Mostrando postagens com marcador Espírito Maria Dolores - Francisco Cândido Xavier. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Espírito Maria Dolores - Francisco Cândido Xavier. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Lição de Fé



Lição de Fé

Coração, não te perturbes,
Se, em torno, há quem se desmande,
Se a luta surge tão grande,
Que tudo é aflição no ar ...
Abraça os  próprios deveres,
Acalma-te, serve e lida,
Que Deus, sustentando a vida,
Só nos pede confiar.

Olha os exemples do campo,
Na noite de tempestade,
O solo é treva e ansiedade
Sob o granizo e bater,
Caem troncos, rolam penhas,
O raio quebra a montanha,
O lodo jse desentranha,
E a gleba a se desfazer.

Escondem-se, furna em furna,
Os peregrinos da estrada,
Passarinhos na ramada
Lançam pios de oração,
Ouvem-se gritos selvagens,
É o vento brandindo o açoite,
Cortando as formas da noite
E uivando desolação.
Mas outro dia está pronto ...
A madrugada vem vindo,
Um roseiral no céu lindo
É o jardim que o sol produz,
O clarão cresce e se espalha,
A brisa afaga os caminhos,
Brilham copas, cantam ninhos,
Toda  a Terra é um mar de luz.

Coração, assim também,
Depois da estrada de prova,
Eis que a vida se renova
Na esperança a ressurgir,
A benção do amor renasce,
A alegria se proclama,
É Deus que te busca e chama
A novo e belo porvir.

Livro:- Recanto de Paz
Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


sábado, 6 de junho de 2015

Para uma Alma Aflita


Para uma Alma Aflita

Sossega, alma querida,  pois o Senhor nos deixou o Seu Amor!
 
Abranda o teu desespero,  pois Ele segue à nossa frente, alargando o nosso caminho para que os espinhos nos consigam nos deter!
 
Sossega, alma irmã, sossega!
 
A nossa aprendizagem é dura, é dolorosa, às vezes constrangedora, porém o resultado será maravilhoso!
 
E nos veremos um dia libertos dos nossos erros de avaliação que nos faziam ver tudo negro, e difícil e doloroso, quando mais não era que o corte necessário ao rompimento do véu que nos causava uma cegueira prejudicial à visão correta da Vida!
 
A Vida é Luz, é Alegria, é Júbilo pela presença constante do Senhor!
 
E quando não O vemos, não O sentimos, porque embargados pelos tantos véus que nos fazem cegos, e que se chamam vaidade, egoísmo, ódio, rancor e ambição desvairada, não vemos a Luz da Sua Presença, não sentimos a Alegria da Sua aprovação, tão bem acompanhados!
 
Por isso,  alma amiga, sossega!
 
E procura dentro do teu coração a Vida Real que lá está, o que te dará a censura pelo que não corresponde aos teus reais anseios de bem, de felicidade, de poder!
 
Pois a Vida Real que te faz viver não é aquela que o mundo material te proporciona, e que passa e se modifica a cada instante, a cada mudança de tua mente e de teus apetites.
 
A Vida Real é aquela que antecede o teu nascimento no corpo de carne perecível e que sobreviverá ao teu desencarne!
 
A Vida Real é aquela que nosso Pai Celestial nos ofertou, nos doou e nos proporciona quando fazemos o esforço de procura-la em nossos corações, e de viver os seus preceitos que são simples:-
- “São o Amor!!!”
 
Amor a Deus sobre tudo e sobre todos, e amor às criaturas de Deus, nossos irmãos, vizinhos, amigos e adversários, pois todos provindos da mesma Fonte, e todos a Ela voltando,
quem mais lentamente
quem mais rapidamente,
porém todos!...
 
Portanto, alma querida, sossega o teu coração dolorido!
 
Pára um pouco, pensa, medita, e entra conosco no:-
- Caminho da Luz,
no Caminho do Amor,
no Caminho da Fraternidade,
no Caminho da Paz!
 
E te sentirás forte e destemida, e nada conseguirá impedir teus passos para a vivência real da Vida Real que existe no âmago do teu ser.
 
Que as Bênçãos do Divino Pai, do Divino Amigo, do Divino Mestre te envolvam, iluminando a tua alma irmã, a tua alma amiga, a tua alma querida! 
 
Extraído de “Pétalas Esparsas da Margarida”
 
Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Anseio de Amor


Anseio de Amor


Quando me vi, depois da morte,
Em, sublime transporte,
E reclamei contra a fogueira
Que me havia calcinado a vida inteira
Pela sede de amor ...

Quando aleguei que fora, em toda estrada,
Folha ao vento,
Andorinha esmagada
Sob o trator ao sofrimento....
Quando exaltei a minha dor,
Mágoa de quem amara sempre em vão,
Farta de incompreensão....

Alguém chegou, junto de mim,
E disse assim:-
— Maria Dolores,
Você que vem do mundo,
E se diz
Tão cansada e infeliz,
Que notícias me dá do vale fundo
De provação,
Onde a criatura de tanto padecer
Não consegue saber
Se sofre ou não?

Você que diz trazer o seio morto,
Que me pode falar
Dos meninos sem pão e sem conforto,
Das mulheres sem lar,
Dos enfermos sozinhos,
Que a febre e a fome esmagam nos caminhos,
Sem sequer um lençol ou a bênção de uma prece,
Dando graças a Deus, quando a morte aparece?!...

Você, Maria Dolores,
Que afirma haver amado tanto
E que deve ter visto
O sacrifício e o pranto
De quem clama por Cristo,
Suplicando o carinho que não tem,
Que me pode contar daquelas outras dores,

Daquelas outras aflições
Dos que choram trancados em manicômios e prisões,
Buscando amor, pedindo amor,
Exaustos de tristeza e de amargura,
Como feras na grade,
Morrendo de secura,
De solidão, de angústia e de saudade?!...

Bem-querer!... Bem-querer!...
Ai de mim, que nada pude responder!
Que tortura, meu Deus, a verdade, no Além!...
Calei-me, envergonhada...
Eu que apenas quisera ser amada,
Não amara a ninguém...


Livro:- Antologia de Espiritualidade
Espírito Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier