no seu bom senso, na sua capacidade de ação? 

Você se julga um incapaz e se entrega às circunstâncias, deixando-se levar por idéias degradantes a seu respeito? 

Mude esse modo de pensar, que é falso. 

Quando for às reuniões de desobsessão, vá confiante. 

Os que o esperam estão dispostos a auxiliá-lo; seja grato a essas criaturas que se interessam por você e ajude-as com sua boa vontade. 

Se você fizer isso, a sua obsessão já começou a ser vencida.

Não se acovarde, seja corajoso. 

Aprenda a amar-se para poder amar o próximo.


Livro:- Obsessão - O Passe, A Doutrinação

J. Herculano Pires