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domingo, 29 de novembro de 2015

Aversões


Aversões

Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. 

Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. 

Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos, antes, durante e depois de suas encarnações.

 Somos defrontados, em todos os departamentos da família humana, pelas ocorrências da aversão inata. 

Pais e filhos, irmãos e parentes outros, não raro, se repelem, desde os primeiros contactos. 

Claramente verificáveis os fenômenos da hostilidade, entre adultos e crianças, trazidos pelo imperativo do berço à intimidade do dia-a-dia. 

Pais existem nutrindo antipatia pelos próprios rebentos, desde que esses rebentos lhes surgem no lar, e existem filhos que se inimizam com os próprios pais, tão logo senhoreiam o campo mental, nos labores da encarnação.

Arraigado no labirinto de existências menos felizes, decerto que o problema das reações negativas, culpas, remorsos, inibições, vinganças e tantos outros está presente no quadro familiar, em que o ódio acumulado em estâncias do pretérito se exterioriza, por meio de manifestações catalogáveis na patologia da mente. 

Nessa base de raciocínio, determinada criança terá sofrido essa ou aquela humilhação da parte dos pais ou tutores e se desenvolveu abafando propósitos de desforço, com o que intoxicou a si mesma, no curso do tempo, e certos pais haverão sentido inesperada animosidade por esse ou aquele filho recém-nato, alimentando ciúme contra ele, embora sufocando tal sentimento, com benéficas atitudes de convenção. 

Não muito raro, os cadastros policiais registam infanticídios em que pais ou mães aniquilam o corpo daqueles mesmos Espíritos aos quais favoreceram com a encarnação na Terra.

Indubitavelmente, o tratamento psicológico, visando à cura mental e à sublimação da personalidade, é o caminho ideal para semelhantes pacientes; urge entender, porém, que médicos e analistas humanitários conseguirão efetuar prodígios de compreensão e de amor, liberando enfermos dessa espécie; no entanto, o estudo da reencarnação é igualmente chamado a funcionar, nos alicerces da obra de salvamento.

Quantos milhares de existências terminam anualmente, no mundo, pelos golpes da criminalidade? 

Claro está que as vítimas não foram arrebatadas para céus ou infernos teológicos. 

Se compenetradas, quanto às leis de amor e perdão que dissipam as algemas do ódio, promovem-se a trabalho digno na Espiritualidade, às vezes até mesmo em auxílio aos próprios algozes. 

Na maioria das circunstâncias, todavia, persistem no caminho daqueles que lhes dilapidaram a vida profunda, transformando-se em perseguidores magoados ou vingativos, jungidos mentalmente aos antigos ofensores, e finalmente reconduzidos, pelos princípios cármicos, ao renascimento junto deles, a fim de sanarem, no clima da convivência, os complexos de crueldade que ainda se lhes destilem do ser.

Quando isso aconteça, o apostolado de reajuste há-de iniciar-se nos pais, porquanto, despertos para a lógica e para o entendimento, são convocados pela sabedoria da vida ao apaziguamento e à renovação. 

Observemos, no entanto, que em semelhantes domínios da alma o apoio da fé religiosa se erguerá em socorro e terapêutica. 

É indispensável amar e desculpar, compreender e servir, tantas vezes quantas se façam necessárias, de modo a que sofrimento e dissensão desapareçam e a fim de que, nas bases da compreensão e da bondade de hoje, as crianças de hoje se levantem na condição de Espíritos reajustados, perante as Leis do Universo, garantindo aos adultos, nas trilhas das reencarnações porvindouras, a redenção de seus próprios destinos.


Emmanuel

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Oração de Francisco Cândido Xavier



Oração de Francisco Cândido Xavier

Que eu continue a acreditar no outro mesmo sabendo de alguns valores tão esquisitos que permeiam o mundo; 

Que eu continue otimista, mesmo sabendo que o futuro que nos espera nem sempre é tão alegre; 

Que eu continue com a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida; 

Que eu permaneça com a vontade de ter grandes amigos(as), mesmo sabendo que com as voltas do mundo, eles(as) vão indo embora de nossas vidas; 

Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar esta ajuda;

Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo sabendo que os desafios são inúmeros ao longo do caminho; 

Que eu exteriorize a vontade de amar, entendendo que amar não é sentimento de posse, é sentimento de doação;

Que eu sustente a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo, escurecem meus olhos; 

Que eu retroalimente minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o sucesso e a alegria;

Que eu atenda sempre mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico possuo; 

Que eu pratique sempre mais o sentimento de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses; 

Que eu não perca o meu forte abraço, e o distribua sempre; 

Que eu perpetue a beleza e o brilho de ver, mesmo sabendo que as lágrimas também brotam dos meus olhos; 

Que eu manifeste o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia; 

Que eu acalente a vontade de ser grande, mesmo sabendo que minha parcela de contribuição no mundo é pequena; 

E, acima de tudo...

Que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte desta maravilhosa teia chamada vida, criada por alguém bem superior a todos nós!

E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas parcelas cotidianas de todos nós! 

Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Disseram


Disseram

Que não vencerás em teus empreendimentos.
Que o teu doente querido está no clima da morte.

Que atravessarás longa noite de provações.

Que não mais encontrarás o trabalho que mais desejas.

Que não te recuperarás de certas perdas sofridas.

Que não realizarás os sonhos que acalentas.

Que os entes amados distantes de ti nunca mais te voltarão ao convívio.

Que o desgaste do corpo físico não mais te permitirá as realizações que tanto almejas.

Que, por essa ou aquela falta, andarás sobre a Terra constantemente sobre pedras e espinhos.

Tudo isso disseram...

Entretanto, continua agindo e servindo, orando e esperando, porque as opiniões de Deus são diferentes.

Emmanuel
Francisco Cândido Xavier 
 

quinta-feira, 12 de março de 2015

O Dia Começa ao Amanhecer !


O Dia Começa ao Amanhecer !

Compadece-te da criança que segue a teu lado.

O dia começa ao amanhecer.

Pai, Mãe, Irmão ou Amigo, ampara-lhe a vida, com o teu próprio coração, se pretendes alcançar a Terra Melhor.

Lembra-te das vozes amigas que te induziram ao bem, das mãos que te guiaram para o trabalho e para o conhecimento.

Por que não amparar, ainda hoje, aqueles que serão, amanhã, os orientadores do mundo?

Em pleno santuário da natureza, quantas árvores generosas são asfixiadas no berço? 
 
Quanta colheita prematuramente morta pelos vermes da crueldade?

A vida é também um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade. 

Já meditaste nas esperanças aniquiladas ao alvorecer? 
 
Já refletiste nas flores estranguladas pelas pedras do sofrimento, ante o sublime esplendor da aurora?

Provavelmente dirás:-
- "Como impedirei o sofrimento de milhares?"

Ninguém te pede, porém, para que te convertes num salvador apressado, carregado de ouro e poder.

Basta que abras o coração com a chave da bondade, em favor dos meninos de agora, para que os homens do futuro te bendigam.

Quando a escola estiver brilhando em todas as regiões e quando cada lar de uma cidade puder acolher uma criança perdida – ninho abençoado a descerrar-se, aconchegante, para a ave estrangeira – teremos realmente alcançado, com Jesus, o trabalho fundamental da construção do Reino de Deus.


"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação

Emmanuel

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Sirvamos em Paz !!!


Sirvamos em Paz !!!

"Não estejais inquietos por coisa alguma..." 
- Paulo. Filipenses, 4:6.

Quase que em toda a parte encontramos pessoas agoniadas, sem motivo, ou exaustas, sem razão aparente.  

Transitam nos consultórios médicos, recorrem a casas religiosas, suplicando prodígios, isolam-se na inutilidade, choram de tédio.

Confessam desconhecer a causa dos males que as assoberbam; clamam, infundadamente, contra o meio em que vivem...

É que, via de regra, ao invés de situarem a mente no caminho natural da evolução, atiram-na aos despenhadeiros da margem.

Que a Terra hospeda multidões de companheiros endividados, tanto quanto nós mesmos, todos sabemos...

A imprensa vulgar talha colunas e colunas dedicadas à tragédia, certas publicações cultivam o hábito de instilar a delinquência, conflitos explodem insuflando a rebeldia dessa ou daquela camada social, profetas do pessimismo adiantam escuras previsões...

Isso tudo acontece, isso tudo é inevitável.

Urge, no entanto, não dar, aos acontecimentos contrários à harmonia da vida, qualquer atenção, além da necessária.

Basta empregar exageradamente a energia mental, num escândalo ou num crime, para entrar em relação com os agentes destrutivos que os provocaram.

Ofereçamos ao repouso restaurativo ou à resistência ao mal mais tempo que o tempo indispensável e cairemos na preguiça ou na cólera que nos desgasta as forças.

Se consumimos alimento deteriorado, rumamos para a doença; se repletamos o cérebro de preocupações descontroladas, inclinamo-nos, de imediato, ao desequilíbrio.

Imunizando-nos contra semelhantes desajustes, exortou-nos o apóstolo Paulo:-
 -"Não estejais inquietos por coisa alguma", como a dizer-nos que compete a nós outros, os que elegemos Jesus por Mestre, a obrigação de andar no mundo, ainda conturbado e sofredor, sem gastar tempo e vida em questões supérfluas, prosseguindo, firmes, na estrada de entendimento e serviço que o Senhor nos traçou.

Livro:- Palavras de Vida Eterna 
 Emmanuel
 Chico Xavier

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Problema Conosco


Problema Conosco 

Não os criaria Deus à parte.

Os gênios perversos das interpretações religiosas somos nós mesmos, quando adotamos conscientemente a crueldade por trilha de ação.

Observa as lágrimas dos órfãos e das viúvas, ao desamparo.

Há quem as faça correr.

Repara os apetrechos de guerra, estruturados para assaltar populações indefesas.

Há quem os organize.

Anota as rebeliões que se transfiguram em crimes.

Há quem as prepare.

Pensa nos delitos que levantam as penitenciárias de sofrimento.

Há quem os promova.

Medita nas indústrias do aborto.

Há quem as garanta.

Pondera quanto aos movimentos endinheirados do lenocínio.

Há quem os resguarde.

Reflete nos mercados de entorpecentes.

Há quem os explore.

Enunciando, porém, semelhantes verdades, não acusamos senão a nós mesmos.

A condição moral da Terra é o nosso reflexo coletivo.

Todos temos acertos e desacertos.

Todos possuímos sombra e luz.

Consciências encarnadas em desvario fazem os desvarios da esfera humana.

Consciências desencarnadas em desequilíbrio geram os desequilíbrios da esfera espiritual.

É por isso que o Evangelho assevera:-

- “Ninguém entrará no reino de Deus sem nascer de novo”.

E o Espiritismo acentua:-

- “Nascer, viver, morrer, renascer de novo e progredir continuamente, tal é a lei”.

Em suma, isso quer dizer que ninguém conseguirá desertar da luta evolutiva.

Continuemos, pois, vigilantes no serviço do próprio burilamento, na certeza de que o amor puro liquidará os infernos, quando nós, que temos sido inteligências transviadas nos domínios da ignorância, estivermos sublimados pela força da educação. 

Livro:- "Justiça Divina"
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Fonte: Centro Espírita Caminhos de Luz
Pedreira-SP-Brasil

sábado, 29 de novembro de 2014

Padrão




Padrão 

“Porque era homem de bem e cheio do Espirito Santo e de fé.
 
E muita gente se uniu ao Senhor.” 
 (ATOS, 11:24.)

Alcançar o título de sacerdote, em obediência a meros preceitos do mundo, não representa esforço essencialmente difícil. 
 
Bastará a ilustração da inteligência na ordenação convencional.

Ser teólogo ou exegeta não relaciona obstáculos de vulto.
 
 Requere-se apenas a cultura intelectual com o estudo acurado dos números e das letras.

Pregar a doutrina não apresenta óbices de relevo. 
 
Pede-se tão-só a ênfase ligada à correta expressão verbalista.

Receber mensagens do Além e transmiti-las a outrem pode ser a cópia do serviço postal do mundo.

Aconselhar os que sofrem e fornecer elementos exteriores de iluminação constituem serviços peculiares a qualquer homem que use sensatamente a palavra.

Sondagens e pesquisas, indagações e à análises são velhos trabalhos da curiosidade humana.

Unir almas ao Senhor, porém, é atividade para a qual não se prescinde do apóstolo.

Barnabé, o grande cooperador do Mestre, em Jerusalém, apresenta as linhas fundamentais do padrão justo.

Vejamos a aplicação do ensinamento à nossa tarefa cristã.

Todos podem transmitir recados espirituais, doutrinar irmãos e investigar a fenomenologia, mas para imantar corações em Jesus Cristo é indispensável sejamos fiéis servidores do bem, trazendo o cérebro repleto de inspiração superior e o coração inflamado na fé viva.

Barnabé iluminou a muitos companheiros “porque era homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé”.

Jamais olvidemos semelhante lição dos Atos. 
 
Trata-se de padrão que não poderemos esquecer.
 
 Livro:- Vinha de Luz
Emmanuel
 Chico Xavier

r.s.durant dart
 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Fala em Paz


Fala em Paz
"Justo lembrar:-
- A voz humana está carregada de vibrações.
 
Esforça-te por evitar os gritos intempestivos e inoportunos.

Uma exclamação tonitroante equivale a uma pedrada mental.
 
Se alguém te dirige a palavra em tom muito alto, faze-lhe o obséquio de responder em tom mais baixo.

Os nervos dos outros são iguais aos teus:-
- Desequilibram-se facilmente.
 
Discussão sem proveito é desperdício de forças.
 
Não te digas sofrendo esgotamento e fadiga para poder lançar frases tempestuosas e ofensivas; aqueles que se encontram realmente cansados procuram repouso e silêncio.
 
Se te sentes à beira da irritação, estás doente e o doente exige remédio.

Barulho verbal apenas complica.
 
Pensa nisso:-
- A tua voz é o teu retrato sonoro."

Livro:-  "Calma"
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier 
 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Casa Espiritual


Casa Espiritual 

Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.

Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as residências completamente livres, em constante renovação para melhor.

O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada apenas como carícia embaladora e, sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.

Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.

Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal.

É também o restaurador da casa espiritual dos homens.

O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço.

O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo.

Livro:- "Vinha de Luz"
 Emmanuel
Francisco C. Xavier