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domingo, 1 de novembro de 2015

Espiritismo e Finados


Espiritismo e Finados


Pergunta: Estamos nos aproximando do dia 2 de novembro, que é considerado um dia dedicado aos mortos, aos finados. 

O respeito da legislação vigente chega inclusive a declarar a data como feriado nacional, no intuito de que as pessoas possam prestar suas homenagens ao parentes e conhecidos já desencarnados. 

Os espíritas são naturalmente questionados a respeito do assunto. 

Como a Doutrina Espírita encara este tema?

Resposta: Realmente o tema desperta algumas dúvidas. 

Mesmo alguns companheiros espíritas perguntam se devem ou não ir aos cemitérios no dia 2 de novembro, se isto é importante ou não. 

Antes de tudo, lembremos que o respeito instintivo do homem pelos desencarnados, os chamados mortos, é uma conseqüência natural da intuição que as pessoas têm da vida futura. 

Não faria nenhum sentido o respeito ou as homenagens aos mortos se no fundo o homem não acreditasse que aqueles seres queridos continuassem vivendo de alguma forma. 

É um fato curioso que mesmo aqueles que se dizem materialistas ou ateus nutrem este respeito pelos mortos.

Embora o culto aos mortos ou antepassados seja de todos os tempos, Leon Denis nos diz que o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativa dos druidas, antigo povo que viveu na região que hoje é a França. 

Os druidas, um povo que acreditava na continuação da existência depois da morte, se reuniam nos lares, não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos.

A noção de imortalidade que a maioria das pessoas tem, no entanto, ainda é confusa, fazendo com que as multidões se encaminhem para os cemitérios, como se o cemitério fosse a morada eterna daqueles que pereceram. 

O Espiritismo ensina o respeito aos desencarnados como um dever de fraternidade, mas mostra que as expressões de carinho não precisam ser realizadas no cemitério, nem é necessário haver um dia especial para que tais lembranças ou homenagens sejam realizadas.

Pergunta: Mas para os espíritos desencarnados o dia 2 de novembro tem alguma coisa mais solene, mais importante? 

Eles se preparam para visitar os que vão orar sobre os túmulos?

Resposta: É preciso entender que nossa comunicação com os desencarnados é realizada através do pensamento. 

As preces, as orações, são vibrações do pensamento que alcançam os espíritos. 

Nossos entes queridos desencarnados são sensíveis ao nosso pensamento. 

Se existe entre eles e nós o sentimento de verdadeira afeição, se existe esse laço de sintonia, eles percebem nossos sentimentos e nossas preces, independente de ser dia de finados ou não.

Esse é o aspecto consolador da Doutrina Espírita:-
- A certeza de que nossos queridos desencarnados, nossos pais, filhos, parentes e amigos, continuam vivos e continuam em relação conosco através do pensamento. 

Não podemos privar de sua presença física, mas o sentimento verdadeiro nos une e eles estão em relação conosco, conforme as condições espirituais em que se encontrem. 

Realizaram a grande viagem de retorno à pátria espiritual antes de nós, nos precederam na jornada de retorno, mas continuam vivos e atuantes.

Um amigo incrédulo uma vez nos falou:-
- "Só vou continuar vivo na lembrança das pessoas". 

Não é verdade. 

Continuamos tão vivos após a morte quanto estamos vivos agora. 

Apenas não dispomos mais deste corpo de carne, pesado e grosseiro.

Então, os espíritos atendem sim aos chamados do pensamento daqueles que visitam os túmulos.

No dia 2 de novembro, portanto, como nos informam os amigos espirituais, o movimento nos cemitérios, no plano espiritual, é muito maior, porque é muito maior o número de pessoas que evocam, pelas preces e pelos sentimentos, os desencarnados.

Pergunta: E se estes desencarnados pudessem se tornar visíveis, como eles se mostrariam?

Resposta: Com a forma que tinham quando estavam encarnados, para que pudessem ser reconhecidos. 

Não é raro que o espírito quando desencarne sofra ou provoque alterações na sua aparência, ou seja no seu corpo espiritual. 

Espíritos que estão em equilíbrio mental e emocional podem se apresentar com uma aparência mais jovem do que tinham quando estavam encarnados, enquanto outros podem inclusive adotar a aparência que tinham em outra encarnação. 

Por outro lado, espíritos que estão em desequilíbrio podem ter uma aparência muito diferente da que tinham no corpo, pois o corpo espiritual mostra o verdadeiro estado interior do espírito.

Pergunta: E quanto aos espíritos esquecidos, cujos túmulos não são visitados? 

Como se sentem?

Resposta: Isto depende muito do estado do espírito. Muitos já reconhecem que a visita aos túmulos não é fundamental para se sentirem amados. 

Outros, no entanto, comparecem aos cemitérios na esperança de encontrar alguém que ainda se lembre deles e se entristecem quando se vêem sozinhos.

Pergunta: A visita ao túmulo traz mais satisfação ao desencarnado do que uma prece feita em sua intenção?

Resposta: Visitar o túmulo é a exteriorização da lembrança que se tem do espírito querido, é uma forma de manifestar a saudade, o respeito e o carinho. 

Desde que realizada com boa intenção, sem ser apenas um compromisso social ou protocolar, desde que não se prenda a manifestações de desespero, de cobranças, de acusações, como ocorre em muitas situações, a visitação ao túmulo não é condenável. 

Apenas é desnecessária, pois a entidade espiritual não se encontra no cemitério, e pode ser lembrada e homenageada através da prece em qualquer lugar. 

A prece ditada pelo coração, pelo sentimento, santifica a lembrança, e é sempre recebida com prazer e alegria pelo desencarnado.

Pergunta: No ambiente espiritual dos cemitérios comparecem apenas os espíritos cujos corpos foram lá enterrados?

Resposta: Não. 
Segundo as narrativas, o ambiente espiritual dos cemitérios fica bastante tumultuado no chamado Dia de Finados. 

E isto ocorre por vários motivos. 

Primeiro, como já dissemos, pela própria quantidade de pessoas que visitam os túmulos. 

Cada um de nós levamos nossas companhias espirituais, somos acompanhados pelos espíritos familiares. 

Depois, porque muitos espíritos que estão vagando desocupados e curiosos do plano espiritual também acorrem aos cemitérios, atraídos pelo movimento da multidão, tal como ocorre entre os encarnados. 

Alguns comparecem respeitosos enquanto outros se entregam à galhofa e à zombaria.

Pergunta: E existem espíritos que permanecem fixado no ambiente do cemitério depois de sua desencarnação?

Resposta: Sim, embora esta não seja um ocorrência comum. 
Além disso, devemos nos lembrar que nos cemitérios, bem como em qualquer lugar, existem equipes espirituais trabalhando para auxiliar, dentro do possível, os que estão em sofrimento.

Pergunta: Os espíritos ligam alguma importância ao tratamento que é dado ao seu túmulo? 
As flores, os enfeites, as velas, os mausoléus, influenciam no estado espiritual do desencarnado?

Resposta: Não. 
Somente os espíritos ainda muito ligados às manifestações materiais poderiam se importar com o estado do seu túmulo, e mesmos estes em pouco tempo percebem a inutilidade, em termos espirituais, de tais arranjos. 

O carinho com que são cuidados os túmulos só tem algum sentido para os encarnados, que devem se precaver para não criarem um estranho tipo de culto. 

Não devemos converter as necrópoles vazias em "salas de visita do além", como diz Richard Simonetti. 

Há locais mais indicados para nos lembrarmos daqueles que partiram.

   Pergunta: E que tipo de local seria este?

 Resposta:- O lar! Nossos entes familiares que já desencarnaram podem ser lembrados na própria intimidade e no aconchego de nosso lar, ao invés da frieza dos cemitérios e catacumbas. 

Eles sempre preferirão receber nossa mensagem de saudade e carinho envolvida nas vibrações do ambiente familiar.

Qualquer que seja a situação espiritual em que eles se encontrem, serão alcançados pelo nosso pensamento. 

Por isso, devemos nos esforçar para, sempre que lembrarmos deles, que nosso pensamento seja de saudade equilibrada, de desejo de paz e bem-estar, de apoio e afeto, e nunca de desespero, de acusação, de culpa, de remorso.

   Pergunta: Mas a tristeza é natural, não?

   Resposta: Sim, mas não permitamos que a saudade se converta em angústia, em depressão. 

Usemos os recursos da confiança irrestrita em Deus, da certeza de Sua justiça e sua bondade. Deus é Amor, e onde haja a expressão do amor, a presença divina se faz. 

Vamos permitir que essa presença acalme nosso coração e tranqüilize nosso pensamento, compreendendo que os afetos verdadeiros não são destruídos pela morte física, não são encerrados na sepultura. 

Dois motivos portanto para não cultivarmos a tristeza:- 
- Sentimos saudades – e não estamos mortos; nossos amados não estão mortos – e sentem saudades...

Se formos capazes de orar, com serenidade e confiança, envolvendo a saudade com a esperança, sentiremos a presença deles entre nós, envolvendo nossos corações em alegria e paz.

Equipe do CVDEE


Referências:
O Livro dos Espíritos 
 Allan Kardec 
questões 320 a 329

Quem tem medo da morte? 
 Richard Simonetti

domingo, 23 de agosto de 2015

Chegou a Hora ?

Chegou a Hora ?


"Só peru morre na véspera!" - diz o adágio popular, fazendo referência ao fato de que ninguém desencarna antes que chegue seu dia.

Na realidade ocorre o contrário. 


Poucos cumprem integralmente o tempo que lhes foi concedido. 

Com raras exceções, o homem terrestre atravessa a existência pressionando a máquina física, a comprometer sua estabilidade.

Destruímos o corpo de fora para dentro com os vícios, a intemperança, a indisciplina... 


O álcool, o fumo, o tóxico, os excessos alimentares, tanto quanto a ausência de exercícios, de cuidados de higiene e de repouso adequado, minam a resistência orgânica ao longo dos anos, abreviando a vida física.

Destruímos o corpo de dentro para fora com o cultivo de pensamentos negativos, idéias infelizes, sentimentos desequilibrantes, envolvendo ciúme, inveja, pessimismo, ódio, rancor, revolta...

Há indivíduos tão habituados a reagira com irritação e agressividade, sempre que contrariados, que um dia "implodem" o coração em enfarte fulminante.

Outros "afogam" o sistema imunológico num dilúvio de mágoas e ressentimentos, depressões e angústias, favorecendo a evolução de tumores cancerígenos.

Tais circunstâncias fatalmente implicarão em problemas de adaptação, como ocorre com os suicidas.

Embora a situação dos que desencarnam prematuramente em virtude de intemperança mental e física, seja menos constrangedora, já que não pretendiam a morte, ainda assim responderão pelos prejuízos causados à máquina física, que repercutirão no perispírito, impondo-lhes penosas impressões.

Como sempre, tais desajustes refletir-se-ão no novo corpo, quando tornarem à experiência reencarnatória, originando deficiências e males variados que atuarão por indispensáveis recursos de reajuste.

Não somos proprietários de nosso corpo. 


Usamo-lo em caráter precário, como alguém que alugasse um automóvel para longa viagem um programa a ser observado, incluindo roteiro, percurso, duração, manutenção.

Se abusamos dele, acelerando-o com indisciplinas e tensões, envenenando-o com vícios, esquecendo os lubrificantes do otimismo e do bom ânimo, fatalmente ver-nos-emos às voltas com graves problemas mecânicos.

Além de interromper a viagem, prejudicando o que fora planejado, seremos chamados a prestar contas dos danos provocados num veículo que não é nosso.

No futuro, em nova "viagem", provavelmente teremos um "calhambeque" com limitações variadas, a exigir maior soma de cuidados, impondo-nos benéficas disciplinas.


 "Quem tem medo da morte?"
de Richard Simonetti

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

No Velório


No Velório

“A Morte não é mais do que o Regresso à Verdadeira Vida." 
- (Scipião) 


Amigo, se cultivas um princípio religioso, sabes que a morte não é o fim. 

O Espírito imortal, com os potenciais de inteligência e sentimento que lhe definem a individualidade, simplesmente deixa o cárcere de carne, qual borboleta livre do casulo, rumo à amplidão. 

Raros, entretanto, estão preparados para a grandiosa jornada. 

Raros exercitam asas de virtude e desprendimento. 

Natural, portanto, que o “morto” experimente dificuldades no desligamento do corpo inerte e na adaptação à realidade espiritual. 

Isso ocorre principalmente quando não conta com a cooperação daqueles que permanecem no velório, ao arrastar das horas que precedem o sepultamento. 

O burburinho das conversas vazias e dos comentários menos edificantes, bem como os desvarios da inconformação e o desequilíbrio da emoção, repercutem em sua consciência, impondo-lhe penosas impressões. 

Se é alguém muito querido ao teu coração, considera que ele precisa de tua coragem e de tua confiança em Deus. 

Se não aceitas a separação, questionando os desígnios divinos, teu desespero o atinge, inclemente, qual devastador vendaval de angústias. 

Se é o amigo que admiras, por quem nutres especial consideração, rende-lhe a homenagem do silêncio, respeitando a solene transição que lhe define novos rumos. 

Se a tua presença inspira-se em deveres de solidariedade, oferece-lhe, na intimidade do coração, a caridade da prece singela e espontânea, sustentando-lhe o ânimo. 

Lembra-te de que um dia também estarás de pés juntos, estendido na urna mortuária. 

Ainda preso às impressões da vida física, desejarás, ardentemente, que te respeitem a memória e não conturbem teu desligamento, amparando-te com os valores da serenidade e da oração, a fim de que atravesses com segurança os umbrais da Vida Espiritual. 


 Livro:- "Quem Tem Medo da Morte" 
Richard Simonetti 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Sumiço de Deus.....




 
"Uma mensagem bem singela para que possamos enxergar bem , como Deus age em nossas vidas."

Oito e dez anos, dois irmãos "do barulho".
Invariavelmente, qualquer confusão na pequena cidade envolvia os pirralhos.
A mãe, preocupada com o futuro dos encapetados rebentos, pediu ajuda ao pároco.
O sacerdote, um homenzarrão de quase dois metros, forte e decidido, recomendou que os levassem à igreja, separadamente. 
Primeiro o mais novo!
 Fê-lo sentar-se na sacristia, sozinho, diante dele.
Tratou logo de intimidá-lo, trovejando:-
- Onde está Deus, menino?!
Encolhido na cadeira, o garoto contemplava pasmo,
olhos esbugalhados, boca escancarada, mãos trêmulas, aquela montanha humana que rugia:-
- Onde está Deus?! 
 Ante seu mutismo, o padre ergueu ainda mais a voz e, dedo em riste, bradou, tonitruante:-
- Onde está Deus?!
Pondo-se a gritar, apavorado, o moleque fugiu em desabalada carreira direto para casa.
Escondeu-se no armário, em seu quarto. 
O irmão mais velho o encontrou.
Vendo-o pálido e agitado, perguntou o que acontecera.
O pobre, tentando recuperar o fôlego, gaguejou:-
-Cara! desta vez estamos mesmo encrencados!
- Deus sumiu!
-O padre está dizendo que é arte nossa! 
 Essa história evoca um problema atual:-
- O sumiço de Deus. 
Sabemos que é impossível.
Cérebro criador, consciência cósmica do Universo, o Criador está sempre presente, aqui, além, acolá, dentro de nós mesmos...
O que anda sumida é a percepção da imanência divina, que tudo sabe, tudo pode, tudo vê; que exercita infalível justiça, premiando os bons e corrigindo os maus.
As pessoas não duvidam de sua existência,
mas pensam e agem como se o Todo-Poderoso estivesse de férias.
Crimes, roubos, vícios, mentiras, maldades, grandes e pequenos deslizes,  em relação às leis divinas, são cometidos, incessantemente,  sem que os autores se dêem conta de que estão sendo observados.
Daí a força do mal no mundo, embora sob controle do Supremo Bem. 
 Haverá substanciais mudanças no comportamento humano quando esse "sumiço" for resolvido.
Podemos fazer um teste em relação ao assunto.
Sugiro, leitor amigo, que, durante todo um dia, desenvolva suas atividades atento à presença divina.
Como agirá, considerando que Deus tudo vê, ante impulsos assim:-
Pronunciar palavrões.
Alimentar devaneio lascivo.
Buscar aventura extraconjugal.
Mentir por conveniência.
Cultivar indolência.
Revidar ofensas.
Pronunciar crítica ferina.
Disseminar fofocas.
Satisfazer vícios. 
Não se trata apenas de atentar ao juiz que julga nossas ações.
Há algo mais importante, em nosso beneficio, quando nos conscientizamos da celeste presença.
TEMOS EM DEUS:-
- Alento nas dificuldades.
- Apoio nas lutas.
- Consolo nas dores.
- Remédio para os males.
- Solução dos problemas.
- Convite ao Bem.
 Trazendo o Senhor para o nosso cotidiano, seremos mais comedidos, mais disciplinados, mais fortes, mais inspirados, mais felizes e confiantes.

Portanto, amigo leitor, uma sugestão:-
- Evitemos o sumiço de Deus! 

MUSICA do CD STARDUST
Ernesto Cortazar – Old day
O Sumiço de Deus
Richard Simonetti
do livro "PARA RIR E REFLETIR"

Gotas de Crystal  


Recebido por e-mail do
Amigo Pedro Paulo